Único;

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Tudo tende a ser tão belo e poético. Mas ao mesmo tempo tão trágico. Muitos não querem compreender sobre o amor, acabando por rotulá-lo, mas nem sempre sai como eles querem, o amor sempre foi e será mais forte, e terá aqueles que lutarão por ele. Por mais que muitos estranhem um poliamor, eles tiveram sorte de terem amigos compreensíveis que davam-lhe apoio. A harmonia que tinham um com outro, chegava a ser invejável para muitos.

E o casal lutou contra a sociedade que proclamava ao ódio, no final, tudo deu certo, e seus dias viviam tranquilos, mesmo que às vezes acabassem em alguma discussão frívola, no final, entendiam-se, até um fatídico dia onde as coisas começaram a desandar.

E neste momento, encontravam-se no resultado final de tudo aquilo. Relembrando de todos os momentos que tinham passado juntos.

Lembravam-se perfeitamente de como tinham começado a namorar.

Estavam no ginásio da escola, nervosos enquanto esperavam Rengoku terminar de trocar-se após o treinamento, encararam-se brevemente ficando ainda mais nervosos. Tanjiro e Akaza conheciam-se há anos, mas nunca chegaram a ser amigos, e por uma dádiva do universo, apaixonaram-se pela mesma pessoa.

Poderiam ter feito como muitos — brigar entre ambos para ver quem ficaria com ele — mas seria idiotice da parte deles fazerem algo do gênero, principalmente com alguém como Rengoku, que exalava tamanha gentileza. Ambos poderiam admitir que o loiro era intenso e quente, parecendo uma chama, assim como quando olhavam para os seus olhos que mesclavam a um dourado e vermelho, você sentia-se aquecido, envolvido pelo seu sorriso e seu carisma. Era deveras impossível não apaixonar-se por alguém como ele.

Quando vislumbraram o loiro vindo em suas direções, sentiram seus corações palpitarem, o maior vinha sorrindo de maneira tão espontânea, que não reprimiram um sorriso. Rengoku era como um calmante, nem parecia que estavam alguns segundos atrás nervosos com o que vinha a seguir.

— Peço desculpas pela minha demora! — Sua voz sempre saia animada, principalmente na frente dos meninos.

— Não demorou. — disseram simultaneamente e encararam-se franzindo o cenho.

— Vamos? — questionou o loiro, ficando um pouco mais sério. — Vocês queriam a minha resposta, então... — insinuou, seguindo em frente.

Os dois o seguiram, ficando alguns passos atrás do maior, o nervosismo que tinha desaparecido, voltou de forma alarmante, ansiavam tanto pela resposta do loiro desde o dia em que declararam-se, que seus estômagos estavam embrulhados apenas de pensarem em levarem um fora. Certamente era algo que nenhum deles queria, e saber que quem os tinha na mão era o loiro.

Quando descobriram-se apaixonados por Rengoku, não sabiam o que fazer, apenas aproximaram-se por causa do loiro, por isso acharam algo estúpido ficarem brigando por alguém — que possivelmente nem sequer gostasse de um deles — então resolveram fazer as coisas calmamente, aturaram um ao outro apenas para estarem próximos do maior — que amava a companhia.

E no momento em que iriam declarar-se, fizeram um pequeno acordo; iriam declarar juntos, e qualquer fosse a resposta de Rengoku, o outro não poderia atrapalhar no relacionamento. Um acordo justo. No fundo um dos dois ficaria devastado na escolha, como também — mesmo que não quisessem admitir em voz alta, ficariam tristes por terem que separar-se, pois passaram a gostar da companhia um do outro.

No fim, respiraram fundo, independente de tudo teriam que aceitar. Ao chegarem num canto afastado da escola, Rengoku virou-se para ambos que ficaram alarmados, deu um largo sorriso antes de dizer:

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