TYLER - Livro 1 Série - Broken Ice - CONCLUÍDA-

Capítulo 23

Larissa

Depois de uma noite sem dormir, estou sentada na areia numa praia lutando para Não pregar o Olho.

Eu dormi no carro vindo pra cá, e quase morri de vergonha. Só eu e as crianças de 3 anos pra dormir em uma viagem de duas horas.

Eu Não queria vir, Mel obviamente Me convenceu a vir aproveitar o mar.
Depois de ver Tyler surfar a ideia de vir já Não Me pareceu tão ruim.

Ele saiu da água Depois de algumas horas, em toda sua glória e veio tirar a roupa bem na minha frente. Tive inveja da água que escorreu pela barriga dele e fez a curva em cada saliência dela.

Me lembrei de fechar a boca e parar de encarar. Quando recebi um chute discreto da Bianca, que ria de mim.

Eu queria entrar na água, mas estava com vergonha Por estar de biquíni. Estava com vergonha que Tyler Me visse.

Ele Me desafia e acabo vencendo a vergonha em nome da honra, Não posso ser chamada de Medrosa e deixar Por isso mesmo.

A água está gelada, desisto de entrar quando coloco o primeiro pé. Vou retroceder, mas sou erguida no ar. Tyler Me leva no colo pra dentro d'água.

Muito fria, mal Consigo respirar. Reclamo com Ele, que me abraça.

E assim Como veio o frio vai embora. Me concentro no toque dele. Tyler beija meu pescoço e Eu perco uma batida no coração. Suas mãos Me tocam, descem até a bunda, esqueço de respirar.

Fico hipnotizada pela água que escorre pelo peito dele, então Levo a boca e o beijo ali. O coração dele bate alucinado ,tanto quanto o meu. Acho que Nem toda a experiência dele o deixa imune.

Não protesto Quando Ele Me arrasta de volta para praia.

Só Consigo pensar que isso entre Nós está sem controle. Eu estou perdendo o controle.

Isso. Não tenho Nem o nome para o que estamos fazendo. Mas é só Ele se aproximar com esse ar sedutor que meu cérebro vira geléia.

Sento com As meninas tremendo de frio. Me seco com uma toalha, coloco minha camiseta e meu short. Não esperava que fosse ficar tão frio.

Tyler Me entrega um moletom. Tem o cheiro dele. Borboletas voam dentro da minha barriga pela atenção dele.

                      *~*~*~*~*~*

A noite vem chegando, o que me lembra, onde vamos ficar e dormir? Escuto Bianca falar animada com Rafael sobre bebidas e fogueira.

Acho que Vamos ficar por aqui, o que me parece estranho. Mas Não vou perguntar nada e parecer idiota.

Leonardo acende uma fogueira , com Muito custo, devo acrescentar. Vitor liga o som do carro dele, o que foi um convite para Mel e Bianca irem dançar perto do fogo.

Vejo a hilux preta de Tyler se aproximar e parar ao lado do outro carro.
Ele desce com Rafael cheio de bebidas.

- Isso! Agora sim virou uma festa na praia!

Mel grita e corre até eles. Eu dou risada da empolgação dela.
Estou caindo de Sono. Depois da conversa com Tyler na madrugada Não consegui dormir.

Vejo Ele pegar uma cerveja e sentar no banco do carona, a porta está aberta e Ele observa o fogo. Quando penso em Me aproximar sou impedida por Vitor que se planta na minha frente.

- Oi.

- O que você quer Vitor?

- Dançar, o que você acha?

Perto do fogo Mel dança perto de Rafael, Bianca com Leo. É, acho que sou o que sobrou.

- Qual é Larissa, Eu Não mordo.

Ele Não gosta de mim, Eu Não gosto dele. Mas resolvo ir dançar e Me divertir um pouco.

Dançamos um pouco, mas tenho uma sensação estranha, o olhar de Vitor está longe.

Depois de algum tempo, Ele se aproxima, me segura pela cintura. Sinto Suas mãos descerem para o meu quadril, Ele me puxa e beija minha boca. Acontece tudo Muito rápido, levo um susto e fico sem reação.

Vejo Quando Tyler se move. Vitor é arrancado de cima de mim e jogado no chão.

Tyler sobe nele e disfere um soco antes de ser derrubado. Eles rolam pela areia até serem separados Por Rafael e Leo.

Vejo Quando Vitor aponta para Tyler com sorriso de deboche.

- Ela é uma puta, irmão. Só isso.

Vitor vira As costas e vai para o carro dele. Tyler Ameaça segui-lo mas é impedido pelos outros.

Continuo parada no lugar, Mel vem Me abraçar e Me trás uma cerveja.
Eu viro tudo de uma vez.

- Ei, Ei, calma.

Tyler retira a lata das minhas mãos.

- Toma devagar.

- Tyler, eu...desculpa. aquele idiota.

- Não precisa se desculpar Por nada. Ele fez isso pra mim. Não Tem nada a ver com você.

- Por que?

- Brigamos hoje de manhã. Ele falou mais do que devia, e Não gostou Quando o fiz se calar.

Prefiro deixar As coisas assim, entendo cada vez menos. Tyler senta e Me puxa para sentar com Ele.

- Vitor é um idiota ás vezes, mAs é um bom amigo.

- Pra mim Ele é idiota o tempo todo.

Tyler afasta Meu cabelo, Sinto Ele cheirar minha nuca

- Você Tem um cheiro doce, que devia ser proibido.

Susurra no meu ouvido.
E você todo devia ser proibido, penso mas não falo nada

Não existe vida inteligente na minha cabeça nesse momento, para articular nenhuma frase,muito menos usar de ironia.
Encosto a cabeça no ombro dele e ficamos observando o fogo.

                   *~*~*~*~*~

- Vem, você precisa deitar.

Escuto confusa, abro os olhos. Meu deus! Estou dormindo sentada. Tyler Me puxa pra cima. Ele vai até a caminhonete e abre a porta de trás, Puxa um pino em cima dos bancos que fazem eles deitarem o Encosto. Tyler entra e estende a mão.

Ele Não espera que Eu deite com Ele. Aqui. Certo?

Ele se deita e Me puxa pra Ele.

- Tyler, acho que isso é uma péssima idéia. Olha o teu tamanho, mal cabe só você aqui.

- Como opção Tem a areia do lado de fora.

- Por que a gente Não foi pra um hotel, Ou algo assim?

- Larissa cadê seu espírito aventureiro?

- Ficou em casa.

Ele Me dá um sorriso sedutor antes de bater no peito e dizer:

- Vem. Te garanto que é melhor que a areia.

Eu Não devia, mas acabo indo.

Deito a cabeça na curva do braço dele. Misteriosamente Não Me sinto nervosa. O abraço dele se fecha, e Eu Sinto a maravilhosa sensação de proteção que os braços desse homem Me proporcionam.

Passo os dedos pelas tatuagens num carinho lento. Sinto Tyler relaxar. A mão dele entra embaixo do meu moletom e sinto o toque da sua pele na minha.

A tatuagem do rosto de um garoto, Me chama atenção de novo, Passo o dedo pelo rosto e pergunto:

- quem é esse?

Sinto Tyler puxar o ar antes de responder.

- Meu primo. Meu irmão. Meu melhor amigo.

Sinto a tristeza em sua voz. Continuo acariciando a tatuagem.

- O que aconteceu?

- Eu o matei.