O teu amor me cura! [COMPLETO] - Revisão em breve!

ISABELA

Nossa... estou vivendo um sonho, nunca pensei que em tão pouco tempo encontraria o amor da minha vida, me tornaria mãe e estaria preste a me casar. Minha mãe e minha querida sogra providenciaram tudo, eu me sinto bem por isso, a única coisa que me incomoda é ficar longe de Diego, falando nele, está paranoico, me manda mensagens de hora em hora, isso até me conforta, mas queria mesmo estar ao seu lado. Hoje já é terça e estou aqui em minha casa na varanda olhando para o seu triplex morrendo de saudade, já passa da meia noite e meu sono nada de chegar e então meu telefone toca.

- Posso saber o que faz na varanda, tomando este sereno, que ainda não foi dormir? - Como ele sabe que estou aqui fora?

- Como sabe que estou aqui? Ai Diego como é ruim ficar assim tão longe de você!

- Oh pequena, na quinta estarei ai com você e pensando bem todas as vezes que precisar vir a São Paulo você ficará aqui comigo ao meu lado, bem coladinha em mim.

- Ai amor, ficar sem você me deixa insegura, com uma sensação ruim, me sinto sozinha, desamparada...

- Nada disso, tenho vários olhos em cima de você, nunca em momento algum pense que está desamparada ou desprotegida por mim, a parti de hoje você irá aonde eu for, agora vá para dentro e durma meu amor, cuide do nosso pequeno que está aí dentro de você. Te amo.

Como me pediu eu fiz, mas minha angustia permaneceu. Acordei na quarta desanimada, minha mãe teve que sair cedo mais a minha sogra resolver as coisas da festa de casamento, Maria estava ajeitando as coisas na cozinha, estou aguardando a Lê chegar, Diego tinha ligado hoje cedo para ela me fazer companhia, mesmo não querendo ir, realmente não estou bem para isso, mas acabo indo. Vamos passar o dia na fazenda, lá é tranquilo, pois minha casa está cheia de encomendas do casamento, alguns presentes que chegam e talvez todo esse movimento realmente esteja mexendo comigo. A sirene toca da casa e eu atendo, minha prima chega toda animada acariciando minha barriga, ela será a madrinha do meu filho que a esta altura já chega na 16ª semana, descobrimos na ultima ultrassom que será um menino, Diego não coube em si de alegria, no fundo sempre quis um menino, vivia dizendo que a menina o deixaria de cabelos brancos antes da hora.

Seguimos pela estrada de chão, eu e Lê em seu carro em direção a fazenda e logo mais a frete avistamos uma SUV preta parada, pensei reconhecer este carro mas estava tão entretida na conversa que não me toquei nem tentei olhar detalhes para identificá-lo, porém não é um carro comum em se ver por aqui, Letícia passa por uma lombada que na verdade era um tronco fino de árvore colocado no meio da estrada com a intenção de fazer o carro parar, mas estávamos em uma conversa tão boa que ela não parou e passou por cima dele, freia bruscamente e sai da estrada entrando no meio do matagal, me desespero, gritando, segurando minha barriga, o carro para, estamos ofegantes, nos olhamos e vemos que nada de grave sofremos, Lê se preocupa comigo, mas informa que estou bem, não sinto dor, foi apenas um susto, ela segura a minha mãe me pedindo desculpas e temendo pois afirma que Diego matará ela, nos permitimos descansar por alguns minutos dentro do carro, nossa sorte foi que ela não estava correndo e eu usava o cinto de segurava.

Me viro para tirar o cinto que me prendia pois teríamos que descer para irmos caminhando até a sede da fazenda, mas somos surpreendidas com uma batida forte no vidro da minha janela, olho e há um homem encapuzado gesticulando com nervosismo pedindo que eu abra a porta, não havia percebido que o objeto lançado no vidro era uma arma, olha para Lê que está paralisada chorando, acabo me punindo pois sei que esta situação está acontecendo exclusivamente por minha culpa.

Saio do carro e o homem me puxa forte pelo braço, sai me arrastando pelo mato até a SUV que estava parada, reconheci imediatamente, era o carro de Rafael, a porta se abre e sou jogada dentro dela, e sem me surpreender vejo-o ali me olhando perversamente, seu nariz está inflado, o maxilar serrado e os punhos fechados, ouço o pneus cantar e o carro parte na maior velocidade, minhas mãos soam, tento colocar o cinto para me proteger, pois o carro está rápido demais.

- Não sei porque se preocupar com segurança! Você perdeu a sua a parti do momento em que saiu de casa Isabela! - Rafael fala na maior frieza, e só agora me dou conta que é o meu fim, lágrimas escorrem pelo meu rosto.

- Chefe... - O motorista chama aflito. - ...Tem um carro nos seguindo!

- INFERNO! - Rafael se altera. - Eu mato você Isabela, mato você e essa coisa que carrega aí dentro, aquele maldito sentirá o mesmo que eu! Sentirá o que é perder aquilo que mais lutou para ter. Me tomou tudo e o seu pai ainda me humilhou na frente de todos dizendo que eu não tinha competência alguma para administrar uma presidência...

- Rafael.. - Tento argumentar mas é difícil.

- CALA A PORRA DA SUA BOCA! - Fico aterrorizada, o carro está rápido demais. Vejo-o pegar o celular. - Ligue para o imbecil e mande que ordene seus homem pararem de nos seguir ou quem pagará por isso será ela. - Rafael diz me olhando ardentemente. Continuamos no carro, mas vejo que a estrada é a mesma, não viramos curva alguma.

Alguns minutos se passaram e já não somos mais seguidos, estamos indo reto, meia hora depois chegamos, desço sendo arrastada pelo braço por Rafael, a mata que nos cerca é densa, seguimos em uma pequena estrada e o pavor me atingi, tento voltar mas Rafael me frisa.

- A princesa está com medo? Não se preocupe que te darei uma boa estadia. - Balbucio suplicando por sua misericórdia, mas ele apenas ri da minha cara e volta a me puxar, caminhamos por alguns minutos e chegamos a uma casa simples.

- Finalmente chegaram! - Eu conheço essa voz, isso é tudo tão inesperado. - É bom revê-la amiga! - Carol falo num cinismo constrangedor.

- Então foi por isso que fui descartado sem dó? - Um senhor entra no cômodo olhando para mim.

- Foi sim pai, foi por ela que Diego nos expulsou da cidade, só porque falei a verdade sobre ele, não contei mentira alguma, mas ele foi cruel nos despachando a pedido dela, só porque seu pai é rico. - Carol fala num ressentimento, eu não entendo o porque, eu não pedi nada a Diego, nunca pediria algo tão cruel.

- Rico não bilionário, seu pai esconde uma baita de uma fortuna em paraísos fiscais e ele terá que pagar em espécie por todo o nosso sofrimento. - Rafael anuncia.

- Eu juro Carol que não pedir nada, não entendo o que fiz de errado, será que não veem que o que fazem é errado, me deixem ir e eu não falarei nada a ninguém. - Carol ri sem graça alguma.

- Nossa, como é burra, ou será que você nos acham tão burros a ponto de pedir isso, se conversar com você, fez Diego nos expulsar da cidade, tirou o emprego do meu pai, fez todo o comercio fechar as portas para ele, tudo por uma buceta rica e virgem, imagine se ele souber que sequestramos você? Não querida, nos demos mal, e teremos que lucrar com alguma coisa e decidimos que lucraremos com o seu dinheiro, você nos deve isso, você tirou o Diego de mim. - Carol fala alterada, não acredito que Diego tenha feito isso.

- Lucraremos em dobro gata, pois ela espera um bastardo, ou seja, se quiserem que essa criança vingue pagarão dobrado por isso. - Choro por me sentir tão vulnerável, por não ter ouvido o meu coração e permanecido em minha casa. Quando Rafael termina de falar Carol avança em mim, me dá tapas, puxões de cabelo, tento proteger minha barriga, começo a rezar mentalmente, mas sei que minha chances são mínimas. Rafael a segura e eu caio no chão chorando.

- Se ela perder o bebê, perderemos também, se segure, eu também tenho vontade de estrangulá-la, pense que amanhã você estará rica, linda e poderosa morando na Europa sem nunca mais precisar se preocupar em trabalhar.

- Mas ela me roubou o homem que amo, era eu quem deveria está gerando um filho dele, EU, não essa sonsa, dissimulada, eu vou acabar com você vadia. - Ela tenta vim para cima de mim novamente mas Rafael a impedi e ordena ao senhor, que agora sei que é o pai dela, que me tranque no quarto do fundo sem comida até segundas ordens.