O teu amor me cura! [COMPLETO] - Revisão em breve!

DIEGO

Na sexta saí do trabalho para a casa dos meus pais, me arrumo e vou encontrar a galera na prainha, que diferente do nome é um lago com uma linda ponte e um pequeno deck, lá é onde fica o clube nigth, nosso ponto de encontro semanal. Estamos ansiando pela festa de amanhã, Carol se aproxima me pedindo desculpas mas sou categórico, informando que seu tempo expirou, uma coisa que não sou é de enrolações, posso ser mulherengo, mas todas que se envolvem comigo sabem muito bem que não quero compromisso algum, quando criam esperanças corto o laço de vez. Carol e Bruna foram exceções, sempre ficava com elas, mas nunca dei esperanças de relacionamento. 

Rodrigo e Letícia chegam e Diogo pergunta logo por Isabela, ele quer saber se ela virá para a festa, presumo que não e acerto, insisti em ter seu número, mas não consegue, ótimo, agora que sei que nada pode atrapalhar minha noite, ou seja, que Isabela não estará por perto, vou a caça.

As duas da tarde do sábado, acordo com uma ressaca miserável, tomo um banho para despertar e desço para almoçar. Minha mãe sempre providência que sua funcionária faça os serviços domésticos e minhas refeições, quase nem a vejo, retorno ao quarto para assistir a uma série até dar o horário da festa.

Já a noite, quando termino de me arrumar, ouço o bip da mensagem, é Rodrigo.

*Está me casa ainda? Desce aqui, estou na sua porta esperando a Bela*

Visualizo e desço imediatamente, não acredito que ela vá. Já vi que esta noite promete, me entusiasmo. Saio de casa e encontro Rodrigo encostado em seu carro conversando com a namorada.

- Estão de babá hoje? - Letícia faz cara de nojo e eu caio na risada,  quando vejo o portão em frente se abrir, todos olham nesta direção e ela aparece deslumbrante, está linda, gostosa demais, vem até a gente, joga o cabelo, puta que pariu, quer me matar, fecho a cara, vai ser difícil demais resistir a ela, dá boa noite e seguimos, eles na frente no carro de Rodrigo e eu logo atrás.

Quando chegamos fico de olho em Isabela, ela não me viu, está séria, parece não curti muito a festa que já está lotada, a banda começou a tocar, me aproximo deles e não sei se é paranoia de minha mente mas quando ela me vê suaviza as feições, parece até feliz com minha presença e isso me agrada bastante, alguns conhecidos se aproximam de mim, inclusive mulheres, sei que estou sobre seu olhar, temo, preciso agir naturalmente para que ninguém perceba o quanto estou afetado.

Diogo chega e é notório sua alteração, está drogado, vai até Isabela que se assusta, segura em seu braço, só pode está louco, fala algo e Letícia entra no meio dos dois, Rodrigo me lança um olhar, sei que está me pedindo para que fique atento, não precisava nem sinalizar, jamais permitirei que algo aconteça com ela, observo tudo de longe, se ele se exaltar está ferrado, me aproximo e ouço Isabela falar que Diogo deve ter bebido demais, balbucio a palavra inocente, não foi intencional, mas ela acaba ouvindo e  baixa a cabeça envergonhada, será que não percebe que bebida alguma faz isso numa pessoa.

Elas saem e Diogo continua a seguindo com o olhar, já vi que isso não vai prestar, Samanta chega toda assanhada, se insinuando mas hoje não gata, penso comigo, tento me desviar, mas faz manhas, toca em meus braços, alisa meu peitoral, fica na ponta dos pés para falar ao meu ouvido, mas não faço esforço algum para baixar para que o alcance, sou alto, então é inútil seu esforço, bebo minha cerveja para ver se ela se toca que não quero papo, estou sendo observado e temo que Samanta afaste Isabela de mim.

Olho para ela, está séria, que droga agora quem não gosta do que ver sou eu, alguns rapazes se aproximam dela mas Diogo os interrompem brutalmente, isso vai dar briga, entrego minha cerveja para Samanta, vejo Letícia e Rodrigo tentando conter Diogo, dane-se ele vou atrás da minha Isabela, vejo a direção que seguiu e faço o contorno para alcançá-la, está andando rápido em direção a passarela, ouço uns idiotas mexendo com ela, corro e finalmente seguro-a, agarro seu braço com força, agora que a tenho não largo por nada, ela se assusta e grita, nem me notou de tão nervosa que está, se surpreende ao ver que sou eu, noto o quanto fica receosa, não deveria, sou apenas eu. 

Consigo o que queria, acalmá-la. Provar do seu beijo só comprova o que negava veementemente, eu quero essa mulher pra mim, tudo nela me traia e ficar com ela assim, grudado, só me aguça a vontade de té-la em meus braços sempre que eu quiser.

Nunca conheci uma pessoa tão carente e por incrível que pareça nunca me vi tão desejoso em suprir essa necessidade, parece até bobo mas quero protegê-la, cuidar dela, zelar pelo seu bem estar, beijá-la despertou em mim, algo que eu nunca senti na vida, por mulher alguma, quero tê-la em meus braços e isso é assustador pra caralho.

Deixei ela em casa, fiz um puta esforço para me controlar, iria ficar em casa mas surtaria, preciso me distrair,  então volto para a festa para reencontrar o pessoal. Rodrigo vem com conversas inquisidoras tentando sondar o que aconteceu, não me dei conta mas demoramos muito, não queria conversar, estou uma explosão de sentimentos novos e desconhecidos, mas ele é meu irmão parceiro, confio demais, e se eu não desabafar vou explodir, antes vou em busca de uma bebida forte, em meu estado, só um banho gelado ou uma bebida forte para baixar o meu tesão, Isabela é tão tentadora e nem se dá conta disso. 

- Se quer um conselho, sugiro que não fique com ninguém, ou melhor, sei que no seu estado será impossível, então procure uma mulher discreta para que faça o serviço e não alarde para a cidade inteira,  porque eu te avisei que Isabela criará expectativas, como ligação no dia seguinte ou planos para o futuro. - Ouvir Rodrigo falar, me fez refletir que em nenhum momento cogitei a ideia de procurar outra mulher para aliviar o meu tesão, a verdade é que essa ideia não é nem um pingo atrativa e ser alertado pela expectativa que Isabela criaria comigo amanhã me acalmou pois quero que ela planeje seu futuro ao meu lado sim, isso me pulsiona, é um prazer indescritível.

- Que merda, agora que você falou que me lembrei.

- Pois é, você age sem pensar dar nisso, Letícia vai te matar, os pais dela também, junto com o tio, acho melhor você fugir antes que comecem a caçada em busca do devastador de corações. - Olho para ele reprovando sua gracinha.

- Cara não estou falando disso, o que quero dizer é que eu nem se quer pedi seu número. - Rodrigo me olha espantado, com um sorrisinho desafiador, mas não ligo. Felipe , Breno e João se aproximam, ficamos bebendo e isso foi me distraindo, mas meu desejo real era que Isabela estivesse aqui comigo curtindo a festa. A banda tocava músicas sertanejas para piorar ainda mais a situação, aumentando a minha saudade, isso mesmo, estava com saudades dela.