Descendentes do Inferno - Uma história Renegados do Inferno - Vol Único

Os Anjos São Superiores

  Rapidamente o anjo chegou nas cachoeiras celestiais onde avistou algumas anjas, orando como de costume.

—  Precisamos conversar. Agora. —  Disse Bel e uma anja de longos cabelos negros se virou sorrindo ao encará-lo.

—  Direto como sempre Bellamy. nem mesmo um comprimento imagino?

— Elizabeth. — Disse ele e ela sorriu.

— O que quer de mim?

—  Heilel, onde ele está? —  Disse com firmeza. Eles aparentemente nunca se deram muito bem.

—  Oh... Receio que terá de ser um pouco mais pacifico que isso.

—  Não irei perguntar de novo. Aonde ele está?

—  Ele saiu da cidade celestial. Heilel não está no céu. —  Disse outra voz. Este era Azazel um garotinho misterioso de olhar assustador.

— E onde ele está? Na terra?

—  Cala a boca seu pirralho! Não vê que ele quer arrumar encrenca! —  Disse Elizabeth.

—  Gosto de encrencas, mas não gosto de você, e pelo visto, você não gosta de ninguém. —  Respondeu a altura sorrindo de aparência séria.

—  Espera... Você também se envolveu nessa ideia ridícula de Heilel de montar uma rebelião? — Bel perguntou se direcionando ao menino que antes de braços cruzados respirou fundo o descruzando e saindo com um sorriso no rosto.

—  Bellamy, entenda uma coisa. — Disse Elizabeth. —  Quem incentivou a cabeça de Heilel a começar essa rebelião, foi ninguém mais ninguém menos que esse pirralho metido a serafim. —  Respondeu Elizabeth e dessa vez Bel abriu asas novamente voando o máximo que pode e tentando conter sua ira. Ele só poderia estar em um local...

***

O local  era completamente vazio no meio do universo. Bel tinha que usar sua magia de anjo para respirar em um local sem oxigênio, porém ele estava certo, Era ali que Heilel estava, e ele encarava um densa massa negra coberta de cores arroxeadas e avermelhadas, as cores era vibrantes e chamavam a atenção. O arcanjo da luz estava posicionado de frente  essa massa e encarava ela como se fosse a coisa mais bela do mundo, única.

—  Quão você acha que é poderoso essa coisa? —  Perguntou Heilel.

— Sei que foi isso que transformou em você no que está se tornando. — Disse Bel.

—  Um Deus?

—  Um idiota. — Confirmou o anjo. — Acha mesmo que pode superar nosso criador? Ele pode desaparecer com todos nós em um piscar de olhos se ele quiser Heilel. Essa... Massa de escuridão só o transformará em um babaca. Nosso pai irá castigá-lo por sua rebeldia...

—  Isso me abriu os olhos. —  Disse ele se irando e apontando para as trevas. —  Me fez entender que nosso pai é ganancioso. Ele se denomina REI! Rei dos anjos... Quando na verdade não passamos de marionetes no tabuleiro dele...

—  Vamos... Você é melhor que isso irmão... Lute contra isso antes que seja tarde! 

— Tarde? —  Heilel sorriu. —  Como anda Ariel caro irmão? —  Perguntou franzindo o cenho como se demonstrasse preocupação e logo depois sorrindo vagamente como se estivesse se deliciando com a feição incrédula de Heilel. Ele sabia. Por céus ele sabia!

—  Não envolva-a nisso! —  Pediu ele usando aquele olhar penetrante que somente Bellamy tinha.

— Eu sinto sua felicidade Bel. Sinto os seus desejos mais profundos. Sei que deseja estar com ela, mas é proibido. Anjos não devem se relacionar entre si. Eu sei disso. E eu irei mudar isso. No meu reinado todos terão direito a amar, nosso criador acha que não devemos sentir então ele não deveria ter nos dado livre arbítrio! Sinto o seu medo de perder a mulher que ama e sei que terá de deixa-la antes que nosso pai a castigue! Quer mesmo isso? — Heilel havia conseguido deixar o anjo sem palavras. —  Eu te conheço Bel, sei que você é amado. Junte-se a mim, vamos juntos mudar essa lei ingrata. Vamos mostrar que somos seres celestiais como ele. juntos podemos derrotá-lo!

—  Você está louco. Nosso pai vai nos matar, vai nos castigar de forma cruel pela traição e você vai levar todas aquelas pessoas com você! Até Miguel!

—  Irá me agradecer depois.

— Larga de ser orgulhoso irmão! volte a vida, acorde! É uma guerra impossível! Desista Heilel!

—  NUNCA! — Ele gritou avermelhando os olhos. Seus olhos brilharam tanto aquele vermelho que já não se era mais sua íris, era quase como se seus olhos fossem uma enorme lampada vermelha. Uma aureola angelical surgiu de sua cabeça e seus dois pares de asas eram preciosas. Prateadas e enormes, lindas enormes e pontudas, um arcanjo de primeira. seu braço apareceu escrituras celestiais brilhando o mesmo vermelho de seus olhos. —  Você sabe que estou certo, sabe que isso é errado! Eu só quero o livre arbítrio dos anjos! Por que os humanos podem ter e nós não? Sabia que ele quer criar uma penca de seres inferiores? E eles podem ter tudo o que nós não temos direito! Se depender de mim não permitirei a criação deles! EU ERA O PREFERIDO! SOU UM SER SUPERIOR! ESSES HUMANOS GANHAM AQUILO QUE NÃO TEMOS E ACHA ISSO Certo?! VOCÊ NUNCA TERÁ ARIEL NUNCA SERÁ DELA! POIS O PODEROSO DEUS NÃO PERMITIRÁ! VAI VIVER A ETERNIDADE SOZINHO! COMO TODOS NÓS SEU IDIOTA!

—  JÁ CHEGA! — Gritou Bellamy e dessa vez foi sua vez de se transformar, seus olhos brilharam um azul celestial incrível e assim como Heilel pareciam uma espécie de lâmpada azul, porém suas asas eram de um par e ele não possuía a auréola angelical. — Eu disse para não envolve-la nisso...

— Último aviso Bel. Junte-se a mim... — Ele lhe estendeu a mão em sinal de que não queria brigar. 

  O anjo encarou o braço de seu  irmão de consideração respirando fundo. Heilel tinha razão... Ele apertou a mão de Heilel com força o trazendo para perto de si.

— Pode ter razão. Mas o verdadeiro babaca é você por acreditar que pode derrotar Deus.

—  Covarde... —  Disse Heilel e Bellamy sorriu abraçando o arcanjo e levando cada vez mais para baixo como um meteoro. —  COVARDE! —  Disse se livrando do abraço do anjo. Nesse momento tanto Heilel quanto Bel estenderam os braços direitos no ar, e dele surgiu uma espécie de redemoinho de lâminas que se agrupavam formando uma espada dourada e enorme nas mãos dos dois.

  Ambos avançaram na direção um do outro.