16. Violão, UNO e hipnose!

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Setembro de 2019

Em algum momento, devo ter citado aqui o que acontece caso você leve coisas na escola para vender, expor ou se distrair no caso de simples baralhos. Eles confiscam (só ganham para cagar regras e acabar com as diversões dos alunos). Estava quase acabando a semana, quando um aluno calouro levou um violão para lá, e claro, os outros caras não perdoaram:

— Olhem só, o cara trouxe violão pra escola só para pegar meninas, esse corno! — comentaram.

— Só porque sou bonito, malho e toco violão aqui?

— Minha nossa, o cara malha ainda, que decadência, um malhado com um violão. Esse pediu pra ser corno!

Rimos.

De repente, aparecem dois amigos meus do ETIM, Renato, o segundo menino que começou a fazer hipnoses pela escola no ano passado. É bom relembrar que de tanto distorcerem a função da hipnose, que, em mim, funciona, por alta concentração no 'transe'. Segundo ele as pessoas estavam enchendo o saco.

— Você parou de fazer hipnoses ainda?

— Sim cara, as pessoas acham que hipnose é como trocar de camisa, é só colocar a pessoa em um momento de dormir e tal, não é assim. Existe uma seriedade toda, e as pessoas ficavam enchendo o saco. Aí eu parei. Aprendi com o Paulo, um garoto bem magro que sempre usa moletom e óculos com lentes redondas parecendo as do Harry Potter.

— Sim sim, eu aprendi muito a lidar com ele, fui usado em nome da ciência (risos) — respondi.

Momentos depois surgiram no pátio alguns alunos do 1° módulo, e eu os apresentei para Renato, dizendo que ele fazia hipnoses no primeiro curso que fiz e também expliquei um pouco sobre como funciona a hipnose. De repente, quem aparece andando pela quadra é o pequeno Paulo, estávamos jogando UNO. E ele fez algo que deixou as pessoas ao nosso redor meio assustadas.

Ele pegou uma cartaaleatória de UNO e fez uma mágica de ilusionismo, os meninos ficaram admirados— depois, ele se agachou e com uma carta caída no chão, ele de repente aosnossos olhos literalmente levitou a carta duas vezes. Todos que viram aquelacena, ficaram assustados pelo poder das pessoas que eles acabaram de conhecer.É por essa e outras razões que tenho grande admiração pelos ETIM, elessobrevivem á Etec mais do que eu e outro modular.

Como sobrevivi à Etec - Parte VWhere stories live. Discover now