Como sobrevivi à Etec - Parte V

7. O ciclo na amizade

Não sei se cheguei a escrever aqui algo relacionado sobre as amizades de escola. Mas, como já escrevi muitas páginas nesse diário, não cheguei a fixar na minha própria cabeça o que já tive oportunidade de dizer. Mas, é o seguinte: assim que entrei no outro curso, em 2017, as minhas pessoas com que fui tendo contato subiram mais de 100%, eu assustei na época, pois, na realidade não tinha muitas pessoas que eu pudesse ver e conversar diariamente. As pessoas novas no Facebook aquele ano, eram outros etequianos.

Lembro que, principalmente com as pessoas do atual 3° ETIM, tudo foi se desgastando. As pessoas que eu era bem próximo, foram sumindo como uma simples fumaça de uma vela que aos poucos era queimada até acabar o pavio. Só me sobrou uma ou duas pessoas dessa roda de 10, 15 pessoas. Eu já sabia disso, de como funcionam as amizades no ensino médio que eu havia acabado de terminar — mas aquilo me deixou bastante chateado, com alguma culpa na consciência sem saber o que fiz ou não.

Nesse primeiro módulo de ADM, ando tendo contato mais para as pessoas que já se formaram e que vão sair em julho, nas férias. Ainda bem que estou com o contatos de alguns deles já salvos, para se por um dia quiser trocar uma ideia — fazer isso tranquilamente. Não posso dizer amizade, por que, existe uma diferença gritante entre conhecido, colega e amigo. Amigos poucos tem, geralmente se conta até nas duas palmas das mãos, colega é aquela pessoa com qual convive e amigo é um convívio que se torna fraterno.

Estávamos em cinco pessoas, e eu ouvia atentamente aquilo que ouvi dos outros veteranos: as ilusões vendidas. Um garoto comentou, o primeiro módulo e o segundo, os professores fazem de tudo para dizer que é uma maravilha, que você vai ser o próximo Bill Gates e o Silvio Santos da vida. — comentou.

— Sim cara, falam que você vai ser um novo Lula, cheio da grana só que sem roubar. Não sei se vocês repararam mas, ele, não consegue fazer o hangloose (sinal de positivo com o dedinho esticado) — comentei zoando. O cara só conta números ímpares depois do 9° dedo também, como diria o Alborghetti "É uma desgraça!".

P.S: Dedicado ao Ângelo, Leandro e aos caras da mecatrônica!