II

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Dominic Bennett

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Dominic Bennett

Depois de uma semana e meia eu consegui tomar um banho, fiquei por volta de meia hora debaixo do chuveiro quando a minha tropa foi retirada do deserto. Fomos encaminhados até a base do exército americano, que ficava em uma mansão que foi abandonada por causa da guerra. Era para lá que os feridos eram tratados, e onde toda a parte burocrática acontecia. Naquela noite consegui comer uma comida que não era ração operacional, e esse detalhe só me deixou com mais saudades de casa.


Meus superiores me chamaram até uma sala particular para me dar a notícia de que iríamos voltar para casa por tempo indeterminado, e eu apenas consegui sorrir, feliz com a notícia, e ansioso para contar a novidade aos meus soldados.


Liguei para a minha mãe, dizendo que em dois dias eu estaria em casa. Meu coração se apertou de saudades da minha mãe, e do meu pai também, vai ser a primeira vez em que ele não irá me buscar no aeroporto, na última vez que voltei ele estava bem fragilizado por conta do seu coração, mas mesmo assim fez questão de me buscar. E depois de três dias comigo ele se foi.


Às vezes eu me sinto culpado por não ser presente na vida da minha mãe, sinto que eu a abandonei, mas eu não estava sabendo lidar com toda aquela dor, todo aquele clima de luto, sem saber o que fazer, ou para onde ir. Não sabia o que fazer com o luto e preferi correr dele.


Foram 23 horas de vôo, e eu tinha apenas uma mala de mão, com apenas meus documentos e poucas peças de roupas, que precisam urgentemente de uma máquina de lavar.


Estava ansioso, e com as mãos suando, por conta da saudade que sinto da minha mãe. Sai da área do desembarque, e a vi correndo na minha direção. Agarrei o corpo franzino da minha mãe e senti ela tendo pequenos espasmos, provavelmente está chorando.


— Meu filho, você voltou! — Ela segurou meu rosto em suas mãos e espalhou beijos pelo meu rosto todo.


Não me contenho quando vejo seus olhos cheios de lágrimas e eu me emociono também, a abraçando mais uma vez. Seguimos até a casa dela, onde irei passar essa noite, como havia combinado com ela. Tenho meu apartamento em no centro da cidade, e gosto dele. Durante esse tempo em que estive longe, a minha mãe cuidou de tudo que me pertencia, da manutenção do meu apartamento, até sair uma vez por semana com o meu carro, e que no caso foi com ele que ela veio.


Quase perco o fôlego quando vejo o meu Hummer H3 na vaga do estacionamento do aeroporto. Juntei meus centavos durante anos para conquistar esse carro. Entro no meu carro, seguro o volante como se fosse ouro, assisto a minha mãe subir e entrar com certa dificuldade.


— Não sei qual a necessidade de um carro tão grande e alto assim. — Ela resmunga enquanto fecha a porta.


— Ele é grande como eu, perfeito para mim.


Dou uma piscadinha para ela, e ligo o motor. Quase gozo só de colocar o carro para andar. Havia esquecido como certas coisas corriqueiras do dia a dia são tão gostosas como essa.

Minha mãe havia dito que fez uma festa de boas vindas para mim, apesar da minha grande vontade de deitar e dormir por horas seguidas, eu achei uma excelente ideia. Quero rever alguns dos meus amigos e familiares.


Chego em casa e está tocando Bon Jovi, uma banda que eu aprecio bastante. Meus familiares vieram me cumprimentar, meus amigos, e logo eu já estava com uma cerveja gelada na mão. Respondo algumas perguntas e sigo até meu quarto para tomar um banho e trocar de roupa, já que estou com o uniforme militar até agora. 

Campo de Guerra (COMPLETO NA AMAZON)Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora