Rose, doce menina que após uma forte nevasca, perde-se de seus pais.
Com medo, frio e fome depois de longas horas caminhando pela floresta solitária, ela é encontrada,
Mas não por seus progenitores.
Hélio, Tylor e Ruan, três amigos ex militares, que...
— Senhor Whalen, eu prefiro ficar onde estou. — diz firme, com o queixo erguido.
— E o que eu prefiro é que volte para seu lugar. Agora, Park. — Ruan parecia estar no fim de sua paciência e eu percebo isso de imediato. Tocando na mão do garoto por debaixo da mesa.
Dan crispa os lábios. Me olhando de soslaio e levantando-se em direção aos fundos do ambiente.
O lugar estava em um silêncio absurdo, e pra evitar mais desavenças, apenas mantenho meu olhar em Ruan, agora atrás da mesa. escutando uma cadeira ser arrastada e logo um bufar impaciente do meu mais novo amigo ressoar pela quietude da sala.
Ruan começa a escrever no quadro negro e explicar nosso próximo assunto, a tensão de momentos antes permanecendo intocada. Quando o toque alerta o fim das aulas. Me apresso a sair ao ver Dan passar pela soleira e desaparecer pelo corredor. Eu não posso perder uma amigo por causa das paranóias de Ruan. Simplesmente não posso.
Nervosa e em meio a pressa, deixo meu estojo cair, com todas as canetas e lapiseiras se espalhando pelo chão, retardando minhas chances de que pudesse alcançar Dan.
Arrumo tudo e fico de pé, olho em volta e a sala está vazia. Em frente a porta, que estava fechada, tinha um Ruan sem nenhuma expressão em seu belo rosto e que apenas me fitava intensamente.
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— Acha que eu não vi? — Diz, em tom rouco e frio. — Você pegando na mão daquele filhinho de papai, Rose. — arregalo os olhos.
— Ele...eu... nós somos só amigos! — Grito, desconcertada.
Ele ri, sarcástico. Puxando uma das cadeiras pra si, sentando-se de frente para o encosto, onde apoia os antebraços.
— Não existe amizade entre menino e menina, Mariposa tola. — E que esteja claro, não quero, está me ouvindo, Rose? — Aceno, de cabeça baixa. ele prossegue: — que volte a falar com esse babaca que fede a leite.— rosna, apertando os olhos em minha direção.
— Mas, eu não entendo. O que há demais em ter um amigo? — Fungo, Sentida.
— Eu sei o que garotos como aquele querem se aproximando de moças jovens e bonitas como você. É um caminho perigoso. Sem volta.— Diz, misterioso. Mesmo não compreendendo suas palavras, sinto medo. O que Dan poderia querer comigo?
— ele... não faria-me mal. — tento justificar. É injusto isso que ele quer. Me obrigar a ter uma vida escolar sem ter nenhum amigo.
Ruan vem até mim, dou passos para trás, mas isso não o impede de avançar cada vez mais em minha direção.
— Ruan — choramingo, sendo encurralada entre a parede e o grande corpo que me levanta, apenas para ficar da altura de seu rosto. Cara a cara.
— Está defendendo ele? — os olhos azuis fagulham, sinto a respiração dele em meu rosto junto com as palavras seguintes que me aterrorizam. — Isso tudo que aconteceu será transmitido a Tylor e Hélio. E que Deus te ajude. Por que nada vai impedir de que apanhe por tamanha falta de respeito com quem vêm feito de tudo por você — Sussurra, aproximando-se mais, mesmo eu já estando totalmente presa em seu corpo.