Esquentando a primavera

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– Bom dia anjo - seu sorriso me derretia por inteiro, ao vê-lo esqueci da minha noite mal dormida.

Bom dia - tentei me animar.

– Hoje terei uma surpresa para você, bem especial.

– Sério? - meu animo subiu instantaneamente - O que é?

– Depois te conto.

Passei a manhã tentando descobrir a tal surpresa, mas nada me contou, me distrai tanto que esqueci que mentira para ele, de que ele seria o último a saber.

– Agora é depois? - disse no recreio.

– Agora é agora, depois é depois - disse em tom malicioso - Calma meu anjo depois te conto.

Queria matá-lo, mas com uma morte boa, amava aquele sorriso. Depois da aula eu olhei para ele e Marco me puxou até o pátio sem nenhuma palavra até me dar um convite o que não me agradou nenhum pouco.

Hoje iremos a um lugar especial, mas antes você terá que pensar em que dia é hoje. Mais uma coisa Jonathan sabe que vai passar o dia comigo.

– Não podia me falar diretamente, sabe que não gosto de bilhete - soei mais descontraída que estava.

– Podia, mas tem mais coisa atrás do papel - disse pegando o bilhete de mim - mas antes, que dia que é hoje?

– Não sei, acho que 25 de setembro, mas porquê a pergunta? - dizendo isso percebi - Putz, é meu aniversário.

– Parabéns, contudo como se esqueceu disso?

– Não curto aniversários - meu tom era de descontentamento comigo - mas obrigada. Qual era a surpresa?

– Um dia longe de todos, já que faz dezoito aninhos, iremos a uma fazenda do meu tio.

– Tudo bem.

Um tapa veio a meu rosto, como pude esquecer do meu aniversário, ainda mais com John me avisando a cada semana. Marco tinha carteira de motorista, mas não um carro, fomos então de moto, também do tio, que foi usada até a tal fazendo.

– O que quer fazer? - perguntou enquanto tirava o capacete - Tem uma tv enorme e um almoço nos esperando, que tal?

– Sim claro - eu estava nervosa, só estavam eu e Marco ali - Que tal o almoço e depois vemos o que faremos?

– Você quem sabe.

Haviam três pessoas na casa preparando o almoço, mas quando fui agradecê-los já haviam ido embora. Depois do almoço fomos ver um filme, ambos queriam ver Tartarugas ninjas.

– Muito legal o filme, não é? - perguntou ele ao final.

Eu estava deitada sobre o braço dele, o sofá onde estávamos era regulável nos deixando um pouco deitados e mais confortáveis.

– Muito, mas não teve beijo nele - meu tom trouxe uma vontade de beijá-lo.

– Isso eu resolvo - ele pegou meu pescoço e começou a me beijar até algo cair na cozinha.

– Vou ver o que é - disse me levantando. Mas era só uma lata mal colocada.

Quando peguei ele me olhou com um sorriso malicioso e eu retribui o sorriso maroto. Marco começou a me beijar com fervor, passando para o pescoço, não quis recusar aquela boca que sempre gostei. Seus beijos começaram descer e sua mão também, ele me segurou e me colocou no sofá. A medida que o beijo descia sua camiseta subia, sem que os lábios se soltassem, foi até o pescoço e ele delicadamente me empurrou tirando a própria blusa e me ajudou a tira a minha. Marco sem graça tentou criar um clima romântico sem sucesso, mas tirou um sorriso do meu rosto.

Depois de ver meu sorriso decidiu que para fazer sua vontade era necessário mais tempo e um local apropriado para isso.

Mas eu o queria também, voltei a beijá-lo incontrolavelmente.

Os beijos esquentaram mais e desceram a tórax do rapaz. Ele me segurou para que não parasse, mas voltei para cima em direção ao pescoço desprotegido

Tendo o pescoço mordido por mim ele mordeu seu lábio inferiores para não soltar nenhum ruído.

Não passamos de beijos aquele dia, mas beijos mais quentes. Queria contar ainda sobre que eu era, mas havia um calor que me consumia. Em meio um beijo soltei:

– Eu escondo uma coisa de você.

O que gerou apenas uma pausa e depois uma resposta:

– Você me ama?

–Sim.

– Então não me importo que esteja escondendo algo.

Sua boca veio ao meu pescoço me deixando em êxtase . Tentava dizer para que parasse, mas estavam tão bom que deixei que formasse duas manchas em meu pescoço.

O corpo dele veio a cima do meu, apenas sem a camisa e me prendeu ao sofá, a sensação de estar assim me protegia de tudo que temera antes. O empurrei para cima deixando que eu ficasse em cima e desse ritmo aos beijos.

Foi a melhor comemoração de aniversário que tive, apesar de serem só beijos me sentia feliz com aquele momento.

Caçadora de AsasWhere stories live. Discover now