Chapter 2: Once Is Never Enough

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Autora: elimak, no site AO3;

Nota: Essa fanfic não me pertence, a autora me permitiu postar a tradução para vocês. Espero que gostem.

***

Gerard abriu seus olhos lentamente, apertando o travesseiro como se quisesse se segurar ao seu sonho agradável e manter aquele simples torpor preguiçoso. Com uma mão ele apertou mais os cobertores em sua volta e rolou para o lado, na esperança de voltar a dormir e sonhar com pequenos nadas de novo. Porém, sua bexiga tinha outros planos, fazendo jovem artista bufar em frustração e sair da cama. Sua visão ainda estava turva, então ele esfregou os olhos desesperadamente até conseguir ver aonde estava indo. Embora isso não tenha o ajudado tanto, pois mesmo assim ele tropeçou em um monte de cobertores no meio do quarto, mas conseguiu se apoiar em suas mãos um pouco antes que seu rosto fosse esmagado contra o chão. Gerard praguejou em voz alta e olhou para os culpados com olhos limpos e se perguntou, por um segundo, o que diabos aqueles cobertores estavam fazendo no chão? Um momento depois, a aventura da noite anterior voltou para sua mente e ele não pôde deixar de sorrir com a lembrança. Provavelmente, essa foi a coisa mais selvagem que alguém como Gerard havia feito... se você não contar a orgia acidental no colégio.

Ele pegou seus cobertores, estremecendo ligeiramente por suas pernas doloridas, e os levou para cima, enterrando-os no fundo do cesto na esperança de sua mãe não notar. Depois da tão esperada ida ao banheiro e de ter seu café da manhã, ele se sentou em frente à sua mesa e abriu seu notebook. Sua vida tinha ficado muito mais fácil e ele não conseguia acreditar que seu chefe realmente o havia deixado fazer isso.

Dois anos atrás, por algum milagre, Gerard conseguiu o emprego que ele sempre sonhou em ter. Ele poderia, finalmente, desenhar histórias em quadrinhos para ganhar a vida. A empresa que ele trabalhava não era grande ou internacional como DC ou Marvel, mas era o suficiente para Gerard. Ele se sentia sortudo, talvez até mesmo abençoado, de conseguir um emprego que ele sabia que ficaria feliz, já que toda a sua vida girava em torno de desenho e quadrinhos. Ele começou a trabalhar com alguns jovens escritores e artistas talentosos que estavam lutando por seu lugar neste mundo, assim como Gerard estava. Por um ano e meio ele teve que trabalhar em um escritório, ir a reuniões e festas, onde todos, como ele, queriam apenas se divertir. Mas Gerard logo percebeu que aquilo não era para ele. Não o emprego em si, mas o que vinha com ele. Então, depois do seu primeiro ano trabalhando lá, Gerard começou a conversar com seu chefe sobre deixá-lo trabalhar em casa. No primeiro momento seu chefe descordou firmemente, mas, depois de um tempo, Gerard conseguiu convencê-lo que quando ele trabalhava e desenhava em um escritório, ele não se sentia criativo e livre como ele se sentia em casa, além do mais, ele só fazia os primeiros sketches à mão, o resto era feito por programas de computador. No fim, seu chefe concordou, com a condição que ele ainda trabalhasse horas completas, mesmo em casa, e que seu computador estivesse conectado com seu escritório.

Gerard conectou seu computador e continuou trabalhando de onde havia parado na sexta à noite. Ele estava desenhando uma batalha intergaláctica entre o herói e o vilão com um exército de porcos espaciais, sem pensar sobre Frank e sua voz. Absolutamente não.

 Gerard enviou o seu trabalho do dia e fechou o computador, finalmente acabando o dia. Ele deveria ter trabalhado até 17h, como qualquer outro empregado normal, mas Gerard estava muito envolvido no desenho, ele tinha que terminar aquele desenho atual, editar e adicionar algumas coisas naquele que ele fez pela manhã. Isso durou até que fosse 21h e os olhos de Gerard estivessem começando a ficar cansados por fitar a tela. Ele empurrou o notebook para longe, não seria usado pelo resto do dia. Ele começou a se perguntar o que faria a seguir e seus olhos automaticamente pousaram sobre o telefone.

Crazy For You [Frerard]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora