Capítulo 200 - O Titã e o Nephilim

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O corpo do Kleist viajava no ar, e sua queda começou a se desenhar. Ele colidiu contra as laterais de algumas montanhas de gelo e falso-vidro, arrancando lascas. Por fim, terminou sobre a neve, estatelado com o rosto virado paro o alto.

Sua visão estava completamente nublada, seus ouvidos zuniam e seu corpo latejava intensamente.

Assim o Selo ficou por um minuto, mas que pareceu uma eternidade, pois estava alheio da sensação de tempo. O zunido fora diminuindo lentamente, tomado por diversas vozes sussurrando tranquilamente "levante! levante! levante!". Então, sua visão focou, retomou a noção e imediatamente se sentou, muito ofegante. Seus ossos não haviam se quebrado, o peitoral da armadura amassou levemente, porém sentia muito a dor do impacto. Depois, reparou no som de batalha.

Os ananicos, montados nos gigantes de gelo, travavam um confronto violento contra os gigantes demônios. Os demônios caiam por terra com a força bruta dos gigantes de gelo, eram pisoteados ou golpeados com as mãos, sendo amassados até a morte. Os ananicos, porém, perdiam pelos fortes golpes das bardiches dos demônios, e, sendo pequenos e agora indefesos, eram facilmente pisoteados.

Ver os ananicos fugindo de medo e sendo mortos encheu o Kleist de fúria, deixando até mesmo transparecer em seu semblante.

Corram! Vão o mais próximo da barreira que conseguir! — ele vociferava. — Está guerra não é de vocês! Corram!

Eles hesitaram por poucos segundos, mas fora o que os ananicos fizeram. Correram como o Selo dissera, passando por ele proferindo sem parar "Obrigado! Obrigado! Nós lembraremos de você!".

Kleist controlou sua respiração pesada: aspirou fundo e depois soltou devagar. Seu semblante de fúria esvaiu, retornando com a inexpressividade habitual. Sua espada, Odin, estava cravada nas costas do titã, mas não seria um empecilho para derrotar reles demônios. As chamas amarelas tomaram conta de seus braços, criando espadas do mesmo tamanho que Odin em ambas mãos.

Flexionando as pernas, avançou em um salto no primeiro grande demônio, que não teve reação rápida o suficiente e fora decapitado em um poderoso golpe flamejante. As espadas criadas pelas chamas eram muito frágeis comparadas a arma principal, e, portanto, estilhaçaram por completo com este golpe.

Os pés do Selo tocaram a neve, deslizando por metros por causa do momento, ao mesmo tempo em que conjurava outras duas espadas com suas chamas. Redirecionando-se em um giro, disparou-se novamente em direção as criaturas sombrias. O primeiro atacou com a gigante bardiche, mas Kleist a repeliu com a lâmina direita em um impacto poderoso, abrindo uma brecha para saltar e rasgar verticalmente o rosto do demônio. Na verdade, quem matou este demônio foi o segundo, onde, em um golpe desesperado, cravou a lâmina na cabeça do semelhante para tentar acertar o Selo, e claramente não conseguiu. Kleist pegou impulso na haste da arma e também decapitou este último demônio em um impetuoso corte.

Mais destas criaturas surgiram, porém o selo da Guerra os matou com a mesma intensidade e violência, banhando sua armadura dourada e prateada com o sangue carmesim dos inimigos.

Por fim, Kleist ficou parado em meio os corpos dos demônios, fitando um ponto aleatório, concentrado. Sabia e sentia que Za'elronan estava próximo, mas não conseguia descobrir da onde estava vindo. Não escutava seus passos; não sentia tremores; mas o solo não é o único local para se deslocar.

O ataque veio de cima.

O titã demoníaco irrompeu do alto da nevada, com seu gigante martelo assobiando no ar até brandir contra o solo em uma poderosa explosão, fazendo voar neve e estilhaços. O tremor fez as paredes ressoarem, lançando vibrações por muitos metros e direções distintas.

Os Cinco Selos 2Where stories live. Discover now