Se soubesses...

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Demoramos um pouquinho, mas voltamos com um capítulo bem longo e com muitas emoções pra vocês. Viagem conosco nessa estória.

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Natalie...

Eu não estava raciocinando direito, mas precisava confrontá-la, voltei ao elevador, meus olhos lacrimejavam, a angústia me tomava. Eu já não sabia mais o que era correto ou não, se eu devia pedir uma explicação. Talvez, eu pudesse me arrepender, eu não fazia ideia do que Lis me falaria naquele momento, mas eu já estava bancando a idiota, nada mudaria. Eu precisava colocar pra fora tudo o que estava me sufocando, me magoando.

Entrei no elevador, e apertei o número 1, eu não sabia o que ia fazer, mas eu faria algo.

Assim que a porta se abriu, respirei fundo, e na hora que tentei sair, senti suas mãos me empurrando de volta para dentro do elevador.

_ O que você está fazendo aqui Natalie?



Lis...

Eu estava atordoada, ainda não acreditando que era Natalie. O que ela fazia aqui novamente. Eram muitas perguntas sem respostas na minha cabeça, eu precisava saber o motivo pelo qual ela foi embora sem se despedir, sem dizer adeus.

_ Sara, vai lá e pede o café, eu te encontro daqui a pouco.

_ Aonde você vai Lis?

_ Eu te explico depois.

Abandonei Sara no salão da pousada e voltei a recepção, estava ansiosa em frente ao elevador. Eu não conseguia descrever em palavras o que estava sentindo, era dor, ansiedade, saudade, paixão. O coração batia mais forte a cada segundo.

E quando a porta se abriu, Natalie estava lá, sem pensar com coerência, empurrei-a de volta para dentro e a porta fechou. Essa conversa entre nós era necessária, pensei.

_ O que você está fazendo aqui Natalie?

_ É uma pousada, estou hospedada. - eu estava indignada -

_ Não seja hipócrita. Como você tem coragem depois de se aproximar de mim para frequentar a pousada com seu pai...

_ Do que você está falando?

_ Ah, você não sabe. É o seu pai que vai inaugurar o hotel aqui em Orleans, eu comentei com você, e o que você fez? Não me falou nada! Se aproximou de mim para obter informações.

_ Isso não é verdade.

_ Não? - olhei-a fixamente -

_ Lis, isso o que está falando não faz sentido, eu jamais faria isso.

_ Você fez, e não faz ideia o quanto me magoou Natalie.

_ Eu te magoei?

_ Eu me apaixonei por você. - gritei -

E a porta se abriu, olhamos para fora do elevador, um casal de velhinhos nos olhando assustados.

_ Vai descer? - perguntou o senhor -

_ Vai sim. - respondi - Com licença.

Deixamos o elevador.

_ Qual é o seu quarto? - perguntei -

_ Eu, eu não sei.

_ A sua chave.

_ O quê?

Um Amor de Carnaval (Lésbico) - CompletaWhere stories live. Discover now