Sinopse: Irene Adler surpreendeu Sherlock ao ter uma postura submissa na presença de John. Mas por quê uma dominatrix ficaria submissa a um homem desconhecido? Seria possível, mesmo conhecendo-o há tempos, que John mantivesse um segredo de Sherlock?
Gênero: suspense, investigação, conteúdo sexual explícito, nuances de bdsm.
Alerta: agressão física consentida e palavras de baixo calão.
Sherlock!bottom submissive. John!tops dominant.
Número de palavras: 7.650.
-X-
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Tinha algum tempo que Sherlock olhava mais atentamente para John - com desconfiança e curiosidade. Havia algo sobre o soldado que veio à tona no primeiro encontro com Irene Adler, o modo como ela engoliu seco e abaixou os olhos para ele era incomum. Momentaneamente substituindo sua postura dominante para uma mais, seria possível, submissa?
Sim. Óbvio que havia algo ali e Sherlock estava ficando louco com as teorias que criava em sua mente - nunca realmente chegando a uma conclusão.
Era lógico que John escondia uma característica, no mínimo, peculiar e incoerente para Sherlock, que Irene sabia sobre. E o que o incomodava era isso - a mulher, uma dominatrix da ponta do pé ao último fio de cabelo - sabia disso e ele não. Uma mulher que John, o doce e correto John Hamish Watson, não iria se dar ao trabalho de conhecer levando em conta as atividades distintas que Irene praticava de forma tão ativa e prazerosa.
John a conhecia? Se sim, de onde? Como? Quando? Por quê? Quem os apresentou? Se esbarraram na rua? No Museu ou talvez no mercado? Se não, por que Irene agiu daquela forma submissa? Por que John a fez recuar e ceder o controle? Por quê?
Perguntas, perguntas e mais perguntas. Sherlock estava obcecado com isso há meses.
Irene não havia aberto a boca sobre o assunto antes de desaparecer, por mais que pressionada que fosse. Era frustrante não ter uma resposta e Holmes sabia que não conseguiria arrancar nada do amigo se o questionasse diretamente. Tudo o que tinha era suposições pelo modo como a dominatrix reagiu a presença dele nas poucas ocasiões onde se encontraram.
"É isso!" Gritou para o apartamento vazio, levantando com um pulo da poltrona, correndo para o quarto de John. Ele havia saído para um encontro uma ou duas horas, o que facilitava a vida do moreno em revirar seu quarto em busca de pistas para os questionamentos sem fim em sua mente.
Sherlock mexeu em seu closet, tomando cuidado de deixar tudo do modo que estava, apalpou bolsos dos casacos e calças, checou os móveis, gavetas, livros e a cama - logo partindo para a cômoda e o notebook. A senha do aparelho nada mais era do que a data de nascimento de Harry ao contrário - algo sentimental e a cara de John, que apesar de não compactuar com certas atitudes da irmã, ainda a amava muito.
