— Desiste, Adams. Você não vai conseguir.

Ele franziu as sobrancelhas, desafiado como nunca. Então pegou os dois pulsos de Elize e os ergueu sobre a cabeça dela, segurando-os com uma das mãos. O demônio de Westwood protestou com um grunhido baixo, mas ficou surpresa quando Scott não se aproveitou para imediatamente jogar a saia que causou toda aquela confusão para fora do provador. Era um jogo muito maior para ele, e estava longe de acabar. A diversão estava só começando.

— O que você...

Elize não terminou a pergunta. Sua voz fraquejou e ela fechou os olhos quando os lábios quentes de Scott começaram a vagar pelo seu pescoço. Mesmo imobilizada, se sentia estranhamente confortável. Seu coração batia descontroladamente dentro do peito, e suas pernas começaram a ficar moles. Se Scott não tivesse colado o seu corpo ao dela, e se não estivesse segurando os seus pulsos com tanta força, Elize teria deslizado contra o espelho até atingir o chão. 

O jeito como ela se debateu brevemente contra o espelho, buscando se soltar, o fez rir baixinho:

— Relaxa, Luci. Estou te dando um prêmio de consolação por ter perdido a aposta.

— Eu... não.... perdi a aposta.

Como se para provar o seu ponto, Scott puxou a saia para baixo e ergueu Elize do chão. Instintivamente ela o envolveu com as pernas, apertando a cintura dele entre as coxas. Um pequeno gemido de derrota escapou de seus lábios rosados, e Scott sorriu. Adorava a calcinha de renda vermelha que Elize estava usando, e não via a hora de jogá-la longe, junto com a saia, também.

— Qual é o meu prêmio de consolação, Scott? — perguntou o demônio de Westwood. 

Sabia muito bem o que iria acontecer a seguir, mas queria ouvi-lo dizer.

— Comer você nesse provador.

Ela riu. Secretamente, amou a ideia.

— Mas e as vendedoras?

Scott fingiu pensar sobre o problema, mas o modo como seus olhos brilharam entregou o fato de que ele não ligava.

— Aposto que estarão ouvindo e adorando.

🔥🔥🔥

Elize alisou o tecido da calça jeans contra as coxas, sentada no banco do passageiro com Scott dirigindo ao seu lado. Quanto mais perto chegavam da praia, mais forte o cheiro salgado tomava o ar. Em questão de minutos seria só areia, sol e pessoas em roupas de fim de tarde.

— Ei, onde estamos indo?

Pegando um desvio que os levaria para bem longe da praia, Scott fez mistério. Ele batucou os dedos no volante e aumentou o som para fingir que não ouvia as perguntas de Elize, fazendo-a se irritar, mas depois rir. Se fosse qualquer outra pessoa, em qualquer outra situação, ela mandaria que parasse o carro. Ninguém dizia a um Prescott o que fazer. Mas aquele era Scott, e aquela era Elize. Ela amava tudo o que ele fazia, e estava ansiosa para saber qual era a surpresa da vez.

Quando Elize reconheceu a colina por onde subiam, teve ideia do que estavam prestes a fazer. Ela evitou sorrir para não estragar os planos de surpresa que Scott estava conduzindo, e fingiu prestar atenção em algo no celular enquanto ele diria. Ao fazer isso, viu que algumas notificações de mensagens haviam chegado e abriu todas elas. A maioria era de algumas líderes de torcida querendo saber sobre os ensaios que Elize havia perdido, outras de sua mãe; a maioria, porém, era de Derek. Ele havia sido convidado para o seu aniversário, e agora sentia que era amigo de Elize. Patético.

O carro parou, fazendo com que Elize levantasse os olhos. Como já imaginava, o Tártaro a cumprimentava com sua velha construção. Parecia ainda mais acabada à luz do dia, mas não deixava de ser charmosa. Era outra das diversas coisas que não seriam interessantes alguns dias antes, mas que pareciam perfeitas agora, com uma companhia à altura ao seu lado.

Queime Tudo (DEGUSTAÇÃO)Where stories live. Discover now