Sirens são criaturas exóticas e extraordinárias. E perigosas.
Pessoas estão cada vez mais intrigadas com essa espécie, mas o que pode acontecer quando um humano chega perto demais de um dos Sirens?
Nerissa viveu a vida inteira dentro do Aquário onde...
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— Fiona está te procurando, – disse Pia. — qual foi a merda que você fez agora?
A empurrei de leve.
— Hey! Tenha mais fé em mim, eu não fiz nada de errado!
A não ser ter vomitado nos pés de Carter, pensei comigo mesmaenquanto mordia os lábios. Mas ele não teria dito nada, eu fiz com que ele prometesse.
Caminhei com toda a coragem que tinha em direção ao escritório de Fiona e dei uma batida na porta, pedindo passagem. Ela respondeu com um "entre" e meu coração começou a bater descompassadamente.
Encontrei Fiona sentada atrás de sua mesa, e quando viu que era eu a lhe incomodar, suas mãos abaixaram imediatamente os papéis que ela folheava.
— Querida, entre e feche a porta por favor.
Talvez Pia estivesse certa, e eu realmente tivesse feito alguma merda, mas dessa vez monumental.
Fiona se levantou da cadeira e tirou os óculos de grau do rosto, e fez com que eu me sentasse na cadeira disposta na frente de sua mesa. Minhas pernas fraquejaram de leve e eu tive que me concentrar em sentar direito.
— Está tudo bem? Você está meio pálida... – seu tom maternal fez com que eu relaxasse mais na cadeira. Talvez a merda não fosse tão monumental assim. — Conversei com o pessoal do laboratório, eles disseram que os alojamentos estão preparados para receber você e seu irmão.
Respirei fundo e assenti.
Então era sobre aquilo que Fiona queria conversar, e não sobre meu vexame com Carter, ou qualquer outra coisa. O alívio que percorreu meu corpo foi imediato, porém momentâneo.
— Falei também com seu pai.
Meu sangue gelou em minhas veias.
— Você fez o quê? – perguntei debilmente, como se o que Fiona tivesse me dito algo em Grego. — Fiona, me diga que isso foi uma alucinação de minha cabeça, e você não falou com meu pai sobre isso...
Ela cruzou as pernas e segurou as próprias mãos no colo, mexendo com os dedos, inquietantemente.
— Não tive opções, querida. Não se esqueça de que esse trabalho era para ser de seu pai, e eu já havia passado a maioria das informações para ele. – Fiona tentou se justificar, praticamente exasperada. — Ele veio questionar a posição que tomaria no estudo e eu disse que estava ocupada por você.
Assenti, mais calma.
— E o que ele disse?
Fiona olhou para qualquer coisa, menos para mim.
— Ele disse que eu estava cometendo um grande erro, Nerissa.
Engoli seco.
Meu próprio pai, me apunhalando pelas costas. Mas que grande surpresa.