Capítulo 7

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Eles não tem um horário específico. Andy aparece de manhã bem cedo ou em algum momento de tardinha. Essa noite Rye acredita que ele venha mais cedo, devido ao fato que ele fez uma evolução a entrar na cafeteria e ter certeza de que estava tudo bem se ele ele ficasse. Ele não vem.

Oito passa, e Rye coloca as sobras do jantar na geladeira. Nove passa e ele está bocejando enquanto vê TV. As dez ele desliga a TV e faz a cama de Andy no sofá, e lá pelas onze ele está dormindo nela. A batida na porta não vem até depois de uma da manhã, e Rye está mal disposto e cansado.

"Você não trabalha amanhã, certo?" Andy pergunta ao pisar no apartamento, já tirando a mochila e a jaqueta.

Rye boceja "Não, não trabalho. Tá tarde, eu vou pra cama. Boa noite."

"Tá bom" Andy diz enquanto tira os sapatos "Eu vou tomar um banho, se não tiver problema."

Rye acena para ele "A comida está na geladeira, caso você esteja com fome. Como disse, vou para a cama."

Por um instate, Andy fica lá, bloqueando o caminho de Rye da sala para o próprio quarto "Me desculpa" Andy diz "Eu deveria ter te falado que chegaria tarde, mas ao invés disso você me esperou acordado, não é?" Ele faz uma careta, a culpa inundando sua expressão "Me desculpa por ser um merda na maior parte do tempo, me desculpa por não me abrir e falar com você, e me desculpa por você– por você fazer de tudo por mim, e eu não te agradeço o suficiente por isso."

Com o peito apertando dolorosamente, Rye assente "Tá tudo bem."

"Não tá mesmo" Andy diz "Mas eu vou fazer ficar."

Leva um minuto até que Rye sinta que pode responder sem que suas palavras soem grossas demais "Tá."

Andy sorri e anda pelo apartamento como se ele pertencesse ao mesmo, e Rye acha que ele pertence. Quando ele cai na cama, o som do chuveiro é dominado por Andy cantando para si mesmo. As palavras mal disceníveis. Ele reconhece a letra, mas não consegue lembrar quem canta originalmente "What can a guy make me even really offer? She's perfect as she can be, why should I ever bother? She's so high, high above me"

Ele adormece não muito depois disso, o som do chuveiro e o canto de Andy enbalando-o para um sono. Exatamente como mais cedo, ele acorda com o som de alguém na porta. Exceto que dessa vez é a porta de seu quarto, não a do apartamento, e é acompanhado por um suave "Rye?"

Depois de piscar o olho para acordar, Rye cobre a boca para esconder um bocejo, antes de tropeçar para fora da cama, Andy está em pé do outro lado da porta, vestido apenas com uma calça de moletom. Seu cabelo está molhado e pinga nos seus ombros, e Rye meio que quer beijá-los quando uma gota traça seu caminho para a clavícula e depois pelo seu peito. Invés disso ele engole seco e pergunta "Que foi?"

"Eu posso– eu posso dormir aqui essa noite?" Andy gagueja.

Rye coça os olhos e assente "Sim, claro. Só espera eu pegar meus travesseiros e eu vou–"

As mãos de Andy pressionam contra o peito dele, e se lembra de que está dormindo sem camisa. Os dedos dele estão molhados do banho, mas cada um está perfeitamente quente e distinguível contra a pele de Rye "Eu quis dizer com você"

Rye está cansado demais para não tirar conclusões precipitadas. Obviamente, Andy só está de saco cheio do sofá mas ele não quer chutar Rye pra fora da própria cama. Silenciosamente Rye concorda. Ele sabe que deveria insistir em dormir no sofa, fazer Andy ficar mais confortável, mas ele não tem força para isso. Não quando ele pode ser egoísta por um momento muito rastejar até a cama com o som suave da respiração de Andy atrás dele e o cheiro daquele sabonete líquido que se impregna na pele sufocando todo o resto.

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