Chapter 5

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Tom esperava ansiosamente no portão de sua antiga escola, quando avistou Rebecca se aproximar.
-Que surpresa te ver aqui! - disse ele para a loira, que rolou os olhos. -Posso te ajudar com isso? - ele pediu se referindo ao que ela carregava. -Aliás, o que é isso? - disse ele fazendo Becca rolar os olhos.
-Um assento... você sabe, para crianças andarem em carros. - disse ela soando óbvia.
-Eu... não faço a mínima ideia. - disse Tom vendo ela arregalar os olhos.
-Ah não, isso foi um erro... - dizia a loira, mas Tom a interrompeu.
-Relaxa Becca, eu estava brincando, eu sei o que é um assento de carro. - disse ele sorrindo.
-Bom, ela vai sair por esses portões há qualquer minuto. - disse Becca assim que chegaram.
-É... os mesmos pelos quais nós saíamos. - disse Tom lembrando o tempo da escola.

O sino tocando indicava, mais uma vez, o fim das aulas. Com toda a pressa do mundo, Tom jogou suas coisas na mochila e foi até o corredor, onde encontrou Rebecca e suas amigas.
-Oi Becca, você vai pra casa andando hoje? - disse ele com as mãos no bolso.
-Oi Tom, sim, minha mãe ainda está trabalhando. Porque? - disse a loira.
-Eu posso te acompanhar, se você quiser... - disse Tom aparentemente nervoso.
-Oh, tudo bem. Tchau meninas, até amanhã! Vamos? - disse ela se virando para Tom, que ainda não acreditava que ela havia aceitado.
-Ah sim, vamos! - disse ele abrindo a porta para ela.
Assim que eles saíram pelos portões, Tom criou coragem e tocou na mãos de Becca, que se assustou com o contato, mas logo aceitou o gesto e entrelaçou seus dedos.

Tom foi tirado dos seus pensamentos com o barulho do toque seu celular. Tirando ele do bolso, Becca reconheceu na hora o aparelho.
-Precisa atender? - disse ela.
-Não, é só meu agente. - disse Tom desligando e guardando o aparelho.
-Esse é o mesmo celular que você tinha no ensino médio? - disse ela não contendo a curiosidade.
-O que? Não! - negou ele.
-Eu lembro dele. - disse Becca.
-Não, eu... eu não acho que seja o mesmo. - disse Tom disfarçando.
-Tem uma antena, Tom! - disse a loira.
-Eu só gosto do telefone... - disse ele.
-Tá bom, se você diz! - disse Becca sorrindo.
Antes que Tom pudesse responder, eles foram interrompidos por outro telefone tocando, dessa vez era o de Becca.
-Desculpa, é a Alex, tenho que atender. - disse ela tirando o aparelho do bolso e se afastando.
Alguns minutos depois, Rebecca voltou com uma expressão triste.
-O que foi? - disse Tom preocupado.
-É a Alex, ela está com uma crise de choro e me pediu se posso ajudar com as crianças. - disse Becca guardando o aparelho na sua bolsa.
-Então... vai me deixar aqui sozinho? - disse Tom coçando a nuca.
-Se for tudo bem pra você. - disse Becca vendo a expressão de Tom mudar. -Ou eu posso ligar pra Carter, não tem problema... - dizia ela mas foi interrompida.
-Não, não! Bec, você pode ir, eu... nós vamos ficar bem! - afirmou Tom.
-Tem certeza? - disse ela receosa.
-Sim, eu tenho certeza. - disse ele rindo.
-Tá bom, é... Lilly sabe como colocar isso no carro, se ela precisar de alguma coisa me liga, tá bom? - disse Becca indo até seu carro.
-Pode deixar, tchau! - gritou Tom antes que ela fosse embora.

Não muito tempo depois, o sinal da escola tocou e as crianças começaram a sair pelo portão. Assim que avistou Lilly, Tom acenou para ela, chamando a atenção da maioria das crianças, que reconhecerem o homem aranha, claro.
-Oi, como foi a escola? - perguntou Tom empolgado.
-Legal, onde está a mamãe? - pediu a pequena, ao notar a ausência da mãe.
-Ela teve que sair, somos só nós dois. Tudo bem pra você? - disse Tom nervoso.
-Sim, vamos na casa do vovô? - pediu Lilly, enquanto eles se aproximavam do carro de Tom.
-Sim, mas antes eu preciso que me ajude com isso antes. - disse Tom, levantando o assento.
-É só colocar no banco e passar o cinto por trás. Qual é o seu carro? - falou a criança.
-Esse aqui! - Tom apontou para o conversível estacionado.
-Cadê a tampa dele? - perguntou a garotinha.
-Como assim? - disse Tom confuso.
-Esse carro não tem tampa. - repetiu Lilly.
-Oh, é um conversível... você não gostou? - pediu Tom, vendo Lilly negar com a cabeça. -Ah, vamos, vai ser divertido. - disse ele um em tom animado, mas se assustou ao ver Lilly recuar. -Ahh, sem problemas, eu... eu vou ligar pro vovô, o carro do vovô serve? - pediu Tom, na última de suas esperanças e sentiu um alívio ao vê-la assentir.
Depois de ligar para o pai, Dom foi até a escola, buscar o filho e a neta, que entrou animadíssima no carro.
Ao chegar na casa, Tom ajudou Lilly a descer e assim que estava no  chão, a garotinha correu para a porta da casa, onde Tessa a esperava, abanando freneticamente seu rabo.
-Tess!!! - gritou Lilly, enquanto o animal dava lambidas pelo seu rosto.
-Quem será que chegou? - disse Sam saindo da cozinha, com um pano sobre o ombro.
-Tio Sam!!! - gritou a garotinha, se jogando nos braços dele.
-Oi pequena, adivinha o que tô cozinhando? - disse enquanto a segurava em seu colo.
-Sopa de ervilha? - pediu ela na expectativa.
-Isso mesmo! - reapondeu Sam.
-Eba, eu te amo tio Sam! - disse Lilly voltando a abraçá-lo.
Tom ficou observando de longe, a interação de Lilly com o irmão e se sentindo péssimo por saber que seus irmãos tinham uma relação melhor do que ele com a própria filha.
Ele foi tirado dos seus pensamentos por seu pai, que colocou uma das mãos em seus ombros.
-Vem, vamos entrar! - disse ele para o filho, que assentiu.

Já dentro de casa, Tom e Lilly ajudavam Sam com o jantar, enquanto Harry e Dom assistiam televisão.
-Quer saber? Eu tô com fome! Isso aí ainda vai demorar muito. - disse Tom indo até o freezer e tirando um pote de sorvete de lá.
Depois de sentar na mesa, com um bowl e se servir uma enorme bola, Lilly se juntou á ele.
-Isso vai estragar seu jantar. - disse a pequena.
-Ás vezes você tem que se arriscar e acreditar que tudo vai dar certo! - disse Tom levando a colher até sua boca.
-Isso é sorvete de chocolate? - pediu Lilly sem tirar os olhos do pote.
-Uhum, afinal é o melhor sabor que existe, certo? - disse Tom vendo ela assentir. -Você quer um pouco? - pediu ele.
-Vovô, posso comer um pouco? - disse Lilly para o avô, que depois de pensar, respondeu.
-Tudo bem, mas só uma colher. - disse Dom vendo a garotinha sorrir.
Tom então abriu o pote de sorvete mas Lilly foi rápida em pegá-lo e dizer que já era grande o suficiente pra se servir sozinha.
-Oh, isso aí, essa é minha garota, olha isso, uma montanha de sorvete. - disse Tom ao ver Lilly se servir de uma gigantesca bola de sorvete. -Agora vamos lá, vamos ver quem consegue colocar mais na boca. - disse ele e juntos, colocaram suas colheres na boca, logo se arrependendo.
-Oh não, congelou o cérebro? - disse ele sentindo a cabeça latejar.
-Congelou o cérebro! - respondeu Lilly rindo, com as duas mãos na cabeça.
-Não foi uma boa ideia, né? - dise Tom vendo a filha assentir.
Enquanto eles interagiam, o restante da família de Tom ficou apenas os observando, com sorrisos bobos no rosto, até Sam sentir cheiro de queimado.
-Oh não! - disse ele tirando a panela do fogo, mas já era tarde demais, o alarme de incêndio já havia disparado.
Enquanto Dom, Harry e Tom foram até a cozinha, ajudar Sam a dissipar a fumaça, Lilly foi em frente a televisão, onde passava uma reportagem sobre dançarinas. A garotinha imitava os passos das bailarinas de um jeito que deixou todos surpresos.
-Lilly? Você... você dança? - disse Tom chamando a atenção dela.
-Não! - respondeu ela, sem graça.
-Bom, então o que foi isso? - pediu ele se aproximando da garota.
-Eu só vi o que ela fez e tentei fazer igual. - disse Lilly apontando para a tv.
-Bom, isso foi muito bom, você tem aula de dança na escola? - pediu Tom vendo ela negar.
-Não, não temos. - respondeu ela, com o olhar decepcionado.
-Oh, o que acha de te matricularmos em uma escola de dança amanhã, huh? - disse Tom vendo ela sorrir.
-Sério? Eu ia amar! - respondeu Lilly dando pulinhos de alegria.

Depois do jantar, como já estava tarde, Tom colocou Lilly no carro e a levou pra casa, onde Rebecca já as esperava.
-Oi amor! - disse ela abraçando a filha.
-Oi mamãe! - respondeu Lilly.
-Como foram as coisas? - perguntou a loira.
-Foi muito legal, eu adorei ir na casa do vovô, obrigada Tom. Até amanhã na escola de dança! - disse a garotinha abraçando as pernas de Tom, antes de correr para dentro de casa.
-Dança? - pediu Becca confusa.
-Você sabia que Lilly dança? - pediu Tom com um sorriso no rosto.
-O que? Não, quer dizer, ela dança de vez em quando... - disse Rebecca dando de ombros.
-Ela estava na frente da tv hoje, dando passos de balé quase perfeitos. - disse ele empolgado.
-Tá brincando? Ela nunca me mostrou isso. - disse Becca surpresa.
-Eu meio que falei pra ela que íamos numa escola de dança amanhã depois da aula. - disse Tom recebendo um olhar negativo de Becca.
-Tom... - dizia a loira mas Tom a interrompeu.
-Eu sei o que vai falar, me desculpa, eu só... deixa eu fazer isso por ela, por favor? - disse ele olhando nos olhos de Becca, que suspirou. -Você pode vir com a gente... se quiser. - disse Tom se aproximando dela.
-Só eu, você e a Lilly? - disse Becca, já entendendo as intenções do garoto.
-É, vai ser bom passar um tempo juntos, sabe, só nós três. - disse ele com um sorriso charmoso.
-Nada vai acontecer entre a gente, Tom! - disse Becca olhando nos olhos do moreno.
-Eu não disse que iria. - respondeu o garoto. -É... Becca? - continuou.
-O que? - respondeu a loira.
-Tudo bem se eu te pegar depois do trabalho amanhã? - perguntou.
-Tudo bem! - disse Becca sorrindo.
-Perfeito, pego as duas amanhã... no carro do meu pai. - completou ele.
-Ela não quis andar no carro sem tampa, não foi? - perguntou Becca rindo.
-Não! - respondeu ele, antes de entrar no carro e voltar pra casa com um sorriso bobo no rosto.

meant to be | tom holland Where stories live. Discover now