𝐖𝐇𝐀𝐓'𝐒 𝐘𝐎𝐔𝐑 𝐍𝐔𝐌𝐁𝐄𝐑? · 𝒋𝒇𝒈

❧ 041 | maisy ❧

ᴘᴀʀᴛᴇ ᴅᴏɪs

ᴍᴀɪsʏ ᴅᴀʀʟɪɴɢ

Já comi, já bebi, já cai e já dei bastante risada.

Agora eu estou dançando com meu pai que eu não via há meses.

— Estou feliz que você encontrou alguém que te faça feliz, pai.

— Fico feliz em saber disso. — ele sorri, me dando um beijo na testa. — Mas e você, está feliz com aquele rapaz?

— Estou! Claro! — eu respondi e ele ergueu uma sobrancelha.

— Esqueceu que você é igual a mim e eu sei quando está mentindo? — ele perguntou. — Por que está com ele?

— Ele é perfeito, pai. Todo mundo gosta dele e...

— Mas você gosta?

— Gosto, pai, claro que eu gosto. Mas por favor, vamos mudar de assunto? — ele não relutou, apenas assentiu e continuamos a dançar.

— Sua mãe está radiante. — ele comentou.

— Por que ela não estaria? Estou namorando com o cara que ela sempre sonhou que eu namorasse. — rio sem graça. — E a Daisy acabou de se casar!

— Ela nunca pensou em nenhuma de vocês. Sobre o que vocês realmente queriam. Sempre pensou no que seria bonito para os outros. — ele explicou. — Talvez seja por isso que ela seja diferente com você.

— Como assim?

— Você não se importa com o que os outros pensam. É como eu. E é difícil para ela ver tanto de mim em você. Por isso ela te cobra tanto. Você nunca fez questão de ser alguém que você não é. E é isso que faz com que você seja simplesmente você.

Ele estava certo. Eu era assim. Eu era assim antes de ler aquela maldita reportagem que me deixou morrendo de medo de acabar sozinha. Por isso me tornei quem todos queriam que eu me tornasse.

E como meu pai está certo, Jack também estava.

Eu sou uma completa idiota.

— Ei, posso dançar com ela essa? — Cameron pediu ao meu pai, que concedeu. — Me desculpe, mas eu não conseguiria dançar uma música lenta com a sua mãe.

— Tudo bem, eu entendo. — respondo — Até que ela está feliz, mesmo com meu pai aqui.

— Claro que ela está feliz, sua irmã casou! Como que uma mãe não ficaria feliz?

— É...

Ficamos em silêncio por alguns segundos. Suas mãos estavam em minha cintura, as minhas em volta do seu pescoço, e minha cabeça deitada sobre seu ombro. Fiquei pensativa sobre o que eu deveria fazer, até Cameron quebrar o silêncio:

— Então, Maisy, eu estava pensando, e a única coisa que te prende em Nova York sou eu, e eu estarei me mudando para Tókio durante seis meses na próxima quinzena. Por que não vai comigo? — Cameron sugere, enquanto dançávamos.