Décimo Terceiro: Esqueça Jaemin

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Eu, Lee Jeno, sou um grande admirador do amor. Mas agora eu quero que ele se exploda.

Antes mesmo de eu me tornar amigo de Na Jaemin, eu o observava pelos corredores, acompanhando seus passos e pensando em como raios poderia existir um garoto tão bonito quanto aquele.
Eu admirava tanto Na Jaemin quanto admiro o amor.

Então quando Mark me falou que eu iria conhecer seu namoradinho, Donghyuck, e seu melhor amigo, Jaemin, eu nunca me senti tão nervoso na vida.
Joguei as expectativas para o alto, e esperei o grande dia. E me fudi.

Briguei com Na Jaemin logo no primeiro dia que eu o conheci, e rapidamente ditei que o odiava, e nunca mais o admiraria na mesma forma. Mas é óbvio que o maldito ia me conquistar de novo.

Ele me conquistou de novo no momento em que me pediu desculpas na hora de fazer o trabalho, com aqueles seus olhinhos pidões, e eu me senti derreter por dentro. E claro que aceitei.

Depois de conversar com Na Jaemin, percebi que ele era um rapaz muito legal, e merecia ter uma alma gêmea. Mesmo que não fosse eu. Então, resolvi fazer uma coisa: o ensinar sobre o amor e suas vantagens.

Na Jaemin está certo: o amor pode ser dolorido e maldoso, mas, pode ser bom e curar. Como o que sinto por Jaemin.

Então, estou lutando para abrir seus olhos, e o ajudar a se curar.

Mas logo depois do dia em que Jaemin foi a minha casa, e foi-se embora me deixando sozinho com o coração acelerado e as borboletas, eu pude cair a ficha. Na Jaemin não gosta de mim.

Depois de muito pensar sobre isso, e deixar poucas lágrimas cair (pois se meu irmão me ensinou alguma coisa útil foi: não chore por macho.) eu resolvi desistir desse amor por Na, e largar um pouco desse romance fictício em minha mente, e continuar apenas amigo dele. Simples.

Alguns dias depois eu conheci Huang Renjun, um garoto extremamente simpático, divertido, fofo, inteligente e lindo. E ele estava me dando mole.

Então, começamos a conversar, e resolvi dar uma chance a ele, um garoto tão precioso quanto Huang Renjun nunca poderia aparecer novamente.

Então, resolvemos marca de andar pelo shopping depois de dias conversando,  e como eu teria o dia inteiro livre (menos a hora que eu estivesse com Renjun) eu tive a magnífica ideia de chamar Na Jaemin para ver um filme comigo.

E foi a pior cagada que eu fiz.

Quando iria mandar mensagem, eu travei: o que ele pensaria se eu mandasse uma mensagem chamando para ele ir ao cinema na cara dura? Então, rapidamente, desviei o obstáculo fazendo algo simples. Mandei de uma forma tão chique que eu parecia besta. E funcionou.

Saímos para ver o filme, o resumo foi: meu coração acelerado, borboletas em minha barriga, eu sendo levemente descarado (mas estava queimando de vergonha por dentro) e eu quase lasquei um beijo nele.

O dia estava ótimo, até que deu a hora de me encontrar com Renjun, e eu não quero admitir mas, eu fiquei triste.

Ao me aproximar de Renjun deixando Nana para trás, segurei sua mão e o comprimentei com um sorriso e um "oi", que foi rapidamente retribuído.

- Como foi com o Jaemin? - Ele perguntou assim que começamos a andar em direção a uma lanchonete.

- Foi... Tudo bem. - Eu digo, depois de uns segundos pensando se meu coração acelerado e as borboletas no estômago possam significar que estou bem. Ele ri um pouco.

- Ainda sente as borboletas e o coração acelerado? - Ele pergunta, se sentando em uma das mesas da lanchonete, e eu rapidamente sentei ao lado dele.

- Sinto. - Digo sincero, soltando um suspiro, apoiando meu cotovelos na mesa e a cabeça nas mãos, olhando o garoto. O mesmo observava cada movimento meu com um sorriso, e seu olhar demonstrava carinho e uma ponta de compaixão.

- Você sabe que saindo comigo você não vai supera-lo, não sabe? - Ele diz, me fazendo suspirar e concordar com a cabeça, olhando para a mesa agora. - Eu nem sei por quê você desistiu, eu olho para os dois juntos e é muito óbvio que vocês se amam.

- Fala sério... - Digo baixo soltando um bufar, e ouço sua risada ao meu lado.

- Você tinha que ver a cara dele quando você segurou minha mão, eu fiquei com dó dele... Parecia um cachorrinho perdido. - Olho para ele rapidamente, imaginando Na Jaemin com aquela feição, sentindo o coração derreter, mas, rapidamente caio a vida real.

- Estamos falando do mesmo Na Jaemin? O odiador do amor? - Falo levemente brincalhão, desacreditado de suas palavras. Arranquei um pequeno risinho dele, que ainda me observava.

- Para alguém que tem tanta esperança no amor, você parece totalmente pessimista. Vamos lá! Fale um motivo para ele não gostar de ti! - Ele diz esperançoso, tentando me animar. Rio, levemente irônico.

- Ele é arromântico. - Digo simplista, o que rendeu uma reação desacreditada de Renjun. - Eu e Mark chegamos nessa conclusão.

- Ele já afirmou isso para você? - Nego com a cabeça, e ele exclama em seguida. - Exatamente! Você não pode tirar essa afirmações como se fossem reais! Você inventou tudo isso na sua cabeça, bobo. - Disse, e por fim deu um peteleco em minha cabeça. O que rapidamente me fez reclamar e colocar a mão na testa, resmungando.

- Como pode ter tanta certeza, Jun? Você nem o conhece... - Murmuro, tentando não se encher de esperança com as palavras de Renjun, observando o resto dos clientes na lanchonete ao invés de Junjun. Ouvi ele rir soprado ao meu lado.

- Você quer tanto saber se ele é arromântico? Simples, pergunte. - Ele disse começando a ficar mal humorado, e levemente magoado em seu tom de voz. - Por que nossos encontros sempre acabam assim? Com você falando sobre o Na Jaemin... - Disse baixo e eu notei o que eu fazia. Ao invés de focar em Renjun e nosso passeio, tagalerei sobre Nana e meus sentimentos por ele. 

Senti minha consciência pesar, e o abracei realmente arrependido, fazendo um leve carinho em seus fios, falando vários pedidos de desculpas, sentindo muito. Ele se separou do abraço e me encarou.

- Obrigado pela chance, Jeno, mas, acho que não vai dar certo. Concorda? - Ele diz e paro para pensar por alguns segundos, soltando um suspiro, concordando com a cabeça. Querendo ou não, era verdade. - Tchau Jeno, até a aula. - Ele me dá um sorriso, saindo dali, e indo embora.

Me deixando sozinho com meus pensamentos e medos.

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