➀➇ obrigado

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Bailey
Eu realmente não sei porque que aquele momento mexeu tanto comigo, eu admito que eu já tinha um leve crush na joalin desde quando nós ainda não éramos próximos como agora, eu só não imaginava que esse crush era bem maior do que eu pensava.
Aquela ligação não podia ter esperado mais um pouco não.
Eu já estou em casa escutando a minha irmã falando sobre o dia dela e reclamando de alguma coisa que eu não sei o que é porque eu simplesmente parei de prestar atenção no que ela tava falando e adivinhem em quem meu pensamento foi parar, se você pensou na joalin você acertou.
Dia seguinte
Acordei com o barulho infernal do despertador, me arrumei e desci as escadas indo para a cozinha, me assustei quando vi minha mãe com uma cara de choro.
- Mãe ? Tá tudo bem ?
Que pergunta idiota Bailey é claro que não tá nada bem.
Ela não me responde nada.
- O que aconteceu ?
- Eu nem sei como te falar isso de uma forma delicada - a voz dela estava parecendo um sussurro de tão baixa e seus olhos cheios de água indicando que ela começaria a chorar a qualquer momento.
- Não precisa falar de uma forma delicada, só me fala o que aconteceu.
- Seu avô estava vindo passar um tempo com a gente aqui, ele queria fazer uma surpresa para vocês por isso não comentamos nada, ele chegaria aqui hoje a tarde mas infelizmente o avião onde ele estava acabou caindo e infelizmente ele foi encontrado sem vida.
Eu não sei o que responder, no momento na minha cabeça está passando um filme de todos os momentos bons que eu passei com ele na minha infância, minha visão começou a ficar embasada por conta das lágrimas que já se faziam presentes no meu rosto.
- Você não precisa ir para a escola hoje se não quiser
- Eu tenho que ir mãe, tenho uma prova de filosofia hoje e um trabalho de biologia para ser feito hoje a tarde
- Tudo bem então - abraço ela antes de sair de casa, aquele foi o típico abraço de conforto.
Eu realmente não entendo o porquê que isso tinha que acontecer, por que que ele tinha que partir ?
O que mais me deixa chateado é que eu não tive nem a oportunidade de me despedir. Preferir ir para a escola a pé porque no meu estado atual eu não tenho condições de dirigir um carro, e no caminho eu não conseguia segurar as teimosas lágrimas que saiam dos meus olhos, é tão difícil você saber que uma pessoa tão especial se foi que você não vai mais poder ouvir a voz dela, que você não vai mais poder abraçar ela, que você não vai mais poder escutar o som da risada dela, eu sempre fui muito apegado no meu avô e dói saber que eu não vou ter ele mais presente em carne e osso para me dar conselhos ou até mesmo me dar broncas por eu estar jogando bola dentro de casa.
Infelizmente as pessoas não são eternas se eu soubesse que a última vez que eu vi ele seria realmente a última eu teria aproveitado mais, teria conversado mais, teria abraçado mais.
Eu passei as cinco aulas quieto, meus amigos me perguntaram porque eu estava assim mas eu preferi não falar, eu confio neles, mas eu não estava me sentindo confortável para falar sobre isso naquele momento e ambiente. Eu não tinha forças para conversar com ninguém, algumas vezes meus amigos conseguiram arrancar um leve sorriso dos meus lábios.
Acabei encontrando a Joalin na saída e acabamos indo para sunset direto, mandei uma mensagem para minha mãe para avisá-la, não queria a deixar ainda mais preocupada.
Não consegui dizer uma palavra o caminho todo o que é de se estranhar quando eu tô com ela, chegamos na sunset e entramos.
- Bailey, tá tudo bem ?
- Na verdade não
- Quer falar o que aconteceu, desabafar as vezes é bom
- Eu... nem sei como começar a falar sobre isso com outra pessoa, hoje de manhã eu recebi uma notícia que me deixou extremamente triste
- Quer compartilhar sobre o que foi ?
- Minha mãe me informou que meu avô acabou falecendo em um acidente aéreo e eu era muito apegado nele - minha voz estava falha e meus olhas já foram tomados pelas lágrimas pela milésima vez no dia
- Bailey eu sinto muito
- O que mais me chateia é que eu não tive nem a oportunidade de dizer tchau para ele, porque ele ainda morava nas Filipinas
- Bay, infelizmente as pessoas que nós amamos não são eternas e apesar dele não estar mais presente aqui na terra ele vai estar cuidando de ti de lá de cima, eu tenho certeza que você aproveitou muito enquanto ele ainda estava vivo, agora vai ser difícil aceitar essa notícia mas quando você se lembrar dele, lembra dos momentos em que vocês estavam rindo, momentos felizes.
- Eu vou tentar - ela me abraça, era um abraço de conforto e o abraço dela era um dos melhores
- A gente deixa para fazer esse trabalho amanhã, pode ser ?
- Pode
Concordo que eu não estou em condições de fazer esse trabalho agora
- Vou pegar algumas coisas para a gente comer enquanto nós assistimos séries e filmes no meu notebook
- Comida tem que ter sempre
- Claro, comida melhora tudo
Ela foi até a mini cozinha que tinha lá e começou a fazer pipoca, ela dançava enquanto cozinhava, percebendo que eu a olhava, ela começou a fazer graça e eu não consegui conter os meus risos e pela primeira vez o dia eu realmente dei alguns sorrisos sinceros
- Que foi ?
- Você me fez sorrir em um dia merda obrigado por isso
- Eu tô aqui para isso baybay.
Ela terminou de fazer a pipoca e nós nos deitamos naquele sofazinho, comemos a pipoca enquanto assistíamos stranger things e depois de um tempo eu deitei com a minha cabeça no colo dela e ela começou a fazer cafuné no meu cabelo, o que depois de alguns minutos me fez dormir no colo da garota.
Sim nós estamos parecendo mais namorados do que amigos e isso não me incomoda.
Notas da autora:
que capítulo pra baixo esse mds
gnt me falem oq vcs tão achando da fic e que horario é melhor para postar

Sunset 『joaley』Onde histórias criam vida. Descubra agora