Capítulo 2

6.3K 551 61
                                    

1001 d.C

Os dias após a morte de Henrik estavam sendo tristes. Esther vivia na sala da magia, planejando como iria proteger seus descendentes dos males da aldeia.

O relacionamento entre Mikael e Klaus ficou ainda mais agressivo, com o patriarca insultando e até agredindo o filho, que era protegido por Rebekah, Elijah e às vezes por Marjorie.

A garota havia decidido que iria ajudar Esther na magia, mesmo que isso significasse não ser aceita pelos ancestrais quando morresse. Marjorie constatou o quanto a família sofreu ao perder um entrequerido e não queria que isso se repetisse, porém, foi impedida pela sua mãe.

— Eu já lhe avisei para não mexer com magia negra. — a mãe de Mar disse ao ver a filha com um grimório de uma bruxa obscura. — Você está tentando não ser aceita pelos ancestrais? — questionou. — Nossa magia é da natureza, não podemos ir contra.

— Estou ajudando Esther Mikaelson. — explicou, olhando sua mãe nos olhos. Ela havia herdado os olhos escuros de sua genitora.

— A louca da Mikaelson pagará por brincar com a natureza, deixe ela sofrer sozinha! — declarou, arrancando o livro das mãos da filha e o guardando. — Vá colher verduras para meu cozido. — ordenou, puxando a filha pelo braço e a empurrando gentilmente em direção a porta.

— Estou indo. — sorriu para a mãe, pegando a cesta antiga que estava no chão da casa. Abriu a porta e saiu, sentindo os raios de sol esquentarem a sua pele.

A Mordaggi andou até a lavoura, dando sorrisos e cumprimentos aos moradores da aldeia. Ela era conhecida como uma garota gentil, filha de uma bruxa e de um pastor de ovelhas.

— Boa tarde, Marjorie. — a Sra. Santten acenou para a jovem enquanto colhia cenouras. Mar apenas retribuiu o comprimento e se abaixou para colher algumas batatas. — Não acredito que essa imoral ainda ande na luz do dia. — a velha disse entre dentes, com o tom de voz raivoso. A noiva de Klaus seguiu o olhar da mulher e notou que ela encarava Tatia Petrova, que conversava com Esther.

— O que a Esther está conversando com a Tatia? — murmurou, olhando para os gestos que ambas faziam.

Tatia era uma viúva que possuía um único filho. Seu marido morreu durante uma batalha, mas ela não ficou sozinha, sofrendo sua viuvez. Ela começou a sair com guerreiros da aldeia, os quais brigavam pela linda jovem. A Petrova ficou conhecida como "a imoral" pelas mulheres idosas que habitavam ali.

Tatia tinha um pequeno pote de barro em mãos, já a matriarca dos Mikaelson possuía uma adaga de prata na mão esquerda. Marjorie deu um pulo surpresa ao ver que a sogra havia cortado a mão da Petrova e deixou o sangue dela escorrer pelo recipiente.

— Será que a Petrova quer um feitiço? — ela sussurrou para si mesma, pasma. Levantou-se e ficou observando Esther caminhar novamente até a própria casa, entrando e deixando Tatia sozinha. — Provavelmente ela quer algo que a deixe mais jovem. — explicou em um resmungo, pegando a cesta cheia de legumes e indo em direção de sua casa.

— Marjorie. — a bruxa ouviu alguém a chamando. Ela olhou curiosa para a origem do som. — Amanhã faremos o jantar para comemorar o noivado de Rebekah e Erarich Rolf — Elijah disse, apoiando-se em uma árvore — Estou aqui para convidá-la. Você estará presente, certo? — questionou.

— Claro que eu irei. — comentou, sorrindo para o cunhado. — Agradeça a Bekah e a Esther pelo convite.

— Não faríamos um jantar sem a sua presença. — sorriu, lembrando das palavras da mãe. — Minha mãe declarou que a sua presença é muito importante, não falte. — Elijah disse, antes de se virar para ir até à fogueira da aldeia.

A bruxa Mordaggi entrou na sua residência, levando os legumes até a área onde eram preparados os alimentos. Notou que sua mãe estava conversando com os ancestrais e resolveu observar, pois isso era algo muito incomum.

— Ancestrais, me digam quem é a imunda que brinca com magia negra. — Hilde Mordaggi gritou, enquanto passava o incenso pela sala. Marjorie nunca havia visto sua mãe daquele jeito.

— Esther. — Marjorie sussurrou, lembrando que a mulher queria usar magia negra para transformar os filhos em imortais. — Mamãe, o que houve? — questionou sua genitora, que a olhou brava.

— Entre nós há uma serva da natureza que se desvirtuou. Os ancestrais revelaram a mim que a alguém realizando feitiços obscuros. — explicou, levantando-se do chão e olhando a filha. — Cuidado com as bruxas da região, querida. — alertou, passando a mão pelos fios castanhos da garota. — Tudo que não é natural, a natureza cobra um preço muito alto depois.

— Não se brinca com a natureza. — disse, recitando o mantra oficial das feiticeiras.

[...]

Todos estavam sentados na mesa de jantar da residência Mikaelson. Rebekah e Erarich estavam conversando animados, com um olhar apaixonado.

Marjorie e Klaus estavam com os corpos quase colados, apenas aproveitando a presença um do outro. Niklaus passava a mão pelo braço da garota, sentindo a pele macia da noiva.

Os outros residentes apenas admiravam os casais ou comiam a deliciosa comida que Esther havia preparado.

— Agradeço a presença de todos vocês. — a matriarca dos Mikaleson disse, servindo uma quantidade generosa de vinho para todos, menos para Erarich, pois o vinho havia acabado quando ela foi servi-lo. — Trarei mais vinho para você, querido. — Esther sorriu voltando para a cozinha e voltando com uma jarra diferente de bebida.

Após Erarich ser servido, todos levantaram seus copos e realizaram um grande brinde, comemorando o amor da caçula Mikaelson e do guerreiro viking.

— Agradeço por esse delicioso jantar, meu amor. — Mikael declarou, ficando de pé e andando até um determinado local da casa. — A partir de hoje, ficaremos todos juntos, para sempre. — disse, fazendo com todos assentissem.

— O que está fazendo? — Marjorie gritou, após ver Mikael enfiar uma espada no peito de Kol, o qual cuspiu uma abundante quantidade de sangue.

O homem andou pela sala do jantar, ferindo os outros filhos que não conseguiram fugir, pois estavam embriagados com o vinho que haviam ingerido. Marjorie correu para trás de Klaus, escondendo-se do sogro assassino.

— Não irá ferir Mar, pai. — Nik soou, com a voz arrastada e o olhar escuro. Ele estava completamente bêbado.

— Fiz isso por amar todos vocês. — argumentou, enfiando a arma na barriga de Klaus. A superfície afiada do objeto atravessou a pele, acertando diretamente os seus órgãos vitais, matando-o.

— Por favor, não. — a garota disse, chorosa, enquanto colocava as mãos na frente do corpo. Tudo o que a jovem conseguiu fazer foi cuspir sangue ao sentir o ferro cortar a sua pele e ser cravado em seu pulmão.

O corpo de Marjorie despencou, caindo em cima do tapete de lã feito por Esther e o manchando com o líquido vermelho. Ela conseguiu ouvir os gritos desesperados de Rebekah antes de sua visão ficar totalmente escura.

 Ela conseguiu ouvir os gritos desesperados de Rebekah antes de sua visão ficar totalmente escura

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

«Capítulo não revisado»

O capítulo de hoje foi tenso, né? O Mikael matando os filhos e a nora, acho que vocês sabem o que vai acontecer depois.

Espero que tenham gostado, não esqueçam de votar e comentar 🖤

Beijinhos, amo vocês 🖤

ᴍᴀʀᴊᴏʀɪᴇ | ᴋʟᴀᴜꜱ ᴍɪᴋᴀᴇʟꜱᴏɴWhere stories live. Discover now