— Ei, Betty! — cumprimentaram em uníssono quando a garota parou em frente a elas.

— Oi, meninas! — sorriu. Graciosamente, a jovem estendeu o braço, oferecendo à dupla dois folhetos coloridos, um laranja e um verde. — Escutem, meus pais saíram da cidade, então amanhã vai ter uma festinha lá em casa... Seria ótimo vê-las por lá!

Savannah animou-se assim que ouviu a palavra "festa"; fazia um bom tempo que ela não ia a uma — afinal, com a vida dupla que andava levando, dizer que sua agenda estivera um pouco apertada nos últimos dois meses seria um eufemismo. Por isso, a possibilidade de sair para se divertir fez com que um sorriso estampasse sua face.

Além do mais, não era como se Nova York fosse entrar em colapso se ela não montasse vigília por uma noite, e as ruas da cidade andavam consideravelmente tranquilas nos últimos dias. Ela achava que aquela seria uma folga merecida e, levando em conta a aparência de sua melhor amiga, Lia precisava de uma pausa também. Sendo assim, ela pegou os panfletos.

— Iremos sim, obrigada! — confirmou.

O sorriso de Betty alargou-se no rosto e, logo após uma despedida, ela afastou-se do banco. Os olhos de Savannah imediatamente se voltaram ao papel de cor laranja que segurava, e ela lia as informações impressas quando ouviu Bennett pigarrear. Isso fez com que erguesse o olhar para Amelia, a qual olhou para os lados antes de inclinar-se para frente e sibilar:

— Mas, Savy, e a nossa vida de vigilante?

— Não foi você que disse que temos que manter uma vida social apesar de tudo? Vamos lá, vai ser legal! — chacoalhou o folheto verde próximo ao rosto de Lia até que ela o arrancasse de seus dedos. — E o Ned pode estar lá...

Por um breve momento, uma sombra, um indício de aflição, cruzou o rosto de Lia, mas foi algo tão breve que Savannah pensou ter imaginado. Porém, ficou mais do que claro que havia alguma coisa de errado quando a outra, evitando olhá-la diretamente, insistiu mais uma vez que não deveriam pular uma noite de patrulha. Diante daquele comportamento estranho — afinal, Amelia nunca rejeitava festas —, Evans estreitou os olhos.

Não foi preciso muito mais para entender o que estava acontecendo.

— Você está usando as nossas atividades para se esquivar do Ned, não está? — arqueou as sobrancelhas.

Puff, não! Claro que não! — aquilo conseguiu ser pior do que as desculpas apressadas de Savannah. — Não é como se eu estivesse com medo das coisas darem errado. Quem foi que disse isso?

— Você. Agora mesmo.

Naquele momento, o sinal bateu, anunciando que as aulas estavam para começar. A heroína começou a enfiar o material espalhado pela mesa na mochila, sem deixar de fitar Amelia inquisidoramente. Mas esta somente abaixou os olhos, evitando a encarada. Isso levou a menina a emitir um ruído exasperado no fundo da garganta.

— Lia, você gosta tanto dele! Do que possivelmente está com medo?

— Ah, sei lá, Savy — murmurou. — É que, não sei, as coisas deram errado no nosso primeiro encontro. Pode ser o Universo dizendo NÃO para nós.

Savannah tentou não revirar os olhos enquanto se levantava do banco de madeira.

— Quantas vezes eu já disse que isso não foi coisa do destino? Foi só uma gangue idiota tocando o terror. — Ajeitou a mochila no ombro. — Não existe essa coisa de sinal do Universo.

Amelia fez um ruído incrédulo e olhou para o céu, como se esperasse que um raio caísse na cabeça de Evans. Dessa vez, Savannah permitiu-se rolar os olhos.

SUPER ¹ ━ peter parkerNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ