Aos dezenove anos, Lilás já perdeu as contas de quantas vezes teve seu coração partido. Ela sabe que recomeçar em uma nova cidade onde não conhece ninguém não será fácil, muito menos deixar para trás seu passado sombrio. No seu primeiro dia no empre...
Vou dedicar esse capítulo para aquela pessoa que está arrasando no wattppad. A linda e talentosa, mãe de um lobo, @migueljess_ ♡ Não deixe de segui-la e pelo amor de Deus, não deixe de ler 'Nos braços de Wolf'
♥Gui ♥
— Bom dia! — Meus pés travam no piso branco assim que ouço a sua voz. Mas não é ela que me impede de andar. São seus olhos. Imensos e profundos olhos azuis.
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— O q-que você está...? — Limpo a garganta, ajeito os óculos que consertei com esparadrapo enquanto um novo não fica pronto e me concentro em não gaguejar. — Você não trabalhava aqui ontem.
— Não, mas depois que você derrubou café em mim, a Aline acabou me contratando.
— Ela te contratou mesmo com aquela camiseta suja?
— Eu troquei de camiseta antes.
— Que esperta. Trabalhei o dia todo com a minha manchada.
— Desculpe — pede e enruga o nariz. Faço um gesto qualquer com mão e me sento em um dos bancos.
— A Aline me falou um pouco sobre os clientes mais assíduos... — Começa a falar enquanto prepara um café. — Você gosta de café bem forte, queijo quente, normalmente pede tudo para viagem porque está sempre atrasado, é bastante desastrado e esconde uma tatuagem no braço direito. Ah! — Ela estala os dedos e em seguida aponta para mim. — E ela também me disse que vocês se conhecem desde crianças.
— A Aline é o meu carma.
— Ela fala muito, né? — sussurra, inclinando-se na minha direção e um suave cheiro de baunilha faz meu estômago se contrair.
— Demais.
— Mas ela não me disse seu nome. Ou disse e eu me esqueci?
— G-Guilherme.
— Guilherme — repete meu nome e isso mexe comigo. Já ouvi dezenas de pessoas dizendo meu nome, mas quando ela diz, soa diferente.
— Vou comer aqui hoje — digo quando ela começa a colocar o café em um copo para viagem.
— Você não está atrasado?
— Hoje é sábado.
— Então, aos sábados você nunca está atrasado?
— Não — respondo achando graça. — Aos sábados eu não trabalho.
— Você trabalha com o quê?
— Sou professor. Dou aula para crianças de cinco a seis anos.
— Sério?
— Uhum. — Faço que sim ao mesmo tempo em que ajeito os óculos.
