Árvore caída

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Pov.Hero
Fazia mais ou menos meia hora que aquele médico irritante estava me examinando e eu já não aguentava mais.
-Bom, você está progredindo bem - ele disse sorrindo para mim, fiz uma cara feia.
- Ótimo. Já acabou ? - eu estava muito impaciente, eu precisava traze-la se volta para esse quarto, para essa cama.
- Sim, claro - ele disse terminando de guardas suas coisas.
- Então já pode ir - disse rude e ele assentiu.
Arrumou as coisas e saiu de lá. Agradeci mentalmente por isso. Comecei a chamar por Josephine, mas quem adentrou meu quarto foi Maria.
-Sim, senhor ? - ela entrou em meu quarto.
- Onde está minha mulher ? - perguntei impaciente. Onde ela se meteu ?
- Ela aproveitou que o senhor estava ocupado e foi até a casa do Visconde.
- Do pai dela ? - Maria assentiu - O que ela foi fazer lá ? - perguntei. Eu achei que ela o odiava pelo que ele fez, mas o que eu posso dizer ? Achei que ela me odiava também e olha onde estávamos poucos momentos atrás. O que eu não entendo, é o porquê dela ter saído justamente agora, ela parecia me querer tanto quanto eu a queria, o que será que mudou ?
- Não tomei a liberdade de perguntar, senhor - Maria disse.
- Tudo bem, então. Pode ir - disse e ela saiu de lá. Pelo visto quando ela voltar duas coisas podem acontecer: Ela querer terminar o que começamos ou não querer sequer me olhar.

[...]

Josephine saiu há mais de duas horas, já terminei o livro que peguei para ler e agora não tenho mais nada para fazer, me pergunto se ela já chegou na casa do pai. Será que ela realmente foi para lá? Será que depois do que nós fizemos, ou quase fizemos, ela iria atrás daquele homem. Não, ela não faria isso. Sei que que não e eu dei ordem expressa aos meus homens para que a vigiasse, ou seja, ou ela foi com algum deles ou eles a seguiram. Podem me julgar, mas eu sou um homem precavido e gosto de tomar conta do que é meu.
Meus pensamentos possessivos foram interrompidos quando escuto batidas na porta.
- Entre - gritei para que me escutassem
- Com sua licença, posso servir o chá da tarde ? - Maria perguntou.
- Claro, já estava fome. Josephine já chegou ? - ela colocou uma bandeja no meu colo.
- Não, senhor. Está precisando de alguma ajuda? Posso fazer algo pelo senhor?- disse enquanto me servia chá em uma xícara e deixava alguns biscoitos.
-  Se eu precisasse de algo já teria dito - disse rude. A demora de Josephine estava me irritando mais do que deveria.
- Sim, senhor - ela disse e ia saindo de lá, porém eu aproveitei para perguntar sobre minha mãe, ela relatou que a mesma estava na cidade tratando dos negócios ainda.
Maria saiu do quarto e eu aproveitei para dormir, quero que o tempo passe rápido para que Josephine volte logo. Só de lembrar dos sons que ela emitiu enquanto meus dedos faziam movimentos em sua carne quente eu a ficava excitado. Resolvi dormir e parar de pensar nessas coisas antes que eu tivesse que me aliviar com minhas próprias mãos, até porque eu prefiria que Josephine fizesse isso por mim.

[...]

Acordei com Maria fechando as janelas devido a noite já ter chego, perguntei por Josephine mais uma vez e descobri que ela não tinha dado o ar da graça ainda. Confesso que estava começando a ficar preocupado. Pedi que Maria me desse meu relógio de bolso quando olhei as horas vi que já eram 22:17hrs. Onde ela se meteu?
- Maria, chame meus homens, quero pedir para eles irem atrás da minha esposa. - disse com preocupação na voz
- Mas senhor, ela saiu acompanhada por dois de seus homens de mais confiança. - minha preocupação diminuiu um pouco, eu sabia que eles não a deixariam sair sozinha, essa foi a ordem que dei a eles desde o primeiro dia em que ela pisou aqui.
- Quem a acompanhou? - perguntei curioso.
- O Senhor Evans e o Senhor Daniels. - suspirei de alívio, eles eram os meus melhores homens, tenho certeza que Josephine está segura com eles.
- Estou ficando tenso com toda essa demora. - disse passando as mãos pelo cabelos. Maria era a única pessoa que eu tinha para dialogar no momento.
- De repente eles ficaram para jantar na casa de seu sogro. - ela tentou me tranquilizar
- A estrada é perigosa a noite, não estou gostando do rumo que as coisas estão  tomando.
-  Fique tranquilo, tenho certeza que nenhum dos dois deixará que nada de ruim aconteça a ela. - ela disse e eu assenti.
- Tem razão. - Eu estava fervendo de ódio pela demora de Josephine. Primeiro ela goza gritando o meu nome e depois sai sem avisar ? Não, não é assim que as coisas funcionam. Eu posso ter sido gentil com ela, mas eu não irei tolerar esse tipo de coisa e espero que ela tenha consciência disso. Com certeza terei uma conversa com ela sobre horários e saídas.
- Me ajude a ir até o banheiro - Maria passou meu braço pelo seu ombro e me levou até a porta, fiz minhas necessidades e sai de lá. Minha perna está doendo demais, qualquer movimento eu sinto uma fisgada intensa nos músculos da coxa. Ela me levou de volta a cama e pedi para que ela se retirasse. Fiquei esperando ela chegar sentado, mas acabei me cansando dessa posição. Um temporal começou lá fora e dentro do meu peito, quem eu quero enganar ? Toda a minha raiva é para esconder a preocupação que cresce em meu peito.
Consigo ouvir o barulho dos trovões do lado de fora, os clarões em meu quarto devido ao relâmpagos, estavam cada vez mais frequentes. Eu nunca fui apegado a religião ou algo do tipo, mas naquele momento eu só pedia para quem quer que estivesse me ouvindo, que ela estivesse bem.

Mon CoeurOnde as histórias ganham vida. Descobre agora