Crise

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Oi, gente! Tudo bom ? Queria começar pedindo desculpas pelo tamanho do capítulo, prometo que vou compensar depois.
Espero que gostem! ❤️

Pov.Hero

Não, aquilo não podia estar acontecendo, depois de vários tratamentos, messes de conversa com um cara que acha que entende a cabeça das pessoas, para nada. Isso não deveria estar acontecendo de novo, porém estava e eu não pude controlar.
Eu abaixei a cabeça e comecei a tremer, minha mãe sabia o que estava prestes a acontecer e tentava me acalmar.
- Hero, por favor, olha pra mim e tenta se acalmar - ela colocou a mão no meu rosto.
- NÃO ME TOCA - eu gritei e ela se assustou. 
- Hero, meu amor, me perdoa, eu não queria dizer aquilo. - ela disse e lágrimas já escorriam dos seus olhos.
- MAS VOCÊ DISSE E EU APOSTO QUE TEM MAIS COISA ENTALADA AÍ, ANDA DIZ, PODE DIZER. - eu gritava o mais alto que podia, eu não queria fazer aquilo, mas eu não podia controlar.
- Ele está bem? - ele perguntou e eu só tinha vontade de bater nele.
- NÃO, EU NÃO ESTOU - eu bati na mesa e comecei a jogar tudo o que tinha em cima dela no chão.
- Eu acho melhor você se retirar, depois resolvemos isso - minha mãe disse e assim ele fez.
- ANDA, DIZ QUE EU SOU UMA DECEPÇÃO PARA VOCÊ, QUE EU SOU UM MONSTRO, QUE VOCÊ QUER O HERO AMÁVEL DE VOLTA - eu joguei um vaso na direção da minha mãe, não era à minha intenção, porém eu não controlo meus atos.  A sorte foi que ela desviou.
- Não é nada disso, meu amor, eu amo você do jeito que você é - ela se aproximou de mim, mas eu me afastei.
- JÁ DISSE PRA NÃO ME TOCAR - ela se afastou. Eu estava tremendo, suado e com lágrimas escorrendo dos meus olhos o tempo todo. Virei á mesa, as cadeiras, a estante de livros, eu destruí tudo o que havia naquela sala, enquanto minha mãe implorava para que eu parasse, eu queria, queria muito, mas não conseguia. Minha mãe se aproximou mais uma vez de mim e dessa vez eu a empurrei e ela caiu no chão.
- HERO! - ela gritou e foi quando a crise foi embora, me fazendo cair ajoelhado perto da minha mãe que ainda estava no chão. Pedi mil desculpas, disse que não controlava meus atos e ela me abraçou. Pouco tempo depois levantei meu olhar ainda abraçado a minha mãe e dei uma olhada no meu escritório. Estava tudo destruído, absolutamente tudo. Eu ainda chorava, mas agora de arrependimento pelo que fiz, chorava feito uma criança no colo de minha mãe e implorava para que ela me perdoasse.
- Perdão, mãe, perdão! E-Eu não queria fazer aquilo, você sabe que eu não controlo, porque...- eu disse com a voz embargada pelo choro e ela me interrompeu pondo um dedo indicador na minha boca.
- Shiu, não precisa pedir desculpas - ela alisava os meus cabelos - Eu sei que você não controla essas coisas. Você entende agora porque eu quero que você se case? - ela disse e eu neguei. - Você ainda não percebeu, meu filho? Eu quero que você se case para que possa tentar ser feliz de novo, para que ela seja capaz de despertar o melhor que existe em você, para que você nunca mais tenha que passar por isso outra vez. Se o meu amor não foi capaz de te curar, talvez o dela seja. - ela disse e eu fiquei pensativo.
- E se ela não for capaz de me amar mãe? Eu sou um monstro, eu não consigo me controlar. Ninguém além de você é capaz de me amar - eu disse ainda chorando.
Ainda estávamos no chão e ela alisava os meus cabelos
- Ela vai ser capaz de te amar, meu filho, você só precisa mostrar a ela tudo o que você tem de bom e deixar essa sua máscara de monstro cair. - ela disse e eu abracei. Poucos segundos depois, eu percebi que estava sendo frágil e vulnerável. Toda vez que eu tenho uma crise dessas, meu lado mais sentimental aparece e eu não posso deixar isso acontecer. Enxuguei as lágrimas e levantei num pulo do chão, olhei para minha mãe e disse
- Porém quem se importa, não é mesmo? Eu não preciso ser amado, nem por ela, nem por você. - eu disse e ia saindo mas dei meia volta. - Na verdade, eu prefiro ser odiado, sabe? Porque é melhor ser temido e odiado, do que ser amado. O amor só machuca as pessoas. - eu disse e ela se Levantou limpando o vestido.
- É uma pena que pense assim - ela disse olhando em meus olhos e saiu de lá. 

Mansão dos Langford

Pov.Josephine

Aquelas palavras da Joana serviram como um tapa pra mim, ela estava certa, eu não podia deixar o amor da minha vida assim, eu não posso desistir.
- Por favor, Joana, me diz o que eu fazer. - eu estava desesperada.
- Você vai seguir o seu plano, só que com algumas alterações. - ela disse e eu fiquei confusa.
-Quais? - eu perguntei
- Você vai se encontrar com o Felipe e comigo a meia noite, no estábulo da casa do Lorde. Eu levarei suas coisas e um cavalo para você, peça a Dylan que vá com um também. - ela disse e eu neguei, era muito arriscado.
- Eu não posso fazer isso Joana e se formos pegos? - eu perguntei preocupada.
- Esse é o risco que você terá que correr pelo amor da sua vida. Você acha que vale a pena?  - ela perguntou e eu assenti na mesma hora.
- Claro que vale. - respondi com firmeza na voz
- Então escreva uma carta para o Dylan informando a mudança de planos e eu levarei até ele amanhã - ela disse e eu a abracei.
- Muito obrigada, Joana, eu nunca vou poder te agradecer por tudo que você está fazendo por mim. - me soltei do abraço.
- Agora anda, escreve logo essa carta. - ela disse e eu fui até a escrivaninha que havia em meu quarto para escrever a carta.
"Dylan meu amor,
Houve uma mudança de planos, não nos encontraremos mais no estábulo de minha casa e sim no estábulo do Lorde. Onde haverá uma festa de noivado para mim e ele, é confuso, porém explicarei tudo amanhã quando finalmente estiver em seus braços. Esteja lá pontualmente á meia noite, vá com o seu cavalo para facilitar nossa fuga. Não vejo á hora de sermos felizes longe daqui. Eu te amo.
Da sempre sua,
Josephine. "
Borrifei um pouco do meu perfume na carta e entreguei a carta para Joana. Agora era só rezar para que tudo dê certo.

Mon CoeurOnde as histórias ganham vida. Descobre agora