A RAINHA.

Capítulo 48 Vienere

-Ah, eu... Perdi o sono. - Menti me levantando.

Christophe me analisou por alguns segundos.

-Certo. O almoço já irar ser servido. Você quer descer? - Ele perguntou seguindo para o banheiro.

Assenti.

-Sim. - Disse dobrando a carta e colocando no bolso.

Nós descemos para encontrar na sala de jantar a mãe de Nícolas e seu irmão mais novo. A conversa fluía naturalmente enquanto esperávamos Micaela.

— Então, Eliza, como o Chris reagiu quando soube que vai ser pai? Ele se apavorou muito? – Brincou Nícolas.

— Não. Ele se comporta muito bem. Está tranquilo. – Respondi. Até melhor que eu.

— O único que parece ser desesperado aqui é você, Nícolas. – Micaela disse invadindo a sala. – Eliza, como é bom te ver! - Ela sorriu e me abraçou.

— É bom te ver também, Micaela. Estava com saudades. - Falei com sinceridade. Logo depois ela cumprimentou Christophe e então se voltou para o esposo.

— Então.... Podemos comer? Estou morrendo de fome e aguentar aqueles parlamentares falando na minha cabeça só serviu para fazer minha barriga roncar. - Micaela brincou.

Como eu costumava lembrar.

— Sua barriga roncou ou mexeu? – Inquiriu Nícolas, divertido.

— Os dois.

Depois do almoço eu aproveitei a deixa de Chris e Nick estarem em uma conversa para me aproximar de Micaela.

- Você costuma usar as tardes para descansar? – Perguntei sentando ao lado dela.

- Não. Eu sou uma grávida bem ativa na verdade. Por quê? Você deseja subir para descansar?

Meneei com a cabeça.

- Eu preciso enviar uma carta para uma amiga, e Chris não pode saber ao menos por enquanto. Você pode me ajudar? Eu não conheço nada aqui.

Micaela pousou delicadamente a mão na barriga e começou a acariciá-la.

- Claro, mas...

- Não é nada relacionado a mim e a Chris. Nós estamos bem. – Afirmei sabendo que se não o fizesse ela se preocuparia.

- Ok então. Vamos – ela disse começando a se levantar.

- Agora? – Perguntei um pouco incrédula.

- Sim, você não quer que nossos maridos saibam, não é? Vamos aproveitar que estão distraídos.

Assenti me levantando também.

- Eu só preciso lembrar onde coloquei minhas chaves. – Ela refletiu procurando dentro a bolsa – encontrei!

- Não seria melhor irmos com um motorista. – Sugeri. Tinha quase certeza que no estado dela dirigir não era muito adequado.

Micaela tentou conter uma risada.

- Eliza, você nunca fez nada escondido do seu marido não, é? Nada de motoristas, nada de seguranças.

Suspirei. Ela tinha razão.

- Vamos... – Murmurei.

- Vão para onde? – Nícolas perguntou quando já estávamos perto da saída.

- Ao shopping – Micaela respondeu com um sorriso sem titubear – vamos comprar algumas coisas para os bebês.

Nícolas arqueou a sobranceira e meu marido fez uma careta.