Capítulo 48 Vienere

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Assim que saímos de Asquelon nós seguimos direito para Vienere. A viagem foi longa e cansativa, mas fora recompensador voltar depois de tanto tempo. Fomos recebidos de forma calorosa por Nícolas, que estava bastante empolgado ao ver Chris, como sempre.

— Chris! Quanto tempo! – Ele disse vindo ao nosso encontro e abraçando Chris que sorri ao ver o amigo.

— Nick! É bom te ver.

— Igualmente. E você, Eliza, como vai? - Nick me destinou um abraço - É bom te ver novamente também.

— Igualmente. - Respondi com um sorriso.

— Vamos entrar! Pedi para deixarem o café pronto para vocês. Como foram de viagem?

— Foi tranquilo, apesar de Eliza passar um pouco mal. – Chris respondeu enquanto nos sentávamos.

— Eu tinha me esquecido desse detalhe. Prefere subir para descansar, Eliza? - Nick perguntou e eu agradeci mentalmente.

Não estava tão cansada assim, mas precisava de um tempo longe de Chris para escrever a carta para Ana. Aproveitaria o momento, sabia que os dois ficariam conversando por muito tempo como geralmente costumavam fazer.

— Eu aceito, Nícolas. É muito gentil. - Disse com um sorriso que ele retribuiu.

— É bom que descanse mesmo. Principalmente agora, não é mesmo? – Ele soltou um olhar de cumplicidade a Chris e depois se voltou para um senhor que estava ao lado – Marcos, pode acompanhar a senhora Elizabeth até o quarto que reservamos a eles, por favor?

— Claro, senhor. Pode vir comigo senhora.

— Obrigada. Onde está Micaela? - Perguntei estranhando o fato de ainda não tê-la visto.

— Minha esposa precisou ir a uma reunião no parlamento, mas creio que na hora do almoço ela já estará presente.

— Ah.... Então a vejo depois. - Falei levantando e seguindo Marcos pelas escadas.

Assim que estive sozinha no quarto abri a mensagem que Manuela tinha enviado mais cedo com o endereço da Ana. Agora não me faltava mais nada. Pensei pegando papel, caneta e me sentando no banquinho da penteadeira.

Querida Ana...

Não, não...

Anastacya Shipagina, eu estou realmente brava por ter desligado em minha cara. Mal me deixou falar, de fato era importante. Você não me deixa outra opção a não ser escrever uma carta, e eu espero realmente que a leia. É importante.

Ana ontem eu recebi a notícia que seus pais faleceram, eu não sei bem o que dizer, nem como. Suponho que em uma situação dessas um: sinto muito seria apropriado, mas dado ao fato que estamos falando dos seus pais... Eu não sinto nem um pouco. Acredito que eles estão apenas colando o que plantaram, e você agora finalmente é livre, pode viver a sua vida sem medo.

Eu espero que essa carta chegue a você e quando acontecer, por favor me retorne.

Atenciosamente. Eliza.

Certo agora só precisava dá um jeito de enviar, sem que Chris soubesse. Se ele ao menos sonhasse que Ana estava viva e que eu tinha participação em seu desaparecimento, isso seria uma loucura... Talvez Micaela pudesse me ajudar, conhecendo-a como conhecia sabia que não me negaria... É, eu faria isso. Pediria a ajuda dela.

-Eliza... - Chris entrou no quarto de uma vez e eu quase pulei da cadeira. - Achei que fosse descansar – ele continuou eu dobrei o envelope de uma vez.

A RAINHA.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora