Chapter 46 - Steve Rogers pt.2

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Vocês estão ruins de referência, hein?

No capítulo anterior eu coloquei umas 5/6 referências e vocês só pegaram uma.


Não revisado

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Not Ready | Steve Rogers | Parte-2

-Aqui.-A ruiva o desperta de seus pensamentos ao colocar uma xícara quente de café a sua frente.

-Obrigado.-Agradece, ainda com os olhos na rua movimentada.

-Uau, ela deve ser mesmo especial. Deixar o famoso Capitão América desse jeito há dois meses não é para qualquer um.-Brinca, bebericando sua bebida.

Steve não responde, apenas mantém o olhar em suas mãos na xícara quente de café.

-Qual é, Steve. O que há de errado?

-Eu estou confuso, Nat.-Confessa, finalmente olhando para ela. Olhando rapidamente o ambiente aconchegante a seu redor, nota que o café não estava muito cheio.-Eu estou confuso e dividido. Uma parte de mim diz que eu não pertenço a este lugar, a este tempo. Essa parte vive atormentando e com a vontade constante de voltar para 1940, com saudade dos bailes, da Peggy...

-E a outra?

-A outra se acostumou, gosta daqui, gosta dos Vingadores e das pessoas a seu redor, gosta de como vive...

-E gosta dela.-Natasha deduz, ganhando um aceno positivo de cabeça.-E por que isso tem que ser um bicho de seis cabeças para você?

-Engraçadinha.-Steve volta o olhar para a xícara, respirando fundo. Ela é uma garota incrível, Nat. Ela é linda, engraçada, tem um coração enorme, sarcástica e teimosa.-Ergue uma sobrancelha.

-Ela é bonita mesmo.-Natasha sorri fraco.-Steve, no fundo você sabe o que quer, por que não se permite?

-Aí é que está, Nat. Eu não sei. Eu sinto falta de encontrá-la e ouvir seus sonhos malucos, eu sinto falta de nossos passeios na livraria e de nossas tardes no parque... Mas tem aquela parte relutante, a parte que sente falta de casa.

-Steve, sabe aquele velho ditado que diz que águas passadas não movem moinhos ou algo do tipo?.-O loiro assente.-Eu sei que é difícil acordar em uma época completamente diferente, onde todo o ambiente, as pessoas, tudo mudou... Eu sei que é difícil você perceber que seus amigos não estão mais lá, que sua vida não está mais lá... Acredite, eu sei. Mas, se você não se permitir ser feliz nesse tempo, com essas novas pessoas, você será um homem preso ao passado, acorrentado a seus fantasmas e, infelizmente, não existe uma máquina do tempo para te salvar e te levar de volta.-A ruiva sorri fraco.-Há pessoas dispostas a te fazerem sentir em casa, Steve. Há pessoas que gostam e precisam de você. Se você não confiar, sua vida será para sempre um inferno.

Natasha era segura de suas palavras. Ela, mais do que ninguém, sabia como era a sensação de ter algo arrancado de si, sabia como era se sentir perdida, presa ao passado.
  Os dois ficam em um silêncio breve, que foi quebrado pelo celular de Romanoff tocando.

-É o Fury, preciso ir.-Se levanta, deixando uma quantia sobre a mesa.-Beba seu café e pense no que eu te disse, ok?

Os dois sorriem um ao outro e a ruiva sai, deixando Steve à mercê de seus pensamentos e seu café quase frio.

[x]

Andando sem rumo pelas ruas, Steve passa por uma livraria, sorrindo fraco ao lembrar de vasculhar todas as prateleiras enquanto dividia o fone com a garota de cabelos C/C.
Voltando a caminhar, do outro lado da rua, o loiro vê um casal rindo e brincando, lembrando mais uma vez de seus momentos com a C/C. Logo em seguida, um cheiro adocicado invade suas narinas: manga.

-Chega disso.-Rogers pragueja, caminhando rumo a sua casa.

Chegando em seu apartamento apenas com o apogeu da lua cheia, Steve tira seus sapatos, pendura o casaco e se senta na poltrona, olhando fixamente para o pequeno armário no canto do cômodo.
  Respirando fundo, o loiro vai até o armário, tirando uma caixa branca de lá e abrindo-a sob a luz do abajur. Pegando uma pilha de fotos, vê Bucky, Peggy e todos os seus amigos desde em festas até em um simples encontro no trabalho. Como ele sentia falta desses tempos. Partindo para a segunda pilha de fotos, Steve vê S/N em diversos momentos com ele. Momentos felizes, momentos românticos.

"...Se você não se permitir ser feliz nesse tempo, você será um homem preso ao passado, acorrentado a seus fantasmas..."

"Você precisa confiar..."

-O que você gostaria que eu fizesse, Peggy?.-Sussurra.

Um mês depois

Steve estava em missão nos Alpes Suíços, acompanhado de Natasha Romanoff, Sam Wilson e Bucky Barnes. Ele insistia em dizer que não, mas seus amigos sabiam que ele estava diferente, mais fechado. Durante os três dias de missão, o loiro não falara muita coisa além do necessário, o que não era normal.

-O que está acontecendo?

-Como assim?.-Steve pergunta, sem tirar os olhos da bela paisagem branca vista do quinjet.

-Todos perceberam como você está estranho mas só eu fui corajosa o suficiente para te perguntar.-A ruiva se senta ao lado dele, também olhando a paisagem.-Sabemos por que está assim, mas ao chegar aqui você piorou.

-Conhecer os Alpes Suíços é um dos sonhos dela.-Solta, respirando fundo e finalmente olhando sua amiga.-Parece que o universo está adorando me torturar com tudo que lembra ela.

-Não foi você que disse que assim era melhor? Que você não estava pronto?

-Bom... E se não foi?.-Steve apoia seu cotovelo na perna, olhando para a ruiva de cabeça baixa.-E se eu estava pronto? E se, por ser tão imbecil e tão impulsivo, eu achei que não estava pronto?

Bucky e Sam, que jogavam um jogo qualquer sem muita animação, olham para o Capitão surpresos por seu linguajar. Ele definitivamente não estava bem.
  Natasha, também surpresa, se ajeita no banco, se aproximando levemente do amigo.

-Não é o fim, Steve. Você pode procurá-la.

-Depois de três meses?.-Pergunta, em tom irônico, surpreendendo os amigos ainda mais.

-Antes tarde do que nunca.-A ruiva devolve a ironia, voltando a ficar séria.-Não adianta ficar aí, todo pensativo e arrependido e não fazer nada sobre isso.

-Você não a conhece, Nat. Ela provavelmente deve estar magoada comigo ou pior, ter seguido em frente.

-Você só vai descobrir se for atrás dela.

Colocando a mão em seu ombro mais uma vez, a ruiva se levanta e senta novamente com Sam e Bucky.
  Steve, ignorando o turbilhão de pensamentos em sua cabeça, finalmente decide que, ao chegar em casa, iria atrás de quem atormentava suas noites.

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