Capítulo 27: Cidade Imaculada

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O céu já começara a ficar claro lentamente.
Luzel olhou para Sonel e falou:

— Começo eu...

Ryam franziu a testa. Os sussurros em seus ouvidos começaram novamente a invadir a sia mente... Sua espada envolveu-se em chamas por breves segundos ainda na bainha, seus olhos tornaram-se escuros, sua iris sumira, fazendo os olhos parecerem um abismo profundo e sem fundo.

As veias no seu pescoço salientaram-se, estendendo-se pelo rosto e pelo corpo, seguindo a extensão dos braços.

Elevou sua mão as costas segurando o cabo da espada,, desembainhando-a em seguida.

— Bela espada! — elogiou Luzel.

— Vamos ver se terás a mesma opinião quando atravessa-la no seu corpo. — retrucou Ryam. Sua voz ficara roca, e mais grave.

Ele segurou a espada com ambas mãos apertando forte. Num ápice, Luzel já estava a escassos centímetros dele, chutando seu rosto arremessando ele contra a parede do edifício a sua esquerda.

Logo que Ryam levantou o rosto para poder olhar o que o atingira, estava Luzel no alto erguendo sua espada para um golpe iminente,

" Ele é rápido..." — pensou Ryam arregalando os olhos de tão espantado.

Desviara-se da espada de Luzel sendo ferido de raspão no antebraço direito, fora um corte superficial porém extenso.

— Estás a conter-te, por quê? — perguntou Luzel sorrindo.

Ryam hesitou...

"Ele trama alguma coisa" — pensou Sonel.

Sem de longas vôou até Ryam. Ryam contra-atacou Sonel, o que revelou-se ser um ataque impotente, mediante a presença dele.

Sonel defendeu o golpe da espada com as costas da mão esquerda, moveu a mão, consequentemente a espada para o lado.

Juntou seus dedos da mão direita formando uma palma, e bateu contra o peito de Ryam, gerando uma força invisível que movera a neve ao redor de ambos, fazendo ele cair ao chão à dois metros de Sonel drenando sangue pela boca.

— Uf, uf, — tossiu Ryam.

Levantou-se com a mão no peito, a palma da mão de Sonel ficara estampada no seu peito chamuscando a sua camiseta.

" Que força..."

Sonel elevou a mão até seu rosto, retirandos fios de cabelo solto, levando para trás da orelha.

Sonel era vaidoso até mesmo lutando, Luzel chegou perto de Sonel.

— Então? O que esperas? Lute...—  disse Sonel.

Ryam marcou breves passos rápidos até os dois, precipitou sua espada em direção a Sonel que desviou da espada mas sendo ferido na costela no processo, sua roupa de linho, ficara com traços de seu sangue.

Luzel defendera-se travando o golpe com sua espada, impulsionou Ryam para trás e rodopiou abrindo as asas,  Ryam cruzou os braços formando um X, as asas cortaram seus braços.

Em seguida Sonel o segurou de trás levantou-o e, voou pra cima e o arremessou contra o chão, juntou suas asas, e como um meteoro ele começara a cair na direção de Ryam no chão, ele abriu os olhos e esquivou-se para o lado.

Sonel aterrissou fortemente no chão impactando a neve, levantando a neve ao redor de sí, sem que Ryam se apercebesse sentiu algo segurando sua perna direita, e lhe arrastando, soltou-se e levantou ofegante do chão.

— Vamos Ryam, vamos, lute, lute. — disse Luzel o incorajando.

Lambeu o lábio superior, e soltou uma risada um tanto sarcástica.

Ryam cerrou os dentes, franziu a mandíbula. Como um leão: rosnova ferozmente, foi contra Luzel. Investiam diversos golpes de espada um no outro, Luzel tinha habilidades espantosas com a espada.

Esquivava-se dos golpes de Ryam sem dificuldades. Ryam então apertou fortemente sua espada, arregalou os olhos e deu um bravo rugido, atordoando Luzel.

Parecia que era o grito de uma pequena multidão, ensurdeceu Luzel, que tampava os ouvidos com as mãos, aproveitando a brecha Ryam ergueu a espada.

Luzel pós sua asa esquerda para frente dele afim de se defender, a espada de Ryam dilacerou-a cortando ao meio.

Luzel parecia estar descontrolado, tentara levantar vôo mas não conseguia suas asas estavam incompletas.

"Pobre Luzel, já não me serves para nada" — pensou  Sonel olhando-o com desdém.

Já só faltava uma hora e um quarto para os primeiros raios de Sol invadirem a cidade.

Ainda com uma asa, Luzel precipitou-se socando Ryam enumeras vezes.

Ryam segurou seu soco, fitou-o e moveu sua cabeça elevando-a até ao pescoço de Luzel, mordeu sua jugular.

— Aaah...— gemeu.

Ao sentir os dentes de Ryam perfurando seu pescoço.
Luzel usou seus braços, para empurra-lo com força, segurou o pescoço na parte em que Ryam mordera.

Ryam elevou a mão ao bolso da calça, e tirou um frasquinho de dez centímetros de comprimentos.

Elevou a boca, e colocou dentro o que estava em sua boca, era o sangue de Luzel.

— Puf! — cuspiu o resto.

Luzel estava enraivecido, precipitou-se até Ryam cortando seu peito com a espada, de tão descontrolado, não percebeu que Ryam, fizera uma manobra para o distrair enquanto de modo que ele pensasse que Ryam continuaria não resistindo aos seus golpes, segurou na espada tão forte como um aperto de aço, tão forte como o aperto que um mecânico dá a uma porca ou parafuso.

A lamina da espada ficara toda avermelhada como se tivesse sido posta no fogo, tão avermelhada quanto um caldeirão de metal derretido em quatrocentos e oitenta graus. e atravessou-lhe o peito.

Foi um golpe profundo.

— Arg — gemeu Luzel, segurando o braço de Ryam.
Olhava-o nos olhos perplexo, Ryam enterrou a espada mais fundo no peito dele, deixando a vista somente o cabo da espada.

Luzel sentia seu peito queimar por dentro, seus pulmões a contrairem-se por conta da temperatura e perdendo oxigênio.

Então da boca de Ryam uma voz diferente retumbou:

— Então meu irmão, doi? Pelo menos foi o que eu senti quando você enterrou sua espada no meu peito. Te lembras disso?

Luzel abanou a cabeça, cerrou os dentes, em seguida falou:

— M-Mel...

Sua expressão era incrédula.

— Você não — disse ele — Meu irmão...

— Agora eu sou seu irmão? Não se lembrou disso quando aceitou suborno de Sonel. Me deixou na mais profunda agonia, no desespero — Mel gritava de raiva. — Esta cidade ficará imaculada. Sinta o mesmo que eu senti, sofra, chore, agonize, grite mesmo não sendo ouvido, e então depois saberá o que é não mais poder ter e ver aquilo que te é precioso, e no final... Ah, meu querido irmão. Paz e Graça;  Morra!

" O'Connor " — pensou Doug.

O céu já estava quase claro, já se podia ouvir as cirenes da polícia a uma distância considerável.
Luzel esboçara um riso ladino. Ryam arrancou a espada de dentro dele...

O ASSASSINO DO ALÉM जहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें