Diana Narrando:
Eu não ganhei um carro quando fiz dezoito anos, não tinha nenhum anel de diamantes e minha família não possuía nenhum milhão na conta, mas mesmo assim a minha vida era perfeita. Ver a minha família feliz e unida na hora do jantar já era o suficiente para tornar tudo à minha volta mais colorido. Eu morava com a minha mãe, Helena, meu padrasto, Derek, e meu irmãozinho, Jake, em uma casa pequena, mas eu achava ótimo, assim todos estavam pertos uns dos outros. Meus avós, Dulce e Joseph, moravam na casa ao lado da nossa, sempre estávamos juntos. Meu avô Joseph foi o pai que eu nunca tive e eu agradeço a ele todos os dias por ter feito isso por mim porque ele fez com que o assunto sobre "paternidade" não fosse um problema para mim.
Eram quase três da tarde de uma quinta-feira quando saí da faculdade. Peguei minha bicicleta retrô e pedalei até em casa como todos os dias. Antes de abrir a porta achei ser só mais um dia normal, mas quando entrei dentro de casa a minha mãe estava sentada no sofá com o celular na mão, sua expressão era de preocupação.
- O que aconteceu, mãe? -perguntei, preocupada.
- Seu pai ligou. -deu um sorrisinho para aliviar sua expressão carregada.
- Para quê? -perguntei, debochadamente.
Nos meus vinte e dois anos eu podia contar nos dedos quantas vezes o Jonas ligou e nunca tinha sido para falar comigo.- Não sei. Ele pediu para que você ligue para ele. -deu uma pausa. - Eu sei que é difícil para você, mas eu acho que você deve ver o que ele quer.
- Eu não quero falar com esse ser. -falei séria.
- Esse ser é o seu pai, minha filha. -se levantou. - Ele parecia tranquilo, disse que queria ouvir a sua voz. Talvez ele tenha mudado e é o nosso dever dar uma segunda chance as pessoas.
- O pai que nunca ajudou em NADA na minha criação. -olhei pra ela.- Meus pais se chamam Joseph e Derek, o Jonas foi apenas quem plantou a semente em você, mãe. Com todo o respeito, você acredita demais nas pessoas.
- Diana, se o ser humano perder a misericórdia, ele terá perdido tudo. Ligue para ele e dê uma segunda chance, fará bem a vocês dois. Foram muitos anos perdidos e seria bom se vocês conseguissem recuperar.
Relutei em aceitar a ideia, no fundo eu sabia que tinha uma coisa muito ruim para acontecer, mas, por amor à minha mãe, acabei aceitando.
- Tudo bem. -peguei o celular e disquei o número do Jonas.
* LIGAÇÃO ON*
- Oi. -falei.
- Oi, minha princesa. Como você está? -perguntou com um tom gentil.
Revirei os olhos, mas recebi um olhar de repreensão da minha mãe.
- Queria falar comigo?-tentei ser o mais doce possível.
- Sim. Eu queria chamar você para passar o feriado comigo aqui em Washington. -suspirou. - Eu imagino o quanto é difícil para você aceitar o meu pedido, mas estou tentando me redimir, quero compensar o tempo perdido.
- Tudo bem. -falei, totalmente desconfdesconfiada. - Era só isso?
- Sim. Posso marcar o seu vôo? -disse animado.
- Sim. Manda mensagem quando resolver tudo.
- Tá bom. Fique com Deus, minha filha.
*LIGAÇÃO OFF*
- Você não vai morrer por causa disso. -minha mãe sorriu e beijou a minha testa.
- Ou talvez eu vá. -revirei os olhos dramaticamente. - Sorte a dele é que vai ser o feriado de 4 de julho.
- Riu. - Sorte a dele finalmente poder passar um tempo com você. Talvez ele esteja amadurecendo. -sorriu.
- Ou talvez ele esteja se aproveitando do feriado, já que eu vou estar muito patriota para me estressar e querer matar alguém. -pisquei pra ela.
- Deu uma risada. - Não mate suas irmãs e tenha paciência com a sua madrasta, ok? Mostre a boa educação que eu dei a você.
- Educação é uma coisa, mãe. Agora aguentar desaforo de gente folgada é outra totalmente diferente.
- Eu sei. -respirei fundo. - Só seja paciente, por favor.
- Tudo bem. Tudo por você. -sorri e a abracei.
O celular apitou sinalizando que havia chegado um sms. Lutei contra a minha vontade de ignora-la, pois eu já sabia do que se tratava, mas estava na hora de eu enfrentar os meus demônios.
"Meu amor, sua passagem foi comprada para sexta-feira às 14h. Tenha uma boa viagem!"
Continua...
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Improvável 》• Chris Evans •《
FanfictionGosto do que me tira o fôlego. Venero o improvável. Almejo o quase impossível. Quer um bom desafio? Experimente gostar de mim. Não sou fácil. Não coleciono inimigos. Quase nunca estou para ninguém. Me irrito fácil. Me desinteresso à toa. Bonito mesm...