Capítulo 3

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Jonas Narrando:

Trinta mil dólares me pareceu ótimo, Diana não valia mais do que isso, então eu saí ganhando. Muitas pessoas diriam: "Nossa, como você pode dizer isso da própria filha?" e eu responderia: "Estou apenas falando a verdade, ela não vale nada para mim." Minhas outras duas filhas, Jade e Anna, custariam alguns milhões, mas eu jamais faria uma coisa dessas com elas. As duas eram tudo para mim, minhas eternas princesas, não mereciam nada do que eu desejava que a Diana passasse.

Eu era bem jovem quando engravidei a Helena, mãe da Diana, fui um idiota por não querer assumir a criança, mas eu era um moleque então foi compreensível. Helena procurou a minha família para pedir apoio, já que ela só tinha um irmão para ajuda-la e ele não tinha condições de ajudar a criar a criança. Minha família abominou a minha atitude e decidiu tirar todos os meus direitos à herança para darem tudo o que era meu para aquele maldito bebê, queriam que ela tivesse uma vida decente. Conheci Diana anos mais tarde, ela devia ter uns 6 anos, mas nunca fui um pai presente para ela e nunca quis ser um. Helena fez um bom trabalho na criação da mesma e ambas tinham uma boa vida em atlanta.

Nunca achei nada que pudesse afeta-las, mas ao ouvir a conversa daqueles caras soube o que devia ser feito. Sr. Evans precisava de uma esposa e eu precisava dar o troco por todo o dinheiro que Diana tirou de mim.

- Querida. -chamei ao entrar em casa.

- Oi, amor. -minha mulher disse ao sair da cozinha.

- Trouxe para comemorar. -levantei uma garrafa de vinho branco.

-Comemorar o que? -Rachel perguntou.

- Acabamos de entrar para a família "Evans". -respondi enquanto tirava a rolha da garrafa.

- O que você quer dizer com isso?

- Diana está noiva de um dos filhos do dono da Blue Diamond. -sorri. - Sou o pai dela e você é minha mulher então também somos da família.

- Por que eu só fui saber disso agora? -ela perguntou, desconfiada.

- Porque eu também acabei de saber. -olhei para ela. - Achei que ficaria feliz.

- Eu estou feliz, ué. Pelo menos alguém vai aguentar aquela garota. -riu.

- Tem maluco para tudo.
Inclusive para me pagar.

                            (...)

Aquela sim era uma manhã gloriosa, o dia que eu finalmente realizaria aquilo que eu desejei por toda a minha vida e para isso até vesti um terno, era uma empresa importante, era preciso estar vestido de acordo. Não me importei com trânsito, mas quando cheguei agradeci aos céus por ter conseguido chegar no horário.

A empresa foi um dos lugares mais belos que eu fui em toda a minha vida, parecia que tudo lá era de vidro e eu não pude deixar de reparar as referências que faziam as suas joias, estavam espalhadas por todas as partes. Eu fiquei encantado!

Havia uma mulher atrás de um balcão de vidro, ela estava muito bem vestida e possuía um crachá que indicava seu nome e seu cargo na empresa.

- Louise Baley. Recepcionista. -falei em voz baixa.

- Boa Tarde. -a mulher disse.

- Boa tarde. Eu sou Jonas Barton e tenho uma reunião marcada com o Sr. Evans. -falei reparando tudo em volta. - O filho e não o pai. -falei rindo.

A mulher deu um sorrisinho e imediatamente abriu um tipo de agenda em seu computador. Ela se mostrou uma funcionária eficiente, já que foi tudo muito rápido, mal pisquei e ela já havia encontrado o que precisava.

- O senhor pode me acompanhar? -perguntou se levantando.

- Claro!

A mulher estava em cima de um salto agulha e eu não pude deixar de reparar os movimentos que seu quadril fazia, mas ao entrar no elevador fingi que nada havia acontecido. Ela parecia ser uma mulher seria, então eu não quis puxar um assunto. O elevador parou exatamente no 8° andar e após andarmos mais alguns metros ela parou em frente a uma porta branca e deu algumas batidinhas na mesma.

- Pode entrar. -uma voz soou de dentro da sala.

O sinal estava verde para Louise abrir a porta e ela o fez. A sala do Sr. Evans não era enorme, mas tinha um tamanho bom e a vista era surpreendente.

- Bom dia, Sr. Evans. -falei assim que entrei na sala.

- Bom dia. Está atrasado. -disse sem me olhar. - Sente-se. -apontou para uma cadeira na frente da sua mesa.

Não estou não, seu relógio que está adiantado.

- Não precisa. Estou bem aqui. -sorri. - Nós vamos fechar logo o negocio ou o senhor tem alguma dúvida?

- Nenhuma. -abriu uma gaveta e retirou alguns papéis. - Só precisamos que o senhor assine aqui. -apontou.

- Tudo bem. -comecei assinar os papéis sem pensar duas vezes.

A minha vingança finalmente estava feita e fora feita em grande estilo, com uma caneta de ouro.

- Aqui estão os papéis da casa. -joguei o envelope em cima da mesa. - E a sua parte do acordo?

- Aqui está o cheque. -ele jogou na mesa.- Pode descontar quando quiser. -ele me olhava sério.- Espero que isso fique entre nós.

 - E ficará, não se preocupe. -respondi verificando o cheque. - Foi um prazer fazer negócio com o senhor.


                                             Continua...

Improvável 》• Chris Evans •《Where stories live. Discover now