Improvável 》• Chris Evans •《

Capítulo 2

Chris Evans Narrando:

Meu pai queria que eu me tornasse um cara descente? Então era isso o que ele teria. Não faria por ele, faria apenas porque eu queria a presidência da empresa e não mediria esforços para conseguir. Se ele queria um presidente casado, ele teria!

Depois que saímos da empresa, eu e Scott encontramos um dos nossos melhores amigos, sebastian, para tomar algumas cervejas, como na maioria das noites. Era um bar muito conhecido na cidade, então estava bem movimentado, muitas mulheres bonitas e alguns idiotas bêbados.

- Então ele quer que você se case? - sebastian perguntou entre risadas e logo depois deu um gole na sua cerveja.

-Sim. E eu vou. -falei sorrindo. - Só não faço a mínima ideia de com quem.

- Lauren. - Scott sugeriu. - Vocês transam tem anos.

- Mas ela não é mulher que se case.-fiz careta. - E eu também não quero aguentá-la mais do que umas noites.

- Ela trabalha na sua casa, você aguenta ela mais do que "umas noites". - Sebastian me lançou uma piscadela.

- Eu tô querendo dizer que eu não quero ter que me passar por marido dela. -revirei os olhos. - Uma foda quando eu quero é mais do que o suficiente.

- Se for assim, você ficará solteiro porque as mulheres que você transa... - Scott riu. - Mamãe daria uma crise.

- Eu só tenho que achar uma desconhecida que aceite dinheiro pra fingir. -ri. - Simples assim.

Na mesa do lado da nossa havia um homem sentado, ele estava sozinho. Era um homem branco, de estatura mediana e seus olhos eram de um azul intenso. Esse mesmo homem parecia estar tão concentrado na nossa conversa que estava quase caindo da cadeira apenas para conseguir nos ouvir, o que não era uma coisa boa, se algum repórter tivesse ciência daquela nossa conversa... eu estava fodido. Só não tinha percebido que ele seria a minha salvação.

- O senhor está precisando de alguma coisa? -perguntei.

- Não pude deixar de notar que o senhor precisa de algo. -ele me olhou, presunçoso. - E eu posso ajudá-lo com isso.

- Puxei uma cadeira para que ele se aproximasse. - Conte-me mais.

O homem se levantou de onde estava com um sorrisinho cínico no rosto, estava claro que suas intenções não eram das melhores, mas mesmo assim eu quis ouvir.

- Eu tenho uma filha, muito bonita por sinal. -sorriu.- Acho que seria a pessoa perfeita para o que você precisa.

Ele estava tentando me vender a própria filha? Isso é ótimo!

Quanto mais rápido me eu casasse, mais rápido assumiria a empresa. Não tinha tempo para procurar demais, se o cara queria leiloar a filha, eu estava pronto à ouvir.

- Chris. - Scott me repreendeu. - Isso não me parece ser uma boa.

- Não me parece tão ruim e não vou arrumar oferta melhor em outro lugar. - olhei para o homem. - Com quem estou falando?

- Jonas barton. -me entendeu a mão. - Eu conheço vocês. -olhou para mim e depois para o Scott. - Sempre quis dar uma joia da Blue Diamond para a minha mulher, mas a minha situação financeira nunca ajudou muito. -riu.

- Se for verdade o que você está falando e nós conseguirmos chegar a um acordo, em breve essa situação mudará. -sorri.

- Parece ótimo para mim. -sorriu. - O que você pode me oferecer? Minha filha é uma boa moça, merece uma boa oferta.

O cara era um verdadeiro canalha, não precisei oferecer "alguns milhões de dólares" porque o desgraçado aceitou uma bagatela de trinta mil dólares, TRINTA MIL. Isso foi muito bom para mim, mas a filha dele valia apenas essa mixaria? No início eu suspeitei que ele queria me dar um golpe, mas depois percebi o quanto ele era viciado em dinheiro, precisava manter a boa vida, estava desesperado. E se para conseguir dinheiro significava "vender" a filha, então estava tudo certo.

- Por mim o negócio já está feito, então assim que você assinar alguns papéis o dinheiro estará na sua conta, mas o que você pode me dar como garantia? -dei uma pausa. -Você acabou de vender a sua filha e eu aposto que ela não sabe disto, então como vou saber que ela realmente se casará comigo?

- Eu te dou os documentos da minha casa como garantia. -ele me olhava sério. - Ela vai casar com você, eu dou a minha palavra.

- Pensei por um tempo e assenti. -Amanhã a tarde você passa na empresa e procure por mim. Os papéis já estarão prontos e o dinheiro já estará comigo, espero que você também leve a sua garantia.

- Eu vou. -disse parecendo contente e se levantou. - Até mais e você não vai se arrepender. -apertou a minha mão e saiu andando.

Segui o homem com os olhos por alguns metros, mas fui interrompido pela voz do meu irmão. Scott tinha uma expressão confusa e assustada no rosto.

- Você está maluco? - Scott perguntou quando o homem saiu.- Meu pai falou para você se casar, não comprar uma pessoa.

- A vida é feita de oportunidades. E ele não vai saber que é "comprado". Estou certo, irmão?

- Eu não vou falar nada, mas você acha que o nosso pai é tão idiota assim? O que você pretende falar? Você nunca apresentou uma namorada para a família e agora pretende aparecer noivo?

- Eu já tenho tudo planejado na minha cabeça. Não precisa se preocupar. -respondi tranquilamente.

- Aposto que você não tem nenhum plano caso ela seja feia. - Sebastian disse entre risos.

- Tô confiando na palavra do cara. -ri. - Se for feia, eu arrumo outra.

- Esse é o meu garoto. -Deu um tapa na minha cabeça.
                                         

                                               Continua...