Oito

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“Eu não gosto dos seus joguinhos

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“Eu não gosto dos seus joguinhos. Não gosto desse seu palco inclinado. O papel que você me fez interpretar de tola, não, eu não gosto de você. Eu não gosto do seu crime perfeito, do jeito que você ri quando mente. Mas eu fiquei mais inteligente, fiquei mais forte, na hora certa. Querido, eu me levantei dos mortos, faço isto o tempo todo. Tenho uma lista de nomes e o seu está em vermelho, sublinhado. Eu o marco uma vez, e aí marco duas, oh! Serei a atriz estrelando nos seus pesadelos.”
Taylor Swift | Look What You Made Me Do

”Taylor Swift | Look What You Made Me Do

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24 de julho de 2000,
segunda-feira.

    Minha vida é um oceano e meus problemas são as ondas. Impiedosas, violentas e surgem de todos os lados. Estou no mar aberto, afundando em minhas próprias lágrimas. Não há bote salva-vidas capaz de me salvar desse afogamento, pois sou eu quem deve nadar até a superfície e não estou fazendo o mínimo de esforço possível para respirar outra vez. Não estou desistindo. Apenas quero me desligar por um ou dois dias, talvez alguns meses.

As ondas arrebentam sobre mim. O dia da formatura. A morte de vovó. A relação fria com mamãe. A conversa tensa com Sarah. O olhar dele. Os medos. As inseguranças. Esses pensamentos me fazem escorregar até o fundo da piscina, pois ainda não atingi os azulejos azuis. Embora a pressão seja desconfortável, consigo sentir paz ao tocar o chão. Abro as pálpebras, mas aqui embaixo é uma penumbra e incomoda meus olhos. Meus problemas, ainda sim, martelam minha cabeça. Nada será como antes. Não estou desistindo. Apenas quero silenciar minhas emoções por um tempo.

Estou trancando a respiração por vinte ou trinta segundos, não sei. Meus pulmões queimam, mas não pela falta de oxigênio, e sim, pela necessidade de gritar sem ser ouvida. Meu coração pulsa dolorosamente no passo em que flashs dos piores momentos da minha vida são reprisados em minha cabeça. Puxo meus fios com força para cima, finalmente me permitindo gritar. Eu grito, vendo as bolhas de água subirem até a superfície. O ar me falta. Eu fecho a boca. Meu corpo se torna leve. Não estou desistindo. Apenas quero gritar mais um pouco até não sentir mais nada.

A água se movimenta de forma violenta ao meu redor. Pisco repetidas vezes e sinto algo se prender em minha cintura, me puxando para a superfície. Abro a boca para gritar, mas a água invade minha garganta e minhas narinas. Começo a tossir, tentando puxar o ar, mas ele se recusa a entrar em meus pulmões novamente. Minha visão se torna turva, mas sinto a sucção em meus lábios e, logo em seguida, cuspo a água da piscina para fora do meu corpo. Aspiro com força, tombando minha cabeça na grama outra vez. Mantenho os olhos fechados por dez segundos, acalmando as batidas frenéticas do meu coração. Ao abri-los, vejo Scott Summer com os olhos arregalados sobre mim.

Danger Storm 2 | EM ANDAMENTO Where stories live. Discover now