Capítulo 5

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                    Chama azul

Na florida a casa da minha tia estava quieta como sempre, eu tive um dia de folga da faculdade e queria aproveitar, minha tia tem cabelos curtos vermelhos e um pouco velha, ela saiu para o trabalho e fiquei sozinho em casa sem fazer nada, era o que eu ultimamente tem feito. Ia da faculdade até a casa e visse versa. Meu círculo de amigos foram embora e agora só tenho eu como companhia naquele lugar. Até na casa da minha tia estava mais solitário. Estava só de cueca assistindo televisão, quando minha tia volta do trabalho.

--Oi! Voltei, nossa tá parecendo uma árvore, deveria sair e mudar a rotina um pouco -- Eu tinha terminado meu namoro a pouco tempo, nos dois saberíamos disso -- faz essa barba e sai dessa casa para curtir, não é um pedido -- Eu rir e me levantei indo para o banheiro, me olhei no espelho e escutei algo na janela, fui até a janela e peguei um papel em forma de aviãozinho. Estava escrito "Para Asher". Eu li e achei estranho aquele negocio mas tinha um romance ali, alguém misterioso gostava de mim! Peguei o papel de joguei ao vento novamente, pois estava escrito que se eu fizesse isso ia voltar ao dono. Fiquei pensativo, sai do meu mundo de ilusão e tirei a barba, ou o que tinha. Minha tia Cleo grita me chamando lá da cozinha. Reviro os olhos por ser muito alto e vou até lá. Chegando na cozinha chique dela.

--Esqueci de fazer as compras então pode comprar isso na lista? -- ela me entrega um papel -- vai se vestir!

--Pode deixar -- Vou para meu quarto me vestir e logo em seguida saiu para ir ao mercado no carro dela. Saiu do carro e entro na loja, pego uma cesta e saiu procurando as coisas. Uma nova carta aparece debaixo da cebola e leio, só tinha elogios! E abaixo apareceu "Assinado, viajante". Olho ao redor e não encontro ninguém, escrevo uma resposta e ponho de volta onde apareceu, tinha sumido. Estava procurando um leite em prateleira alta, quando um cachorro desgovernado passa pelas minhas pernas e me derruba no chão. Um garoto com um boné vermelho pega algumas compras caídas e estende a mão.

--Está tudo bem? -- quando olho para a pessoa meus olhos chega brilham de beleza, estava congelado demais no tempo e nem percebi, sacudi a cabeça saindo dos pensamentos profundos e aceitei a ajuda, me levantando.

--Oi, me chamo Asher e você?

--Kol, muito prazer -- ele olha o relógio -- Preciso ir...

--Obrigado por me ajudar -- ele sorri fofo e passa por mim, fico um tempo desligado e volto a tarefa.

Chegando na casa da minha tia deixo as compras e vou dar um passeio pelo jardim dela, algumas plantas ficaram destruídas pela forte tempestade que abalou a cidade. Vi uma flor branca no chão e me agachei para pegar. Um vento frio me deixou arrepiado e olhei para frente.

--É aqui que mora? -- Aquele mesmo garoto estava lá -- parece que somos vizinhos -- ele riu.

--Parece que está me perseguindo  -- me levanto -- Como entrou aqui?

--Tenho meus métodos, tinha te visto aqui e vim falar com você... eu vou em uma festa hoje, pode ir?

--Não... na verdade, vou sim, preciso sair do padrão aqui -- ele sorriu.

--Ás 17 em ponto, posso vir aqui te buscar?

--Pode ser -- ele deu meia volta e estava voltando para sua casa quando olhou para mim e deu uma piscadinha,sumiu no mato do jardim.

--Uii tem alguém xonado -- o sol apareceu sentado na grama e eu ri com isso voltando para a casa, logo senti algo no meu bolso e era outro bilhete.

Foi tão fofo como ficou no mercado... seu sorriso me derrete mesmo.

Assinado: viajante.

Olhei em volta e percebi que não poderia ser o Kol pois ele nem deve ter chegado em casa ainda. Tirei um sono para passar tempo. Acordei e tinha alguém me esperando.

--Ficou fofo dormindo, sua tia deixou eu entrar -- Eu rir e me levantei indo ao banheiro.

--Tá parecendo um doido me perseguindo desse jeito -- ele riu. Me arrumei e sai com ele até essa festa na moto dele.

--Chegamos -- ele disse e tirou seu capacete saindo da moto, fiz o mesmo.

--Não é muito barulhenta assim...

--O barulho só começa depois da meia noite, é um pouco de tradição -- ele me puxou ate a festa tropeço em um cara que derrubou um pouco de cerveja na sua camiseta, ele ficou com uma cara desagradável mas não por muito tempo. Kol tinha sumido e eu estava completamente perdido. Vou até um outro garoto e pego um copo de cerveja.

--Se sentindo deslocado? -- ele pergunta -- Sei como é.

--Um pouco, perdi meu amigo aqui, me deixou sozinho -- riu e ele me encara sorridente.

--Darwin, meu nome.

--Asher -- o cara que derrubei a cerveja aparece e sorri quando me vê. Que gente jogada.

--Então está aqui? Você fez um grande desastre mas te perdôo, você é bem gato está afim de dar uma sacudida? -- olho para o Darwin e ele rir.

--Okay -- ele sorri e segura na minha mão me levando até o meio em uma música agitada. Umas máquinas de fumaça liga e de bolha também, e logo ficamos dançando por um tempo. Sento um pouco para recuperar um pouco e vejo Kol.

--Tem umas pinturas brilhantes quer? -- mal respondo e ele já me puxa, pinto umas coisas no meu corpo e faço listras laranjas na bochecha. Dessa vez Kol me chama para dançar e eu vou, mesmo um pouco cansado. Meu corpo entrou em sintonia com a música e a tinta colocada na minha pele brilha mesmo sobre a pouca luz negra. Kol para de dançar e respira fundo, paro com os pulos loucos e por uma surpresa ele me beija e brinca com meu cabelo, sorriu e me afasto indo pegar mais bebida.

--Oi denovo, vou ficar com uma dor de cabeça quando voltar para casa.

--Estou vendo, já tem uns caído aí pelo chão -- ele põe mais bebida, bebo um gole e sinto algo no meu bolso, olho e era outro bilhete.

Quero sentir seu beijo que tanto quero agora

Assinado, viajante.

Sorriu e olho para o Kol que estava sentado em um sofá mexendo no celular.

--Quer mais? -- Darwin pergunta e recuso, ele morde os lábios e me beija de surpresa. Meu corpo reage de forma estranha, retribuo o beijo e mordo seus lábios devagar. Me afasto por falta de ar e sorriu.

--Te achei! -- Aquele cara surgiu e bateu nas minhas costas um pouco e por fraqueza acabei vomitando -- Eca, está tudo bem?

--Aí que vergonha -- Vou até o banheiro as pressas, lavo minha boca e o cara veio logo atrás.

--Meu nome é Nick, mais simples  para você -- Suas mãos tocam na minha cintura e sinto sua respiração na minha nuca. Que festa hein.

--Acorda amanhã sem saber nem que ano está! -- o sol festeja no meu lado -- sinto leves beijos descendo pelo meu pescoço e me viro indo de encontro a sua boca, sua língua me invadiu e sinto um calor louco subi.

--Preciso ir embora.

--Jura? Anem fica mais... tá leva meu número -- ele me deu um papel, e sai do banheiro sinto outro papel no bolso, mas era o número do Darwin, bem que senti uma mão meio boba. Kol estava com uma coroa de brinquedo na cabeça.

--Já quer ir? -- respondo um sim e o sigo até sua moto. Subimos e logo ele acelerou, o frio me arrepiou e abracei ele mais para tentar me esquentar. Ele parou em frente a minha casa.

--Quer vir? -- perguntei.

--Você precisa descansar.

--Imploro! -- ele se rendeu e deixou a moto indo até meu quarto comigo. Minha tia estava fora e seria a oportunidade perfeita. Quando entrei com ele atrás comecei a beija-lo e senti cada fio de pelo no meu corpo uma alegria e energética. Tirei minha roupa rapidamente e ele sorriu vendo meu corpo.

--Tirei sorte grande -- ele tirou a dele e me deitou devagar na cama, começando a esquentar cada vez mais a noite toda.


O Escolhido da lua 2Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora