Capítulo 3

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Som do coração

Theo estava jogando cartas com um veterano que eu não conhecia no quarto enquanto eu estava vislumbrando o por do sol da sacada, enquanto estudava anatomia. Lá de baixo vejo alguém muito bonita, Gabriel apareceu e acenou para mim, me levantei rapidamente e sai do quarto nas pressas, quando desci o abracei.

--Sinto sua falta! -- ele disse e me beijou -- Não é a mesma coisa na universidade sem você.

--Nem me fale, aqui é muito pesado, como tá se saindo na área da engenharia?

--Bem até, o Theo está ali? -- ele aponta para meu quarto.

--Sim, jogando cartas, quer ir na cafeteria? Você tem que ver, o café é ótimo lá -- ele sorriu fofo e assentiu. Puxei ele seguindo o caminho no meio da grama, chegamos em uma ponte e ele parou para ver os peixes que estava em um pequeno rio, aquela era uma área de cerejeiras que deixava suas pétalas na água e na grama, além de tem uma variedade de girassol espalhados, olhei para os lados e usei minhas habilidades para fazer algumas rosas de gelo e vi o brilho nos olhos do Gabriel, naquela imensidão verde brilhante, seu cabelo não estava platinado e estava ficando loiro.

--Está lindo -- ele me deu um selinho e continuamos o caminho, a cafeteria tinha um efeito de natal e eu tinha esquecido, meu primeiro natal sozinho, não exatamente já que Peter pode trazer meu pai aqui, ou eu vou lá, mas ele vai ficar ocupado no novo estágio. Gabriel bebeu o café dele e um pouco de leite ficou no seu bigodinho, eu me aproximei e limpei com a língua.

--Eca -- riu e término o meu, enquanto conversamos.

Voltei sozinho pois Gabriel tinha que voltar para sua universidade, aquela coordenadora que nem me lembrava o nome estava em um campo gramado envolta de velas, meditando. Me aproximei e sentei ao seu lado.

--É alguma macumba? -- ela me olha com um olho e volta a meditação.

--Cuidar de uma escola é difícil senhor Thomas, preciso relaxar e vocês não ajudam, preciso conversar depois com você algumas normas, não finja que não percebi o corredor alagado, só não posso punir você porquê seria estranho explicar controle de água no estado elemental pelos corredores na advertência.

--Obrigado, estão chamando de Estado elemental? -- fico confuso.

--Sim, se não sabe, o estado elemental é quando libera seu verdadeiro poder e potencial, nossas habilidade são só um risco em comparação ao verdadeiro poder, mas é também a principal fraqueza então tome muito cuidado -- assinto e me levanto deixando ela na paz, quando estava voltando para o quarto ouço um som alto, tampo os ouvidos e vejo Theo sendo jogado da sacada junto com alguns cacos de vidro da janela, uso a água do lago para fazer uma espécie de colchão, e ele cai mergulhando, corro até ele e a água já tinha voltado ao lago, ele estava com os ouvidos sangrando.

--Está tudo bem? -- ele acorda e se cura do grito.

--Sim, só tonto, uma garota entrou no quarto e gritou, como? Ela é uma banshee? -- ele apagou do nada, levei ele nos braços e fui até o quarto, deixei ele na cama e fui procurar a garota, eu estava em um corredor vazio quando algo me acertou nas costas e cai no chão de madeira, depois comecei a ser puxado por algo ou alguém invisível e me jogou em uma parede, me levantei e a pessoa ficou visível novamente, vi a marca de um símbolo sonoro 🎵 nas suas bochechas, ela tinha cabelos negros e olhos castanhos.

--Por que veio para cá? -- ela disse e fiquei confuso, ela puxou o ar e gritou fui prensado na parede, meus ouvidos doíam e minhas roupas se rasgaram. Ela correu e fiquei jogado no chão, me curei rapidamente e me levantei indo para o quarto, tranquei a porta e me joguei na cama com dor em tudo.

Acordo e sento na cama,Theo ainda dormia, balanço ele um pouco que abre os olhos morto de sono, vejo as horas e vou para o banheiro, Theo entra junto e fica escovando os dentes enquanto banho. Termino e visto minha roupa, hoje não teria aula então resolvi fazer faxina no quarto. Theo estava assistindo série quando joguei um pano na cara dele.

--A prateleira não se limpa sozinha -- ele bufou e começou a limpar -- Quem era aquela?

--Não sei ao certo, ela disse o nome... mas eu estava surdo, começa com P eu acho...

--Primeiro passo, a coordenadora também não sabe nada sobre ela. Na verdade ela só sabe que tem um.

Terminamos tudo e sai do quarto para dar uma volta no campus. Encontrei uma passagem secreta no limite, que dava na rua principal, passei por ele.

--Já que ninguém fica de olho em mim, vou aproveitar um pouco -- dei uma de rebelde e sai indo para a cidade aproveitar.

Chegando nela, desço da onda que me levava para poupar andar, e fui direto em um supermercado comprar algumas coisas para enfeite. Passei em uma livraria e comprei alguns livros para passar o tempo. Retornei antes do por do sol, quando entrei no quarto e paralisei quando vi Theo e Heaven se beijando.

--Oi Thomas -- Theo disse com cara limpa, Heaven se levanta e sai sem nem um pio, começo a rir da cara tensa do Theo.

--O que foi isso? -- sinto dor de barriga de tanto rir e caiu no chão.

--Não tem graça! -- ele joga um travesseiro em mim, paro de rir e me sento ao lado dele meio curioso.

--Então como isso rolou?

O Escolhido da lua 2Where stories live. Discover now