Prólogo

901 73 29
                                    

Eu estava assobiando enquanto caminhava até o meu carro. Era uma caminhonete velha, cheia de amassados e a tinta até estava descascando em alguns lugares. De qualquer jeito, ela fazia seu papel de me levar para os lugares e é isso que importa. Franzi meu cenho meio irritado por causa do vento jogando partes do meu cabelo na minha cara. Pintei ele de um azul meio claro ontem à noite, então ele meio que lembra algodão doce agora. Sorri pensando em ter algodão doce ao invés de cabelo, seria bem estranho.

Alcancei meu carro, destranquei a porta e me acomodei no banco do motorista. Coloquei a chave no contato e dei partida, em seguida quase morrendo pelo susto que tomei quando o CD no rádio começou a tocar num volume absurdo. Pelo jeito eu esqueci de abaixar a música ontem. Dei um pulo e bati meus joelhos no volante, no desespero abaixei o volume quase que todo. Fiquei sentado por um tempinho para deixar minhas batidas voltarem ao normal e o chiado no meu ouvido parar; odeio quando isso acontece.

Coloquei meu cinto de segurança, aumentei o rádio (num volume aceitável dessa vez) e tirei o carro da garagem. Estava na hora do meu turno na cafeteria no centro. É um lugarzinho bem pequeno pra ser sincero, mas é bem popular entre o pessoal daqui.

Eu estava trabalhando lá para ter uma ajudinha com o aluguel e comida enquanto faço minha faculdade de administração; quero abrir minha própria loja de discos. Dei um sorriso enquanto olhava o semáforo vermelho na minha frente. O dia está lindo, minha vida no caminho certo e eu tenho pais incríveis que me apoiam, além dos melhores amigos que alguém poderia pedir.

Mal sabia eu que tudo aquilo acabaria, bem rápido na verdade.

O farol abriu e, eu estava bem no meio do cruzamento quando aconteceu. Um idiota num Hummer decidiu passar no farol vermelho e me pegou o em cheio pelo lado. Eu capotei e acho que o carro rodou umas três vezes, tinha vidro voando para todos os lados e eu conseguia ouvir metal e, eu acho que eram ossos, amassando e quebrando.

Quando o veículo finalmente parou de ponta-cabeça, eu ouvi um barulho muito alto dentro do meu ouvido. Meu peito está engraçado por dentro, o que é isso?

Olhei para baixo e vi que o cinto tinha soltado no meio daquilo tudo, o que permitiu que o meu corpo ficasse batendo livremente em tudo enquanto o carro capotava. Em algum momento no meio disso, um pedaço de metal tinha perfurado meu tórax. Minha camisa cinza estava se tornando vermelha bem rápido, e eu comecei a me sentir meio enjoado e cansado.

Consegui ouvir algumas pessoas perguntando se eu estava bem e até tentando me alcançar, mas eu não conseguia lembrar como respondê-las. Senti alguém pegar debaixo dos meus braços e me puxar pra fora do carro. Acho que eu gritei, tudo que eu tenho certeza é que doía.
.
Uma galera se juntou envolta de mim e tudo que eu via eram rostos embaçados. Tudo soava meio abafado, parecia que eu estava debaixo d'água.
Já não dói mais, mas eu estou ficando bem cansado. Isso são sirenes? Espero que seja a polícia e que eles prendam o cara que bateu em mim, estou bem bravo por causa disso.

Talvez eu possa tirar um cochilo, tenho certeza que ninguém vai se importar. Eu ouvi aquele pessoal todo me falando para ficar de olhos abertos mas, eles não entendem; eu estou realmente com muito sono. Só uma sonequinha não vai fazer mal... Tudo ficou preto.

Oi frens, cá estou eu aqui de novo traduzindo mais uma história pra vocês, espero que gostem!

Link para a versão original em inglês escrita pela IAmDunWithYou: https://my.w.tt/LyK80vEc5V

Stay alive!

The Ghøst In Apartment Twenty Øne - VERSÃO EM PORTUGUÊSWhere stories live. Discover now