A carta.~05

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Mellanie.

      Me desculpa por tudo que eu fiz com você e sua mãe. Eu juro que fiquei muito triste com nossa ultima conversa. Com tudo, gostaria muito de te ajudar de alguma forma. Eu soube que está trabalhando nesta casa, então, resolvi mandar uma carta porque sei que pessoalmente não daria certo, se quiser saber quem é sua verdadeira mãe, eu poderia te ajudar a encontra-la,e você poderá finalmente saber quem ela realmente é. Se quiser também posso te oferecer algum dinheiro, só quero ajudar! Vou deixar meu numero do celular caso precise.

De seu Pai.

        Li pela décima vez só que dessa vez, eu estava lendo para minha amiga traíra, Estela.

- Estela, foi você quem contou onde eu trabalhava?

- Mell, me desculpa ele estava desesperado para te encontrar, fiquei com pena e dei o endereço da mansão, ja que ele estava desesperado para que você lesse.

- Pena? Você tem que ter pena de mim!

- Desculpa. Mas você não vai responder a carta mesmo, então não tem problema nenhum.

- Você acha que eu devo procurar minha mãe?

-Sei lá, eu acho que você tem que ficar no seu canto e não procurar ninguém.

- É verdade, se minha mãe verdadeira não me quis desde de recém nascida, imagina agora depois de 18 anos. Eu não vou entrar em contato com ele, e se ele me procurar, simplismente o ignoro.

Contei a Estela tudo que aconteceu na mansão, que por sua vez ficou calada escutando. Seu único movimento foi balançar apenas a cabeça, fiquei imprecionada mas logo vi que depois viria a bomba.

- Mell eu posso te dar um conselho de amiga-mãe?

- Claro que pode, desembucha!

- Bom eu aprovo sua amizade com o Caio, mas não aconselho se aproximar tanto dele, você sabe que à vida dele é totalmente diferente da sua sabe também que a mãe dele jamais deixaria uma aproximação tão grande de vocês dois, acho até que ela teria medo de vocês se apaixonarem, e o filho querido dela ter que ficar junto com à empregada, porque é isso que ela realmente acha de você. Eu até acho também que você deve sair daquela casa o quanto antes.

- Você tem razão. Eu tenho que sair de lá o quanto antes, não há  possibilidade nenhuma de eu ficar com o Caio, mas aquela mãe dele é completamente maluca, não vai sossegar.

- Ah eu sei não em..você ultimamente anda com uma carinha de apaixonada. - ela diz sem olhar na minha cara.

     É lógico que não!

- É lógico que não, Estela, pare.

- Lembra quando você se apaixonou pelo Alex?! Então, você está com a mesma cara de quando se apaixonou por ele.

- Ah Estela para com isso, eu não estou apaixonada! e você realmente gosta de voltar ao passado relembrar daquele idiota e mesquinho.

- Tá vou parar de falar no assunto, só não significa que não tenha minha opnião válida.

        Depois de uma manhã complicada conversando com a Estela, fui correndo para a mansão, já estava super atrasada.
          Quando cheguei lá, a Augusta ja estava acordada( o que era um grante motivo para um mau humor matinal) Mas, por incrível que pareça, ela me deu bom dia enquanto escrevia em um caderno e falava freneticamente com Cintia o que iria fazer.
       Foi aí que descobri que naquele mesmo dia, no começo da noite, iria ter uma festa para comemorar uma proposta de trabalho. Então tive que me virar nos trinta e fazer o que ela mandou, varios tipos de comidas propostas a ocasião de trabalho. As comidas eram feitas em proporções pequenas e divididas desde prato principal até a sobremesa. Os vinhos chegaram em caixas, a música era classica, e as pessoas ainda mais. Eu e a Clara decoramos o ambiente e depois que tudo acabou, a Augusta entrou em mais uma discusão na escolha da minha roupa, Augusta queria que eu usasse o uniforme de empregada.
    Já a Clara, me presenteou com um vestido lindo. Ele é todo preto com detalhes em renda e um pouquíssimo corte na cintura, o vestido era acima do joelho e se encaixava perfeitamente no meu corpo, mas Augusta é Augusta, se revoltou ao saber que eu a empregada ficaria bonita em sua festa, mesmo com sua revolta a Clara me ordenou ficar com o vestido e eu lógico, fiquei.

        A festa começou e não para de chegar gente rica -porém intediante- de nariz arrebitado e bem vestidos, Augusta não para de olhar para mim um minuto com aquele olhar autoritário, fundo e víngativo.

- Você está linda! - O Caio sussurra atrás de mim.

- Obrigada.

- Ta gostando da festa?

- Bem..

- Diga a verdade.

- Já fui a piores, quer dizer, como alguém pode se divertir nesse lugar?!

- Eu também não entendo, sério, só fico porque sou obrigado. Minha mãe gosta de dar festas, ela acha que só assim ganhará confiaça com os vizinhos.

- Os vizinhos deve amar ela então para estarem aqui. - ele se aproxima ainda mais.

- Vou te dizer - ele começa - Todos estão aqui porque querem alguma coisa. Desde um emprego, dinheiro emprestado, fofoca até mesmo quem nunca foi convidado mas veio pra roubar uma taça de vinho. - ele diz apontando as pessoas.

Rimos juntos até eu me deparar com alguém que eu não queria ver nem pintado de ouro, muito menos no meu local de trabalho.

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