XII

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Era uma quinta-feira. Sem aula. Férias. Dia 20 de dezembro. Havia se passado um mês desde a explosão da van, um mês completo que toda a confusão aconteceu. E muita coisa tinha rolado desde então.

Depois da briga que Seungcheol teve com os meninos, para ter certeza que eles não iriam se meter na investigação policial, os garotos decidiram entregar as coisas que descobriram aos policiais que faziam a segurança dos alunos. Felizmente eles não precisaram dizer nada porque descobrimos por meio do pai de Seungcheol que os policiais haviam feito as mesmas descobertas sozinhos.

As coisas estavam mais calmas, sem qualquer outra tentativa contra Seungcheol, todos nós dormíamos mais tranquilos. Ele parecia ter esquecido de todo o medo que nós passamos, e todos nós concordávamos em não tocar no assunto para o bem da nossa saúde mental.

Também havia ocorrido o julgamento de Jung San. Foram 15 horas dentro do tribunal, muita discussão. Eu e Jisoo fomos chamados para depor já que éramos as únicas testemunhas, Minghao também depôs, mas foi muito mais difícil para ele. Hao chorou por um longo tempo até conseguir falar sobre o ocorrido, e todos os que assistiam ao julgamento se sentiam extremamente tristes com toda a história. San até mesmo tentou atacar Minghao quando era levado depois de sua sentença. Pena máxima. 10 anos.

San havia sido condenado à pena máxima por dois fatos; primeiro: ele não era réu primário; segundo: apareceu outra vítima além de Minghao. Uma antiga namorada de San que não estudava no Le Rosey. Ela tinha algumas provas contra ele, mas nunca foi a polícia por medo do que Jung San pudesse fazer. Então ele foi condenado a 10 anos de prisão.

Mas além de momentos tensos, também aconteceram momentos felizes. Junhui pediu Minghao em namoro. Eu fiquei sabendo minutos depois do ocorrido porque Hao correu ao meu dormitório - onde eu, Seungkwan, Mingyu e Wonwoo maratonávamos uma série - para gritar bem alto que enfim era um garoto comprometido.

Desde então o novo casal era um grude sem fim. Mas ninguém reclamava já que entendiam a situação dos primeiros meses de pura paixão - claro que Jihoon não deixava de fazer uma piada ou outra, mas isso nós relevávamos.

    Eu enfim havia conhecido o tão temido coordenador do Le Rosey, aquele que Seungcheol não poupou esforços para fazer a caveira para mim. O homem era realmente insuportável, e esse era o adjetivo mais delicado que achei para descrever Jung Dakho. Ele implicava com todas as coisas que os alunos faziam, brigava por motivos desnecessários e era muito controlador, querendo tudo exatamente do jeito que ele ordenava.

Naquela quinta-feira estávamos reunidos durante a tarde em nossa sala no antigo ginásio, as aulas já haviam acabado e estávamos de férias. Todos esperando para a data de seus voos para rever a família. Alguns de nós - como Seungcheol e Jihoon - iriam ficar no Le Rosey já que era lá que eles moravam. Outros iriam para a China - como Jun e Minghao - e por fim tinha Jisoo que iria para os Estados Unidos onde sua família estava morando atualmente. Sábado seria o dia em que todos pegariam os aviões para seus respectivos países, então apenas sobrariam quinta e sexta para aproveitarmos nossos momentos com 13 membros presentes.

    - Eu vou ficar muito triste se você não atender minhas chamadas de vídeo. - dizia Seokmin para Jisoo.

    O grupo estava em uma discussão de como nos manteríamos em contato durante as duas semanas de férias com todo o fuso horário dos quatro países.

    - Se você me acordar, eu quem vou ficar triste. - devolveu Jisoo.

    - Eu vou ficar acordado a madrugada toda para conversar com você. - Seokmin mantinha um bico manhoso nos lábios que logo foi beijado por Jisoo. O ato fez todo o grupo grunhir em desgosto.

Le RoseyWhere stories live. Discover now