Meus meninos

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— Sis, será que não sei, é algum problema de saúde?

— Sei lá, Bex. Mas acredito que não. E se fosse, ele não me contaria?! — eu sai mais cedo para o trabalho já que não tinha conseguido dormir direito e pedir a Bex me encontrar no café perto do trabalho, antes do expediente começar.

— Ele pode ta querendo te “proteger”, sis. Não coloca nada na tua cabeça — como não colocaria minhocas na cabeça? Vocês me dizem?

— Como não, sis? Você sabe o quando o Alfredo anda afastado de mim, você e Dr. Richard é o que mais sabem. Ele não se interessa mais por mim? Meu corpo não o agrada mais?

— Pelo amor de Deus, sis. Duvido ser isso, quem em sã consciência não se sentiria atraído por você? Ate eu te pegaria, Lana. — ela soltou uma gargalhada e bebeu seu café.

— Você eu sei, ruiva — rir junto com ela — mas serio sis. Não sei mais o que pensar, me diz você não pensaria em nada também se o Marc agisse assim? — arqueio a sobrancelha e ela parece pensar por uns segundos.

— É não da. Então põe ele na parede, não tem como ele fugir, espera ele voltar da viagem e você encurrala ele — suspiro em nervoso, eu preciso saber o que realmente vem acontecendo.

 — Ele vai continuar negando, você vai vê. Mas isso não pode continuar.

— Isso ai, assim que se fala — e lá estava eu rindo junto com a Rebecca.

Rebecca é minha amiga desde o primeiro ano de faculdade, no começo achei que não nos daríamos bem, mas depois do primeiro trabalho juntas, percebi que ela poderia ser muito mais que uma simples amiga e ela me mostrou isso no momento que eu mais precisei de uma amiga, de uma irmã e desde lá estamos juntas. Nossa amizade é tão forte que tenho certeza que se um dia eu precisasse enterrar um corpo ela me ajudaria sem nem pensar. Ela conquista todos de uma maneira que não tem igual.

— Agora vamos trabalhar porque, faltam exatamente 23 dias para sairmos daquela loucura e irmos direto para a nossaaaaaa — ela disse quase gritando se levantando da mesa.

— Ôh loka, se aquieta — puxei-a para fora e fomos rumo ao escritório que ainda trabalhamos. Eu e Bex somos advogadas, nos formamos há quatro anos e há dois anos e meio estamos trabalhando para o senhor Patrick, mas há um ano começamos a resolver as coisas para enfim abrimos Mader&Parrilla Advocacia.

Resolvemos não iniciamos logo de cara com nosso próprio escritório porque queríamos que as pessoas primeiro nos conhecessem, vissem que realmente somos boas no que fazemos, abrir seu próprio negocio sem ter “nenhuma” experiência é um tanto arriscado e não queríamos nos arriscar desse jeito.

E com a ajuda de Marc, nós conseguimos um local perfeito no centro de Vancouver e começamos com a licença, decoração, deixamos do jeitinho que queríamos, para então conversamos com o Patrick e pedir nossa demissão e por incrível que pareça ele nos deu boa sorte e acho que ele já tava acostumado com isso, porque pelo que eu soube, mais três pessoas que já trabalhou com ele fizeram isso. Procuram o escritório dele por ser um dos mais bem sucedidos e ter experiência com o renomado escritório ajuda bastante.

— Hoje você vai comigo para a academia? — Bex entra na minha sala assim que o horário do expediente, eu estava guardando minhas coisas na bolsa já.

— Serio? Quer mesmo ir para academia hoje? — disse em desanimo.

— Sim, para de ser preguiçosa, vamos — ela caminha ate mim e me puxa — como sei que você não trouxe nenhuma roupa de malhar, vamos passar correndo na minha casa, porque se for na sua você não vai quer sair mais — fomos caminhando para o estacionamento — e eu vou te emprestar alguma.

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