Rins - Parte 2

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O Richard estava esperando há anos um transplante de rim; segundo relatos de funcionários do Hospital The Valley, ele estava fazendo hemodiálise, e, portanto, estava debilitado. Dessa maneira, era praticamente impossível que ele fugisse do hospital e assassinasse duas pessoas.

- Então ele tem um cúmplice! - Afirma Robert.

- Provavelmente. - Respondo concordando.

- Samanta? - a chamo.

- Sim, Dylan? - Ela reponde imediatamente.

- Por favor, procure no histórico do Richard se ele já foi casado ou estava em algum relacionamento recentemente.

- Pode Deixar!

Enquanto isso, na televisão, um jornal noticiava uma "onda de assassinatos" que estava acontecendo no Hospital The Valley e que funcionários e pacientes estavam apavorados. "Em dois dias, 27 pacientes foram transferidos para outros hospitais da cidade com medo de mais ataques, além disso, vários funcionários do hospital estavam pedindo demissão." Afirma o jornalista.

- Senhores! - Nos chama Samanta - Nosso paciente assassino é casado há 11 anos com Jaqueline Anderson, uma ex médica do Hospital The Valley. Ela foi demitida há 5 meses porque estava fraudando listas de espera para transplantes de órgãos. E o mais impressionante, ela foi descoberta pelo então enfermeiro subchefe, Edward Muller, que a denunciou, e ala foi demitida e processada pelo hospital.

- Ai meu Deus! - Suspiro impressionado.

- Tá, mas e o estudante de arquitetura, o que ele tem a ver com isso? - Pergunta Scott, nosso agente mais antigo do grupo.

- Eu não sei, mas aqui está o endereço de onde ele morava com a Ruth.

- Vamos lá, disse Robert.

Quando chegamos à casa onde o casal morava, nos surpreendemos. Não havia nada! Tudo estava arrumado, nenhum vestígio de luta ou sangue. O que sugere duas opções: primeiro, eles não estavam aqui quando foram surpreendidos pelo assassino ou, segunda opção, eles poderiam estar dormindo no momento em que foram abordados e levados daqui. Mas uma coisa é certa, eles não foram mortos aqui. A Ruth foi vista pela última vez enquanto saía do hospital, mas nas imagens das câmaras de segurança ela não entra em nenhum carro. Imediatamente ligo para Samanta.

- Samanta, mais um favor, analise todas as câmaras de segurança da parte externa do hospital na hora em que a Ruth saía na noite do crime.

-É pra já! - Responde.

Depois de realizar a perícia na casa do casal assassinado, fomos a casa do Muller, a terceira vítima do caso. Chegando lá, mais uma surpresa, a casa estava impecável, nenhum vestígio de crime. Voltamos ao escritório do FBI, ao chegar, um telefonema da Samanta nos espera.

- Temos novidade! - Nos recebe com entusiasmo. - Ao analisar as imagens das câmeras de segurança, descobri que a Ruth entrou sim em um carro que parece ser do seu namorado. Ela saiu pela entrada de emergências, um lugar onde só pode transitar ambulâncias. O mais impressionante é que minutos depois, o enfermeiro Muller também deixou o hospital. Outra coisa que me deixou curiosa nas imagens, é que quando o carro em que a Ruth está sai, um outro carro que estava parado há alguns minutos sai atrás.

- O Muller também saiu de carro? - Pergunto.

- Não! Aparentemente ele pegou um uber, pois ficou esperando com o celular na mão por alguns minutos.

- A que horas saíram? - Pergunta Scott.

- A Ruth saiu às 23h34min, e entrou no carro às 23h37min. O Muller, por sua vez, saiu à 00h17min, e entrou no uber à 00h28min.

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⏰ Last updated: Mar 25, 2019 ⏰

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