O Amor, Em Dois Mundos Diferentes

Capítulo 10

Olho para trás e vejo Luna, eu rapidamenge limpo minhas lágrimas e fico supreso

– Desculpa entrar assim eu...eu vi tudo..– Diz ela sentando na cama ao meu lado.

– Mas eu pensei que você tinha saído.– Digo confuso.

– As meninas saíram, eu fiquei arrumando o guarda - roupa.– ela sorri fraco, logo ficamos em silêncio.

– Olha, eu...eu sei que foi errado escutar a conversa dos outros mas...Noah, eu tou aqui contigo.

– Por que?

– Eu sei a dor que você sente..– Ela diz e me olha.

– Você não entenderia eu...

– Meu pai morreu quando eu tinha 9 anos de idade Noah...é mais provável saber pelo menos parte da sua dor.– Ela me interrompe

Eu fico supreso em relação ao que ela me contou, eu pensei que ela iria se derramar em lágrimas por ali mesmo, mas não, ela falou bem firme sem derramar nenhuma lágrima.

– Por que ta me falando isso? Desculpa é que, deve ser difícil – pergunto

– Bom, é por que eu entendo a dor que sente, e vim te dar apoio e se quiser ate um conselho.

– Por que você ta tão boa assim? Nunca foi desse jeito..– Digo estranhando.

– Você não conhece meu outro lado, se você tiver disposto, eu tou aqui, disposta a te ajudar.– Ela pega na minha mão.

– Eu só...odeio ele, ele é perfeccionista, ele quer ser o melhor, mas nunca perguntou o meu melhor, depois que minha mãe morreu de câncer, ele mudou, ficou frio, ficou fechado, ele nem siquer me abraçou e me deu um apoio no dia da morte da minha mãe e eu tinha 8 anos de idade. Ele começou só a pensar nele, na empresa dele e nunca perguntou o que eu queria, nunca conversou direito comigo como pai e filho, nunca me deu amor desse dia em diante, eu simplesmente deixei de ser o filho dele e ele deixou de ser meu pai.– Não consigo conter as lágrimas e elas rolam em meu rosto

– Você já tentou conversar com ele? Assim...sem gritarias

– Tentei mas ele....ele só pensa naquela empresa, eu só queria um pai pra mim Luna! Um pai!

Ela simplesmente sem pensar me abraça bem forte, eu choro em seu colo sem me importar, ela acariciava meu cabelos tentando me acalmar e eu simplesmente adormeço ao menos perceber.

Luna on

Depois que Noah dorme, eu bem devagar coloco sua cabeça no travesseiro e depois o analisando sorrindo passando a mão pelo seu rosto.

– No fundo, eu sei que você é mais do que um simples idiota.– Beijo sua testa e saio de seu quarto me deparando com Scott e Lucas.

– Ai filhos da mãe.– Tomo um susto e quase bato a porta com força.

– Humm...o que estava fazendo em? – Lucas pergunta malicioso.

– Não pensa besteira eu em, você sabe como eu sou.– Digo cruzando os braços.

– O Noah ta ai dentro? – Scott arqueia a sobrancelha.

– Está, ela não estava bem e eu fui falar com ele.– Digo dando de ombros.

– O que aconteceu? – Scott pergunta já preocupado.

– Quando ele acordar vocês falam com ele, agora ele ta dormindo, agora vão deixem ele dormir.– Digo impedindo deles entraram.

– Tá bom senhorita.– Diz Scott e Lucas ao mesmo tempo e eles riem.

Desço as escadas a procura do pai de Noah, fui na sala, ele não estava, fui na cozinha, ele não estava, fui na biblioteca ele não estava, fui para fora da casa e vi ele entrando no carro, eu simplesmente grito o nome dele e corro na sua direção.

– Calma Luna, o que ouve? Aconteceu algo? – ele me olha um pouco surpreso

– Aconteceu sim, eu preciso falar com o senhor.– Digo tentando recuperar o fôlego.

– É muito importante? – Ele me olha

– Sim, inclui o senhor.– Falo amarrando meu cabelo fazendo um coque frouxo

– Então vamos a minha empresa, lá poderemos nos falar sem sermos interrompidos.– Diz e ele abre a porta do carro para mim.

Quando chegamos lá na empresa e fomos para seu escritório, eu estava um pouco nervosa, mas firme no que ia falar.

– Bom sente - se.– Ele aponta para a cadeira que ficava de frente para ele e logo depois ele se senta.

– Ah sim, claro.– Me sento.

– Então, pode começar..

– É sobre você e seu filho.– Eu suspiro e ele muda de expressão.

– Ele te contou sobre algo?

– Não, eu sem querer ouvi a discussão  de vocês.– Ele suspira um pouco irritado.– Olha desculpa me intrometer, mas o senhor poderia mudar em relação ao seu filho...

– Eu? Eu poderia mudar? Ele é um irresponsável...um...imaturo.

– Senhor, me escuta...

– Não Luna me desculpe, mas nessa história meu filho está errado.

– Não senhor, eu posso falar?

– Sim, sim, fale

– Seu filho te ama, eu sei que ama, mas ele só precisou do senhor todos esses anos depois da morte da sua mulher, ele precisou de um pai o tempo inteiro..

– Mas eu estava lá..

– Não, o senhor estava no trabalho, mas com ele não, por que ele se sentiu sozinho todo esse tempo, ele precisou de você todo esse tempo.

– Mas eu dei tudo pra ele..

– Mas era o seu amor e carinho que ele precisa, não de bens matériais, não só ele, como eu acredito que Elsa queira um pai mais presente. E a sua outra filha de 2 anos? Vai crescer desse modo também? Vai fazer a mesma coisa com ela senhor Parker? – Ele me olha bem surpreso.

– Ainda da tempo de concertar, senhor.– Eu me levanto e saio dali, pego um taxi e volto para a casa.

Tomei um banho bem demorado pra relaxar meu corpo, as meninas ainda não tinham voltado e eu logo depois me vesti, coloquei uma blusa larga e cumprida que cobria meu short branco com uma enorme facilidade, meu cobri com a coberta e coloquei um filme para assistir..