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Entro em pânico. Como alguém conseguiu invadir meu computador e apagar tudo? Isso não pode ser uma coincidência. Tem algo muito maior acontecendo aqui. Lembro-me daqueles arquivos, das informações confidenciais, dos nomes poderosos.

Meu braço tremia incontrolavelmente, incapaz de ser contido pela minha vontade. Enquanto minha mente repetia incessantemente a mesma frase, "fiz merda", eu percebia que beber água não seria suficiente para acalmar os nervos. O relógio marcava 9:30 da manhã de quinta-feira quando meu telefone começou a tocar. Era minha mãe. Tentei me acalmar ao máximo, até mesmo recorrendo ao meu inalador. No entanto, ao atender o telefone, a única palavra que consegui articular diante do desespero em suas palavras foi "desespero".

- Minha filha, o que você fez? Onde foi que eu errei? Por que você fez isso? - minha mãe chorava compulsivamente, tornando suas palavras quase ininteligíveis.

Enquanto tentava decifrar suas expressões de aflição, percebi que a situação escapava por entre meus dedos.

- Está em todos os canais.

Naquele momento, entendi que algo grave havia acontecido. O mundo parecia desabar ao meu redor. Agora era minha vez de perder o controle. Batidas na porta interromperam minha angústia.

- Por favor, abra a porta! Posso te ajudar! - uma voz desconhecida ecoava do outro lado.

Sabia que abrir a porta para um estranho não acabaria bem, especialmente quando sequer conhecia a pessoa do outro lado. Aos poucos, o som de um helicóptero se aproximando invadiu o ambiente. Eu ansiava por entender as acusações que pesavam sobre mim, pois teoricamente eu não havia feito nada de errado.

Repentinamente, o som de vidro quebrando na cozinha reverberou pelos meus ouvidos. Meu instinto me impulsionou a investigar o ocorrido. No momento em que cheguei à cozinha, deparei-me com um homem de aparência caucasiana, careca, adentrando pela porta recém-estilhaçada. O susto foi tamanho que, talvez por falta de compreensão ou simplesmente como uma forma de liberar a adrenalina acumulada, soltei um grito vindo das profundezas da minha alma. Desesperadamente, tentei fugir correndo pelo corredor, mas, com apenas três ou quatro passos, o intruso me alcançou e me derrubou no chão, abafando meus gritos ao tampar minha boca.

A sensação de pânico aumentou quando me dei conta de que estava completamente vulnerável nas mãos de um estranho. Minha mente trabalhava freneticamente em busca de uma saída, enquanto meu corpo se debatia em um esforço desesperado para escapar do seu controle. A luta foi intensa, com cada movimento sendo acompanhado por uma descarga de adrenalina.

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