Epílogo

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A multidão rugiu quando Dulce apareceu na varanda carregando seu filho de seis meses de idade nos braços. Atrás dela, Christopher a envolvia pela cintura com um braço 
protetor e se inclinou para beijar sua têmpora.

– Você é amada, minha Dulce. Nosso filho será um guerreiro. Ele foi concebido com paixão.


– Pare com isto, Christopher.

Seu rosto corou ao lembrar do reencontro deles naquela pequena 

ilha grega.

– Nosso povo não pode nos ouvir.


Ele disse sorrindo.
A

quele sorriso fez com que o coração dela batesse mais forte e que sua boca secasse. A cada dia que passavam juntos, ela amava ainda mais o seu marido. Perante seus olhos, ele 

se tornava um líder poderoso e cheio de compaixão, adorado por seu povo e respeitado tanto por seus aliados quanto por seus adversários. Mas o que a fazia lhe entregar o coração era a maneira como ele a amava.

– Eu não podia ter escolhido uma mulher melhor para liderar a meu lado. Você é magnífica.


Dulce lembrou do 

último ano e meio que passara.

– Eu sinto que 

amadureci mais desde que me casei com você do que em todos os anos anteriores.

A fé que Christopher depositava nela fez com que se esforçasse ao máximo para encontrar os atributos que ele esperava de uma mulher. Ela havia tomado parte dos bastidores de importantes negociações e aprendido a escutar até as coisas que as pessoas não diziam.

Ele tocou seu rosto 

e a carícia acendeu a multidão.

– Você também me ensinou muito. Seu jeito suave está transformando adversários em aliados.


– Eu lhe disse que quando eu tiver cinqüenta anos, as mulheres estarão participando das conferências.


– Eu acredito que você irá conseguir o impossível.

A confiança de Christopher em sua esposa era profunda e verdadeira. Dulce poderia fazer o que quisesse. Ficava impressionado como sua criação de moda estava indo bem. A sua adorável esposa estava se tornando famosa, não apenas por sua diplomacia, como também por seu talento.


– Você não está trabalhando demais?


– O que posso fazer? — ela virou o rosto com uma expressão exasperada para ele. – Se não é você, é Anahí ou Alfonso falando para que eu descanse. Honestamente, eu poderia matar 

aquele homem certas vezes.

– Meus conselheiros sabem o quanto você contribui para a felicidade do sheik deles. —sem ela, ele não seria o homem que era hoje. Ele não poderia jamais explicar em palavras tudo o que ela significava para ele, mas havia algo que poderia dizer: – Obrigado.


Ele olhou para 

aquele ser pequenino repousando nos braços de sua esposa e agradeceu a ele também por ensiná-lo a respeito do amor paterno. Assim que Dulce acomodou Zaquir em seus braços, ele sentiu que também havia perdoado sua mãe por não ter lhe comunicado a gravidade de sua doença e aiminência de sua morte.

– De nada.

Dulce se engasgou com as lágrimas de felicidade que ameaçaram inundar seu rosto. Ela compreendeu o que seu guerreiro do deserto não pôde dizer. Christopher não mais escondia nem seu amor nem seu desejo por ela. Ele havia preenchido o vazio dela com tanto amor que, às vezes, ela chegava a sentir uma estranha dor, tamanha era sua alegria.

Aproximando-se dele 
até que ele estivesse amparando o filho com um braço colocado sob o dela, ela acenou para a multidão reunida lá embaixo. Este povo do deserto era sua família, sua casa.

– Vamos entrar, você 

está com frio.

Após um último aceno, Christopher esfregou seus braços e a conduziu para dentro.

Assim que entraram, ela olhou para ele.


– Eu acho que deveríamos jantar a sós esta noite, em nossa sala de jantar particular.


Ele levantou uma sobrancelha.


– O pequeno sheik estará adormecido?


– Seu filho já está começando a se comportar muito bem. Ao contrário do pai dele.


Christopher sorriu.


– Se eu começasse a 

me comportar bem, Dulce, você ficaria muito desapontada. Entediada, eu diria.

Ele a trouxe para dentro do círculo que fez com os braços.

– Eu não acredito que a eternidade com você irá me entediar.

– Venha então, Dulce ai eha sheik, vamos colocar este aqui na cama — ele beijou Zaquir. – Eu quero adorar minha esposa, meu menininho. Você terá de ser bonzinho esta noite.


Dulce sorriu de pura 

alegria. Em volta deles, a beleza rara da rosa de Zulheil brilhou com um calor próprio, mas entre ela e Christopher ardia uma incandescência ainda mais preciosa. Quando foi deitar Zaquir em seu berço, com Christopher a seu lado, 
Dulce soube que esta glória só poderia se tornar maior ainda com o tempo. E 
como o cristal, duraria para sempre.

Atenção...
Capa feita por: CleycielleMartins

Meu Sheik do desertoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora