Suspirou quando sentiu Taehyung abraçá-lo por trás, juntando os corpos com cuidado. O mais velho arrastou a ponta do nariz contra a tez clara do pescoço de Jeongguk, pressionando um selo leve sobre a pele. A mão acariciou a barriga do mais novo, deslizando-a por debaixo da camisa. Jeongguk estremeceu, inclinando o quadril para trás sem se dar conta, friccionando contra o membro do mais velho, ouvindo um arfar baixo vindo dele.

— Jeongguk, como foi que você chegou aqui, hum? — indagou baixo, os lábios contra o pescoço que ainda beijava. Tinha certeza que o mais novo estava desperto até demais, e isso até mesmo o deixou surpreso. Jeongguk dormia cedo, e isso não era nenhuma novidade.

O mais novo arfou quando Taehyung levou a ponta dos dedos até seu mamilo, apertando sem muita força. Tudo aquilo o fazia demonstrar as próprias reações de forma deveras explícita. E já mal estava suportando o fato que Taehyung o fazia se sentir tão ingênuo e inofensivo apenas com aqueles poucos toques.

— Me responda — sentiu o corpo estremecer quando Taehyung abraçou seu corpo mais forte, levando-o a abaixar a cabeça envergonhado.

— Eu segui você — tentou dizer num fio de voz, as pernas vacilando quando Taehyung mordeu o lóbulo de sua orelha. 

— A curiosidade matou o gato, Jeongguk-ah — provocou.

— Tae...

— Eu sei, fique calmo — aconselhou enquanto se afastava apenas um pouco para retirar sua própria camisa. Sabia que o mais novo estava sentindo tudo aquilo pela primeira vez, e entendia completamente o quanto era difícil não saber o que fazer. Ao menos, ele o tinha ali, e se fosse por si, aquilo nunca mudaria.

Jeongguk virou naquele momento, olhando o amigo a qual conhecia desde tanto tempo, pela primeira vez sem camisa na sua frente. Engoliu em seco, sentindo vontades até então desconhecidas de tocar a pele clara, marcá-la com as próprias mãos ou até mesmo com a boca. Taehyung parecia despertar um lado completamente adormecido seu.

— Sente-se no meio cama de frente para mim — mandou, sorrindo pequeno ao ver a expressão de Jeongguk ainda confusa enquanto ele se virava meio indeciso, indo até a cama no centro do quarto.

Taehyung mordeu o lábio inferior com força enquanto observava o mais novo, cuidadosamente, pressionar os joelhos sobre o alcochoado, engatinhando até o meio dela, sentando-se sobre os calcanhares, de frente para si.

A inocência dele o atingia brutalmente, e era difícil lembrar que deveria pegar leve. Amava Jeongguk, desde o início teve certeza daquilo, mas o amigo parecia nunca perder o ar puro ao redor dele, o que fazia sua vontade de se declarar cada vez mais oculta. 

Decidiu que permaneceria daquele modo, ou até que surgisse coragem novamente, quando o pecado pareceu atingir seu corpo. No início foi doloroso porque não entendia e muito menos sabia o que fazer. E em uma de suas saídas, descobriu aquele lugar que todas as noites visitava. Mas mesmo tudo aquilo não o permitia trair um relacionamento que nem mesmo possuía com Jeongguk, por isso, apenas assistia o prazer de outras pessoas, em busca de conseguir o seu com aquilo. Todavia, sempre encerrava sentindo a necessidade não ser suprida, o que levava-o a ir por mais uma noite. E assim acabou seguindo por todos aqueles meses. No fundo queria explicar a Jeongguk o motivo, mas talvez ele nem mesmo tivesse entendido. Ao menos, agora, ele havia descobrido e permanecido por conta própria.

De qualquer forma, seu corpo parecia não atender aos próprios comandos quando retirou a própria calça e subiu na cama, parando em frente de Jeongguk.

— Levante os braços, Jeongguk-ah.

Observou quando Jeongguk o fez com êxito, levantando a camiseta pelos braços dele com cuidado. Assim que jogou-a em qualquer canto do quarto, suas mãos deslizaram pela pele exposta, em uma massagem carinhosa. Jeongguk sorriu baixo, porque mesmo com toda aquela tensão que a cada segundo parecia notar aumentar, Taehyung tentava ser gentil e carinho consigo.

— Agora retire a calça — Jeongguk engoliu, suspirando quando passou a desabotoar os botões, ajoelhando-se e abaixando apenas a calça com dificuldade pela posição. Quando elas alcançaram os joelhos, Jeongguk sentou-se, passando-a pelas pernas e retirando por completo a peça de roupa.

Taehyung retirou a calça de sua mão, jogando-a distante. Tocava Jeongguk onde conseguia porque gostava dos arfares baixos, dos dedos tentando apertar inutilmente o colchão.

— Espere um pouco — murmurou rente ao ouvido do mais novo, saindo da cama com calma e indo até a mesa que também tinha naquele quarto. Pegou o lubrificante e a camisinha, segurando-os enquanto voltava para a cama.

Posicionou-se novamente em frente de Jeongguk, colocando o que trazia ao lado, vendo ele afastar um pouco as pernas, sentando-se de fato na cama.

— Antes de tudo, Jeongguk. O que você realmente quer? — deslizou a mão pela cintura fina, usando a mão desocupada para subir pela barriga até o mamilo do mais novo. Forçou um aperto contra a pele dali, ouvindo um suspiro baixo ressoar dos lábios de Jeon. — Diz pro hyung.

Jeongguk sentia o corpo quente, as mãos forçavam contra o colchão porque não sabiam o que tocar ou fazer. Levantou o rosto abaixado, olhando para Taehyung. Queria beijá-lo como viu ao entrar dentro daquele lugar os dos homens o fazendo. Queria sentir o mesmo que eles haviam sentido.

Fitou os lábios vermelhos e tão bonitos, desejando que Taehyung pudesse entender seus pedidos apenas com aquilo. Todavia, sabia que não. Taehyung o olhava com o mesmo olhar de carinho, mas não só isso. Seu corpo reagia por trás daquilo. Seu amigo o admirava, imaginava o que poderiam ou não fazer, e como fariam. Sabia disso, porque sua mente parecia começar a trazer as respostas que esperava. Era como se a parte adormecida, acordasse.

— O hyung... poderia me beijar — pediu baixo, tendo certeza que suas bochechas estavam coradas. Até porque nunca precisaria de muito para sentir-se daquele modo com Taehyung.

Ele sorriu baixo, levando a mão até a sua nuca e aproximando os rostos. Observou Taehyung tão próximo, que o fazia fechar os olhos a cada respiração unida. Seus pensamentos trabalhavam para dizer como prosseguir. Beijos. Seus pais faziam aquilo na sua frente, então tinha noção do que era e o que — ao menos — deveria fazer. Mas sabia que não era e nem seria a mesma coisa. Pois Taehyung era completamente o oposto de sua inexperiência ali.

Taehyung pressionou os lábios contra os seus, e talvez o suspiro satisfeito tenha vindo dos dois ao perceberem que realmente estavam fazendo aquilo. Como Taehyung já havia desejado. Como Jeongguk desejava sem perceber.

Era doce e calmo, os lábios tocando-se com gentileza. Até que Taehyung posicionou o dedão sobre o lábio de Jeongguk, puxando-o para baixo enquanto dava espaço para adentrar com a língua.

Taehyung segurou sua cintura com mais força, sentindo a língua do mais novo desajeitadamente buscar se organizar naquele ósculo enquanto  inutilmente tentava conter os gemidos.

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capítulo revisado em 29/03/23

Dissuasão | taekookOnde histórias criam vida. Descubra agora