XX.

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Paro na porta do quarto encarando a Cee ainda dormindo, claro que já fiz isso antes, várias vezes que ela dormiu aqui

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Paro na porta do quarto encarando a Cee ainda dormindo, claro que já fiz isso antes, várias vezes que ela dormiu aqui. Mas agora é diferente de alguma forma, agora eu sei que ela não vai embora, não vai voltar pra sua casa e eu vou ficar aqui sozinho, agora ela está comigo e, aconteça o que for, ela ficará comigo e eu não vou vacilar, darei o meu máximo para cuidar dela do jeito que merece.

Me aproximo e beijo sua testa, pego um pedaço de papel e escrevo que estou indo trabalhar, mas voltarei mais cedo para terminarmos a arrumação das suas coisas na casa. Coloco entre os dois girassóis sobre a bandeja de café da manhã que eu já havia colocado lá, e saio do quarto. Ainda é muito cedo, pretendo comprar algumas coisas para a Cee antes de ir trabalhar, já que não tem quase nada em casa pra ela.

Compro várias frutas que eu sei que ela gosta, leite de soja e alguns chás. Cee não come carne e nenhum derivado de animais, mas a refeição dela não é mais cara por isso, pelo contrário, chega a ser mais barato sua compra do que a minha, já que compro carne, mas já diminui muito o consumo e confesso que não estou sentindo falta. Deixo tudo arrumado e fácil de encontrar, então enfim vou para a empresa.

°

— Eu já volto, preciso atender — aviso e aponto o celular, Elijah confirma e eu saio da sala. — Ei, minha gata, tudo bem?

Oi, amor, estou bem sim. Queria saber se vai vir comer em casa. Estou pensando em fazer uma lasanha, mas só se você for vir. — Sorrio.

— Eu vou adorar, precisa levar algo?

Não, não. As únicas coisas que faltavam era berinjela e abobrinha, mas eu fui naquela frutaria na esquina do quarteirão e comprei.

— Tudo bem. Eu vou sair mais tarde daqui porque ficarei livre o resto do dia. Se tiver fome, pode comer à vontade.

— Claro que eu vou comer se ficar com fome — responde rindo e me faz rir também. — Mas vou tentar te esperar... Não garanto nada.

— Só de saber que eu vou ter sua comida quando chegar em casa, pra mim já basta.

Ah, então nem precisa da minha presença? Só a comida? — Rio balançando a cabeça.

— Quando eu chegar conversamos sobre isso. Preciso ir.

Ta bom, te amo, banana.

— E eu amo você, foguinho.

°

Saio do elevador e caminho pelo corredor que já está diferente, antes eram apenas as paredes brancas e a porta do meu apartamento, agora tem dois grandes vasos de plantas com girassóis, um capacho na frente da porta com uma estampa criativa do Google Maps indicando o destino.

Abro a porta e o cheiro delicioso da lasanha já enche meu olfato, tem mais dois vasos de plantas na sala, um ao lado da entrada e outro de baixo da estante na parede, mas esses são plantas diferentes.

Inevitável - Chris & Cee [3°história]. Where stories live. Discover now