81; BROOKLYN

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Brooklyn

sexta.

Meus saltos ecoam pelos corredores do West, enquanto caminho em silêncio, evitando olhar diretamente para todos aqueles idiotas que me encaram e ainda comentam sobre meus nudes.

Bitch Better Have My Money toca repetidamente em meus fones, fazendo com que meu plano diabólico crie forma e dance como uma verdadeira vagabunda.

Bitch Better Have My Dignity.

Querem me chamar de vadia e todos outros xingamentos possíveis? Pois bem, que chamem. Eu irei acabar com a merda desse reinado machista mesmo, e da melhor forma possível, acrescento.

Eu simplesmente irei...

—Noah? —pergunto assustada assim que meus olhos param sobre o moreno, que está congelado em frente ao meu armário.

Merda!

Ele não deveria estar aqui.

Não hoje.

—A gente precisa conversar. —quase sai como um sussurro.

Ele ainda está parado, sem reação aparente.

—Conversar? —pergunto sem interesse, enquanto guardo meus fones e alguns livros em minha mochila, sem dar a mínima atenção para ele.

Noah respira fundo e então me encara com o olhar triste, seu rosto parecia estar marcado por mil tragédias.

—Brooke...

Todos praticamente param o que estão fazendo, para nos encarar.

Eu não julgo, pois faria o mesmo.

—Onde você estava, hm? —pergunto começando a ficar irritada. —Você some e então aparece, e vem aqui como se nada tivesse acontecido! Eu sou algum tipo de brinquedo para você?

—Aqui não, sem shows. —ele altera a voz, me assustando com a grosseria.

Mais olhares sobre mim.

Uma plateia julgando cada passo que eu dou.

—Se você levantar a voz para mim, mais uma vez, Noah. —me aproximo dele com os olhos semi abertos. —Você sai daqui direto para o cemitério! —ameaço.

—Que diabos? Você tá maluca? —ele se desespera. —O que porra você tá fazendo? Me ameaçando?

Que diabos?

Alguns pessoas riem baixinho, admirando o espetáculo.

—Por acaso isso aqui é um espetáculo? —Noah quase berra, atraindo ainda mais atenção. —Vão viver a vidinha de merda de vocês e parem de nos perseguir!

—Nos perseguir? Hm, ok... —debocho no mesmo tom que ele. —A única diferença aqui baby, é que você é perseguido por fãs e eu por haters!

Ele pisca algumas vezes.

Algumas garotas aplaudem e gritam palavras desconexas.

—Brooke, vem comigo? —pede. —Precisamos conversar, sozinhos.

Nós realmente precisávamos, mas ele sumiu por quase uma semana, e então volta achando que eu estaria ao seus pés novamente, ele simplesmente acha que sou a porra de um brinquedinho.

Ou eu era apenas uma paranóica do caralho, e ele só queria se desculpar..

—Brooke? —me chama novamente.

n.u.d.e.s; ncentineo [EM REVISÃO]Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin