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Marina🌙

Começei a subir o morro devagar e meu celular tocou.

Ligação📱

Júlia: Amiga, cê tá aonde?
Mari: Tô subindo o morro pq? Tá lembrando aonde tu vai me encontrar né?
Júlia: O Léo vai te buscar.
Mari: Pq o Léo?
Júlia: Ele tá indo buscar cerveja, é o mesmo caminho ai ele te trás.
Mari: Então tá.- suspirei desligando.

Ligação📱

Guardei meu celular no bolso e já vi uma moto descendo.

Encarei bem o rosto e vi que era o Léo.

Ajeitei minha bolsa nas costas e ele parou na minha frente.

Léo: Sobe ai.

Mari: Vocês tão lá em casa?

Léo: É, mas se quiser eu te levo pra minha.- sorriu e eu fechei a cara.

Subi na moto e nem fiz questão de me segurar nele, não gostei da brincadeirinha.

Léo: Leva ai essa sacola fazendo o favor.- peguei a sacola da mão dele e coloquei no meio das minhas pernas.

Ele acelerou a moto subindo pra casa de novo e pouco tempo depois a gente parou na frente de casa.

Desci da moto pegando a sacola e sai na frente.

Léo: Ei.- segurou meu braço e eu olhei ele.- foi só uma brincadeira pô, leva pro coração não.

Mari: Sendo brincadeira ou não, mesmo assim eu não gostei. Desde o dia que eu cheguei que você fica me olhando estranho.

Léo: É que tu e mó gata!

Mari: Se orienta Leonardo, não sei como minha amiga consegue gostar de você.- abri a porta vendo um homem que eu não conheço a Júlia, e o Dg.

Caminhei até eles abrindo a sacola e eles pegaram a cerveja.

Entrei na cozinha colocando o resto no Freezer e senti alguém atrás de mim.

Léo: A Júlia não precisa saber desse bagulho não né?

Mari: Minha amiga sabe o tipo de cara que você é.- coloquei a sacola em cima da pia e abri o armário pegando um pacote de salgadinho.

Voltei pra sala sentando junto com eles e senti os olhares do estranho em cima de mim.

- Marina né? - continuou me olhando.

Mari: Sim, e você?

- Pode me chamar de Neto.- sorriu.

Júlia: Como foi o seu dia hoje Mari?

Mari: Muito corrido, mas foi bom.

Dg: Tu trabalha de que?

Mari: Sou enfermeira.- respondi comendo.

Neto: Nossa.- sorriu.- além de linda tem um trabalho maravilhoso.

Léo: Ih ala.- deu risada.- já tá todo emocionado.

Dg: Deixa o cara pô.- deu risada.

Neto: Tu tem quantos anos gata?

Mari: Eu tenho vinte e um.

Neto: Novinha ainda.- colocou a mão na minha perna e eu já fiz questão de tirar.

Mari: Não me lembro quando foi que eu te dei essa intimidade.

Neto: Desculpa pô.- sorriu todo sem graça e eu me afastei dele.

Júlia: Tá de folga amanhã né? - assenti.- Dg falou que vai ter uma festinha na casa de um amigos deles, vamo?

Mari: Pode ser.

Neto: Já vi que a mina não gosta muito de conversar.

Mari: Com você não.- ele me encarou e o todo mundo deu risada.- que foi gente? Não forço simpatia não, não gostei e pronto.- levantei indo pra cozinha.

Joguei o pocote de salgadinho no lixo e lavei a minha mão.

Dg: Não gostou do parceiro não foi? - apareceu.

Mari: Se você me fizer o favor de pedir pro teu amigo ficar longe de mim eu agradeço, ele me dá medo.- ele sorriu.

Dg: Ele tá afinzão de tu Mari.

Mari: Mas eu não quero ué, ele me olha de um jeito estranho, parece um piscopata.- ele deu risada.

Dg: E de mim tu gostou? - se aproximou me encostando na parede.

Mari: Cê ainda pergunta? - sorri e ele beijou meu pescoço.

Léo: Desculpa atrapalhar ai pô.- entrou e foi abrindo o freezer.

Voltamos pra sala e a Júlia foi pegar algumas bebidas, sentei do lado do Dg e a gente começou a jogar a brincadeira "confessa ou bebe".

Além do TráficoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora