10| Lição três

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— Sabe o por que de estar sendo punida? — Perguntou. Eu não o via muito bem, só o seu reflexo borrado na grande janela. Fiquei calada. Um estalo fez um arrepio percorrer das minhas costas para o corpo todo. — Por que está sendo punida, Helena?

— Porque quase fodi com Raul. — Respondi baixo. Pelo reflexo, vi o cinto preto ser erguido e dessa vez o estalo foi na minha bunda. Senti a ardência assim que o cinto foi retirado do local.

— Eu não ouvi! — Gritou. Engraçado, quando somos crianças não aguentamos uma palmada, e quando crescemos fazemos coisas erradas para sermos punidas. Outro estalo, agora nas coxas. As marcas do açoite ainda nem havia sumido direito e eu já estava ganhando novas.

— Porque eu quase fodi com Raul! — Disse alto o bastante para ele ouvir. Outro estalo, agora esse tenho certeza que cortou a pele que envolvia minha polpa. Os prendedores de mamilos se moveram levando o bico dos meus seios consigo. Olhei para meu reflexo, descabelada e com um sorriso que nem sabia que estava ali.

— E por quê não deve foder com ele?— Era impressionante como Keanu ficava quando me punia, a raiva e excitação eram presentes na sua expressão pelo reflexo.

— Porque sou sua — Disse por fim. Ele puxou meus cabelos para trás.

— Só minha — Ele sussurrou no meu ouvido. Meu corpo respondeu com outro arrepio. Senti a curva do pescoço ser sugada avidamente por ele. — A punição ainda não acabou. Amanhã sairemos e só na volta sua punição acaba. — Disse, enquanto desfazia o nó. Mas já? Ele retirou os prendedores, recolheu suas coisas e me deixou sozinha no quarto.

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Estava deitada na minha cama. Virava e virava, simplesmente não conseguia dormir. Meu coração estava apertado e sentia falta de oxigênio de vez em quando. Não conseguia pensar em nada, mas sentia que algo estava faltando, virei para o outro lado e acabei me levantando. O corredor estava escuro e acabei tropeçando em algo ao lado da minha porta que apesar do escuro, percebi que era Brutus, ele lambeu meu pé. Acariciei sua cabeça e saí em direção ao quarto de Keanu, usando as paredes para me guiar. Parei em frente à porta dele e fiquei olhando para o nada, precisava do abraço dele, precisava sentir o seu cheiro de cigarro com perfume forte, precisava sentir seus braços ao redor de mim. Abri devagar para não fazer barulho, o quarto estava iluminado apenas pela lua cheia que pairava em sua janela.

— Você tem sorte de eu reconhecer seu cheiro doce a quilômetros, se não estaria ferrada — Escutei a voz dele.

— Desculpa te acordar... é que não consigo dormir. — Disse.

— Vem — Ele puxou o cobertor ao seu lado e eu me deitei, como sempre fazia quando tinha medo e dormia com meus pais. Senti seus braços me rodeando, e em instantes me senti mais tranquila, mas mesmo assim senti uma urgência de falar para ele sobre o que estava pensando.

— Keanu — Chamei baixinho.

— Hm — Respondeu com os olhos fechados.

— Você acha que realmente foi um acidente? — Perguntei.

— Não — Ele finalmente olhou para mim. — Suspeita de mim, não é? — Disse, como se pudesse ler meus pensamentos.

— Sim — Admiti.

— Eu nunca os mataria — Um silêncio nos rodeou, apenas olhos se admirando. — Isso só mostra que você não está pronta.

— Que não estou pronta? — Indaguei.

— A confiança é a base de um relacionamento. Se você não confia em mim, temos uma longa jornada antes de te foder.

— O que isso tem haver com foda? — Perguntei, olhando fundo em suas pupilas dilatadas.

Fuck Me, DaddyWhere stories live. Discover now