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Chanyeol estava de volta ao quarto para se despedir de sua mãe, mas avisando que logo voltaria, assim que estivesse liberado e com folga. Informou que iria ligar todos os dias, pois agora tinha um celular novo e poderiam ter mais privacidade, e que ela também poderia ligar caso precisasse de algo.

Pediu para que ela não se preocupasse com as questões da medicação, que ele iria pagar tudo. Após receber muitos abraços da mesma, saiu da sala e Baekhyun o seguia calado. Pararam na recepção para fazer o orçamento e pagamento do mês, como havia prometido que faria. Baekhyun entrou no meio do assunto e pediu para que a senhora Park tivesse o melhor tratamento, pois seria na conta do presidente. Ele ainda fez uma ameaça para a atendente que se faltasse algo, iria denunciar e fazer aquele hospital fechar por descaso com os pacientes.

A recepcionista ficou assustada e de imediato pediu para que mudassem o quarto da senhora Park e que ela teria a maior atenção voltada para si, pois era um caso delicado. Baekhyun ouvindo isso, assentiu e sorriu gentilmente, fazendo o pagamento em seguida. Chanyeol que foi impedido de reclamar sobre isso, ficava apenas com a cara de incredulidade, era tudo muito novo ali e nunca recebeu tamanha ajuda de alguém. Quis se manifestar, mas Baekhyun foi firme e disse que não aceitaria ouvir uma reclamação sequer do Park.

Os dois já estavam no carro indo em direção a casa dos Byun, quando o celular de Baekhyun tocou, quebrando aquele silêncio.

─ Fala Sehun.

Cara, tu furou nosso ensaio hoje, porra! Tu tá ligado que o Minseok não vai poder fazer a apresentação e você prometeu que iria nos ajudar, o Jongin está puto.

─ Eu sei, me desculpem por isso, eu precisei resolver umas coisas com Chanyeol, mas eu posso ensaiar amanhã.

Que coisas são essas, Baek? Dar o rabo não é importante.

─ Vai se foder, Sehun.

Relaxa mano, estou zoando sua fuça. Mas me fala ai, tu tá caidinho por ele, né? Primeiro ajuda o cara a ganhar dinheiro para a mãe fazer tratamento e agora tem até coisas para resolver com ele.

─ Eu não estou caidinho pelo Chanyeol, não fala merda. ─ Baekhyun notou que o Park arregalou os olhos para si e só aí lembrou que o guarda-costas estava ao seu lado. ─ Vou desligar, depois a gente se fala, valeu. ─ Ouviu uma risada do outro lado da linha e encerrou a ligação.

Chanyeol continuou olhando para Baekhyun como se esperasse uma resposta para aquilo que ouviu, mas foi totalmente ignorado pois o garoto enfiou uns fones em seu ouvido e fechou os olhos. Chanyeol não ousou mexer com ele, ele deveria estar muito cansado pelo dia corrido.

O caminho até a casa foi breve e assim que Baekhyun colocou os pés dentro dela, foi recebido por Chung, avisando que seu pai iria pousar em algumas horas. O embrulho no estômago do garoto foi enorme, não queria mais conviver com o seu pai, que Deus o perdoasse, mas não suportava mais olhar na cara daquele homem, se sentia péssimo com ele por perto.

Subiu as escadas e se jogou na cama, conseguiu dormir por um tempo pois estava realmente cansado, mas logo foi desperto pelo celular tocando ao seu lado. Era Jongin. Acabou não atendendo e logo recebeu uma mensagem que o convidava para ir à inauguração de uma boate que abriria perto, todos os amigos iam e ele teria que estar presente. Respondeu o mais rápido possível já verificando o relógio que batia nove e trinta. E uau, acabou dormindo bastante, mais do que deveria. Se arrumou às pressas colocando uma calça de couro colada preta e uma camisa bege, não optou por nada mais extravagante, já que seu pai poderia estar na cidade. Odiava ter que se privar da forma que amava se vestir ou usar maquiagem, seu pai como um verdadeiro homofóbico de merda, sempre o criticou por isso, e no final se sentia péssimo. Desceu as escadas em um pulo e avisou a Chung que iria sair. Encontrou Chanyeol no jardim concentrado no nada e resolveu dar um pequeno susto nele, chegando devagarinho e dando um pulo na frente do homem enorme a sua frente, que com toda certeza não levou susto algum.

O Filho do PresidenteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora